Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 805

Uma faísca de frieza brilhou nos olhos do rapaz quando ouviu Júlio falar mal de Cecília.

“É mesmo?”, perguntou ele, com um tom suave, mas com um peso imenso por trás das palavras.

Júlio imediatamente percebeu a mudança no ambiente e, com um sorriso forçado, tentou consertar a situação. “Era só uma brincadeira, Sr. Rainsworth. Na verdade, há um charme único em uma beleza como a dela, apesar das dificuldades que enfrentou.”

Júlio sempre viu Nicholas como um homem mais jovem e humilde, em contraste com o impiedoso e agressivo Nathaniel. Por isso, não se preocupou em ser mais cuidadoso com suas palavras.

Nicholas, no entanto, não deu mais atenção a ele. Virou-se para Cecília e disse, com um tom calmo, mas autoritário: “Você pode descansar agora.”

A jovem ficou confusa. “Você não precisa que eu fique aqui?”

“Sim, pode ir agora.”

“Ok.”

A jovem, já cansada das observações incômodas de Júlio, decidiu que já tinha ouvido o suficiente. Ela se dirigiu até a sala de descanso, aliviada por escapar daquele ambiente.

Pouco depois de sua saída, gritos e pedidos de misericórdia começaram a ecoar pelo campo de golfe.

Os seguranças isolaram a área, deixando os outros presentes sem saber o que estava acontecendo.

Nesse momento, o CEO da Corporação Apogeu estava de joelhos, implorando desesperadamente por perdão. “Desculpe, Sr. Rainsworth. Não sabia que ela era alguém de quem o senhor gostava. Falei sem pensar. Por favor, me perdoe. Sinto muito.”

Nicholas olhou para o taco de golfe em sua mão, agora visivelmente torto pela força de seus golpes. Júlio estava no chão, machucado e tremendo.

“Sr. Rainsworth, por favor, me perdoe”, implorou o homem, com a voz trêmula de medo.

A expressão de Nicholas permaneceu impassível enquanto descartava o taco de golfe, com um gesto seco. “Não faça isso nunca mais.”

“Está bem, Sr. Rainsworth. Está bem...”, o homem acenou repetidamente, tentando controlar o pânico.

O que ele não sabia era que um destino ainda mais terrível o aguardava.

Alguns seguranças o arrastaram para longe, e Nicholas, em silêncio, limpou as mãos antes de se dirigir ao lounge.

Lá, encontrou Cecília encostada nas costas de uma cadeira, com os olhos fechados, tirando um cochilo leve.

O rapaz observou-a por um momento, não resistindo à tentação de se aproximar. Quando sua mão estava prestes a tocá-la, a jovem abriu os olhos.

“Já terminaram?”, ela perguntou, confusa e ainda um pouco sonolenta.

Nicholas fez um som afirmativo e acenou. “Você está cansada?”

Quando estavam quase chegando ao escritório, o telefone dela tocou, interrompendo o silêncio do carro. Ela atendeu rapidamente e viu que era uma ligação do hospital. “Alô?”

“Sra. Smith, você poderia vir rapidamente?”

As sobrancelhas dela se franziram, preocupada. O que teria acontecido com Paula agora?

“O que houve? Me diga por telefone.”

“Não sei os detalhes, mas a Sra. Evans apareceu e teve uma discussão com a Sra. Paula. Parece que está tentando cortar laços com ela...” A cuidadora hesitou, tentando encontrar as palavras certas.

Cecília congelou por um momento. Cassandra quer cortar laços com Paula? Não posso perder esse drama!

Ela apertou os punhos, e sua expressão foi endurecendo. “Tudo bem. Vou para aí imediatamente.”

Após desligar o telefone, se desculpou com Nicholas. “Desculpe, tenho alguns assuntos pessoais para resolver.”

“Para onde você vai? Posso te levar até lá?”, ele ofereceu, com um tom suave, mas que demonstrava preocupação.

“Não precisa. Vou de táxi mesmo.”

O rapaz a observou em silêncio enquanto ela saia do carro, sem dizer mais nada.