Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 788

Após receber a localização em tempo real compartilhada pela cuidadora, Cecilia dirigiu até o local.

Temendo qualquer incidente inesperado, fez questão de levar Sandro com ela.

Não demorou muito para que chegassem à localização aproximada. À distância, Cecilia avistou Paula usando um jaleco de hospital, com os cabelos bagunçados. Não restava mais vestígio de sua postura refinada e classe alta.

Paula estava magra de uma forma assustadora.

Cecilia olhou ao redor. Estavam em frente a uma filial do Grupo Jamieson.

O que Paula está fazendo aqui?

Ela não informou à cuidadora que havia chegado. Ao invés disso, desativou temporariamente os dados móveis do telefone, impedindo que a cuidadora a rastreasse.

Então, Cecilia saiu do carro e encontrou um local escondido para observar.

Após chegar à filial do Grupo Jamieson, Paula tentou entrar, mas foi impedida pela segurança.

Gritou: “Diga para a Quésia vir aqui e me ver!”

O segurança franziu a testa diante da audácia de Paula, que ousava chamar a CEO pelo nome. “Quem você pensa que é, exigindo ver a Sra. Quésia? Vá embora!”

Apesar da dor física, sentou-se teimosamente na entrada da empresa.

“Diga para a Quésia que sou Paula Escobar. Quando ouvir meu nome, certamente virá me ver.”

Os seguranças não se preocuparam em passar a mensagem.

“Vá embora ou vou mandar te expulsar!”, avisou um deles.

A cuidadora tentou puxar Paula para trás. “Sra. Paula, por favor, pare com isso. O que está fazendo aqui, criando confusão?”

Logo, mais seguranças chegaram.

A cuidadora ficou nervosa, mas Paula não demonstrava medo algum.

“Podem me tocar, se quiserem, mas deixem-me avisar uma coisa. Estou com câncer em estágio terminal. Se não tem medo da prisão, pode vir.”

Ao ouvir isso, os seguranças hesitaram antes de dar qualquer passo.

“Chame sua CEO. Estou aqui para trazer boas notícias a ela.”

As palavras de Paula despertaram a curiosidade dos que assistiam, incluindo alguns funcionários dentro da empresa, que começaram a observar a cena.

Paula viu Quésia sair do carro, acompanhada de Cassandra.

Assim que Cassandra saiu, ela lançou olhares frenéticos para Paula, como se a avisasse.

Paula havia percorrido todo aquele caminho e não tinha intenção de sair tão facilmente.

“Cassandra, você não disse que não estava se sentindo bem?”, perguntou Quésia, olhando para Cassandra.

“Agora já estou muito melhor. Deve ter sido só um pouco de enjoo de carro”, mentiu Cassandra.

Quésia percebeu que algo não estava certo, mas não insistiu. Em vez disso, se voltou para o segurança. “O que está acontecendo aqui?”

O segurança apontou para Paula. “Sra. Quésia, essa mulher insiste em vê-la.”

Quésia não tinha paciência para mulheres como Paula. Paula tinha se envolvido com um homem casado logo após a morte de seu próprio marido, e ainda deu o dinheiro do falecido para outro homem.

Ela nem sequer olhou para Paula e, com frieza, perguntou: “O que você quer?”

Paula apertou os punhos. Todas as mágoas que havia guardado vieram à tona, alimentadas pelos míseros trinta mil que Cassandra lhe deixara mais cedo. Não conseguia mais se controlar.