Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 229

A visão de Cecilia em um estado de completa desordem pegou Nathaniel de surpresa, despertando um pânico inexplicável dentro dele. Sem perder tempo, a pegou suavemente pelo braço e a conduziu de volta para casa, sua mente acelerando com preocupação.

Uma vez que chegaram à residência, o homem rapidamente pegou uma peça de roupa e a colocou sobre os ombros dela. “O que você quer perguntar?”, indagou, sua voz uma mistura de preocupação e irritação.

Cecilia, segurando a fotografia com força, hesitou por um momento antes de perguntar: “Você tem um irmão gêmeo?” Sua voz era calma, mas havia uma tensão subjacente, como se temesse a resposta.

Assim que Nathaniel ouviu a palavra “irmão”, sua expressão se tornou fria. Ele soltou o braço dela, recuando um pouco. “Sim”, respondeu de forma seca.

“Por que eu nunca ouvi falar dele antes? Onde está agora?”, Cecilia pressionou, seus olhos examinando o rosto dele em busca de qualquer sinal de emoção.

Os lábios de Nathaniel se apertaram em uma linha fina, e seus olhos arderam com uma raiva mal contida. “Você me procurou na festa só para perguntar sobre isso?”, retrucou, sua voz fria e cortante.

Cecilia manteve seu olhar, inabalável, mesmo enquanto suas palavras a perfuravam como uma faca.

“Isso é uma questão de família”, Nathaniel disparou, seu tom definitivo. “Você não precisa saber.”

Questão de família...

Questões de família, segredos enterrados profundamente dentro da família Rainsworth, Cecilia entendeu agora que não aprenderia mais nada com ele, logo deslizou sutilmente a foto para dentro do bolso, aliviada por não tê-la revelado a ele. “Entendo”, disse em voz baixa: “não vou perguntar de novo.”

Os olhos do homem se estreitaram enquanto a examinava. “Por que você de repente trouxe ele à tona?”, perguntou, sua voz tingida de suspeita.

Na família Rainsworth, o nome de Nicholas Rainsworth era um tabu, nunca a ser pronunciado em voz alta. As empregadas que sabiam da existência estavam bem cientes de que Nathaniel não tolerava fofocas sobre seu irmão mais novo.

“Alguém disse algo a você?”, insistiu, seu olhar fixo nela.

Ele a ensinou com um sorriso, mostrando-a como resolver problemas, como tocar piano. Ele havia afastado aqueles que a importunavam e até a procurou no meio da noite para trazê-la de volta para casa.

Cecilia se lembrou de tudo, especialmente como, durante um período particularmente difícil em sua vida, o homem havia lhe dito: “Todos nós enfrentamos os maiores desafios de nossas vidas. Superá-los é como renascer.” Essas palavras lhe deram a força para enfrentar os desafios que vieram a seguir.

Como eu poderia ter confundido uma pessoa tão boa com outra?

Cecilia cuidadosamente colocou a foto em sua roupa, segurando uma almofada enquanto se encostava no sofá, perdida em pensamentos.

Quando Nathaniel voltou para casa, encontrou-a adormecida no sofá, ainda vestida. Ele se aproximou silenciosamente, pretendendo acordá-la para que ela pudesse trocar de roupa. Mas, ao se aproximar, de repente agarrou sua mão enquanto dormia.

“Nathaniel, eu sinto tanto a sua falta...”