Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 787

“Qual é o sentido de invalidar o testamento da Cecilia? O Grupo Evans já foi transferido pelo papai, e a Cecilia ficou com uma quantia pequena de dinheiro.” Cassandra imediatamente perdeu o interesse.

Paula estava prestes a falar, mas ao ver a indiferença de Cassandra, perdeu a vontade de continuar.

“Devo estar ficando senil. Aquela grana não vale nada perto da fortuna da família Jamieson.”

“Mãe, se não tem mais nada para dizer, não me procure novamente.”

Com isso, Cassandra se levantou. Talvez temesse ser julgada, ou talvez estivesse preocupada com o que Paula poderia contar para a Quésia.

Ela tirou um cheque e entregou à cuidadora ao seu lado. “Aqui, isso é para as despesas de alimentação, tratamentos médicos e seu salário deste mês.”

A cuidadora pegou o cheque imediatamente.

Depois que Cassandra saiu, a cuidadora olhou para o cheque e se surpreendeu ao ver que o valor era de apenas trinta mil.

“Só trinta mil? Isso não é nem o suficiente para cobrir a quimioterapia e outros tratamentos.”

Atualmente, Paula estava gastando milhares por dia apenas com os custos hospitalares, sem contar os diversos medicamentos.

“Trinta mil?”, Paula também não acreditou.

A cuidadora balançou a cabeça: “Eu te avisei, essa sua filha não é como a outra, mas você não quis acreditar.”

Paula permaneceu em silêncio.

A cuidadora percebeu que a arrogância habitual de Paula havia desaparecido nos últimos dias.

Seja rico ou pobre, todos enfrentam a morte no final.

Curiosa, a cuidadora perguntou: “Aliás, o que você ia falar com a Sra. Evans mais cedo?”

Percebendo que estava perto do fim da vida, Paula decidiu contar.

“Vou te contar, mas você precisa prometer não contar para ninguém.”

“Tá bom”, respondeu a cuidadora.

Paula revelou o segredo que havia guardado no fundo de seu coração.

Após ouvir, a cuidadora ficou completamente surpresa. “O quê? Como pôde fazer uma coisa dessas?”

“O que tem de errado? Eu dei a vida a ela! Se não fosse por mim, ela teria morrido de frio muito tempo atrás!”, disse Paula, agitada.

“Mas por que você não contou para ela?”

“Por que eu deveria? Ela vive me desafiando. Se não fosse por ela, eu estaria nessa situação agora?”

Uma dor aguda percorreu o abdômen de Paula novamente. “Eu não acredito. A Cassandra deve estar sendo manipulada pela Quésia. Preciso fazer a Quésia enxergar a verdade.”

A cuidadora não fazia ideia do que Paula estava falando sem sentido.

Apenas viu Paula sair da cama.

“Para onde vai?”

Da última vez em que Paula tentou sair, sua condição piorou. A cuidadora tentou impedi-la, mas Paula a repreendeu: “Fique fora disso! Sai!”

A cuidadora ficou sem saber o que fazer e não ousou provocá-la mais. Lembrando do cartão de visitas que Cecilia havia deixado, decidiu ligar para ela.

“Sra. Smith?”

Confusa, Cecilia respondeu: “Sim, sou eu.”

“Sou a cuidadora do hospital. Sua mãe está insistindo em sair do hospital por algum motivo, e acho que ela não está em boas condições. Você poderia vir ver como ela está?”

Cecilia acabara de terminar o café da manhã. Não tinha compromissos para o dia.

“Claro, vou até aí.”

Estava curiosa para ver em que estado Paula estava agora.