Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 211

Os arredores estavam tão silenciosos que parecia que os únicos sons eram os do vento e das folhas farfalhando.

Cecilia fitou o rosto familiar de Nathaniel, sem saber como começar. No final, tudo o que conseguiu murmurar foi: “Sinto muito, eu...”

Antes que pudesse terminar a frase, Nathaniel a interrompeu abruptamente.

“Não estou falando com você.”

As pupilas de Cecilia se contraíram de repente. Nathaniel continuou em um tom áspero: “Você acha que um homem vai escolher ter filhos com uma mulher que o traiu e teve um filho com outro?”

Sem esperar pela resposta, o homem rapidamente se dirigiu para o quarto.

Assim que chegou ao seu quarto, jogou o casaco de lado, frustrado.

Quando expressou seu desejo de ter um filho apenas um momento atrás, foi só ao ouvir a iminente recusa dela que percebeu o quão ridículo ele havia sido. Foi então que realmente compreendeu a absurda natureza de suas ações naquele dia.

Ele não conseguia acreditar que havia concordado em assumir o papel de pai daquele filho por um dia...

Quão desesperado estava por um filho seu para estar disposto a se tornar pai de outra criança?

Cecilia ficou sozinha ao vento do lado de fora da mansão, com as palavras de Nathaniel ecoando em sua mente.

Você acha que um homem vai escolher ter filhos com uma mulher que o traiu e teve um filho com outro?

Com uma expressão calma, fez seu caminho até a sala de estar.

Estava sozinha na sala, que parecia excepcionalmente vazia. Essa situação inevitavelmente trouxe à tona memórias de cinco anos atrás.

Ela não gostava de ficar sozinha em um espaço tão vasto, então voltou para seu quarto.

Tirou o celular do bolso e começou a tocar uma música suave, que trouxe calma ao seu coração agitado.

Um repentino estrondo de trovão soou do lado de fora da janela enquanto um raio cruzava o céu.

Logo, a chuva começou a cair intensamente, sem intenção de parar.

Cecilia estava perdida em seus pensamentos enquanto observava a chuva lá fora, alheia ao passar do tempo. Justo quando estava prestes a adormecer, o som de um motor de carro quebrou o silêncio. Pouco depois, a campainha tocou.

Quem poderia vir a esta hora?

A mulher nunca se cansou desse método de incriminar os outros.

Mais importante ainda, parecia a Nathaniel que Cecilia havia empurrado Stella.

Depois que o homem chamou a ambulância e ouviu as palavras, encarou Cecilia com raiva. “Não te disse que não quero que ela morra em Tudela?”

Naquele momento, a mulher não tinha como provar sua inocência.

No entanto, não queria assumir a culpa assim tão facilmente.

“Eu não a empurrei. Se você não acredita em mim, que seja.”

Tudo o que queria era falar a verdade, mas não queria se explicar para alguém que não a amava.

Segurando a cabeça machucada, Stella se levantou com dificuldade e olhou para Nathaniel.

“É assim que você me protege? Ela me atormentou repetidamente. Preciso realmente estar à beira da morte para você decidir me ajudar?”