Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 806

Cecília entrou apressada no táxi e pediu ao motorista que acelerasse até o hospital. Sua mente estava cheia de perguntas e inquietações sobre a situação com Paula e Cassandra, e só queria entender o que estava acontecendo entre as duas.

Enquanto isso, Nicholas também não voltou para a empresa. Em vez disso, mandou um de seus subordinados seguir Cecília secretamente. Sua curiosidade sobre o que estava fazendo era grande, e não pôde deixar de se perguntar se havia mais alguma coisa acontecendo além do que já sabia.

No hospital, Cassandra estava com os olhos fixos em Paula, seu rosto contorcido de raiva e frustração. Segurava um contrato, os dedos brancos de tanta pressão, enquanto sua voz saía fria e ameaçadora. “O que você vai precisar para concordar em cortar laços comigo?”, perguntou, com a raiva e o desdém evidentes em cada palavra.

Paula, com uma careta de dor, não sabia se era pela agonia física ou emocional, mas sentia o peso do sofrimento invadindo seu peito. “Eu sou sua mãe. Como pode pensar em cortar laços comigo?”

Ela olhava para a filha, tentando entender como chegara àquele ponto. A dor era imensa, mas o pior era ver sua filha tão decidida a afastá-la.

A voz dela vacilou, mas ela se manteve firme: “Por favor, eu te imploro. Esqueça que sou sua mãe. Finja que nunca existi.”

Ela estava exausta. A decepção de toda uma vida de erros e mentiras, de um amor não correspondido, fazia seu coração pesar. Ainda assim, se manteve firme, tentando não demonstrar mais fraqueza.

Cassandra, sem a menor compaixão, respondeu com frieza. “Se você concordar, eu vou cobrir todas as suas despesas médicas e de sustento. Mas se recusar, verá o quão implacável posso ser.”

O ambiente no quarto do hospital ficou gelado. O ar estava pesado, e ninguém ousava falar. A tensão era palpável.

Do lado de fora, a cuidadora, que estava à espera de Cecília, percebeu a chegada dela. Ela correu até a jovem, com um olhar preocupado.

“Sra. Smith, finalmente chegou. Por favor, fale com sua irmã. Como ela pode cortar laços com a mãe? Isso não está certo.”

Cecília queria poder dizer à cuidadora que estava ali apenas para observar o desenrolar do drama, mas não disse nada.

“Está bem”, respondeu com um simples aceno e se dirigiu ao quarto.

O som de seus passos ecoou no corredor, e tanto Cassandra quanto Paula se viraram ao ouvir. Ao vê-la, ambas se calaram, e o ambiente pareceu congelar.

Paula, tentando evitar mais conflito na frente dela, falou com calma: “Cassandra, vou esquecer o que você disse hoje. Pode ir embora agora.”

“Mãe?” Cassandra aumentou a voz, visivelmente enfurecida. “Deixe-me deixar bem claro: eu só tenho uma mãe, e é a Quésia. Quanto à Paula, não passou de uma destruidora de lares que acabou com o casamento dos meus pais.”

Com essas palavras, passou pela irmã, com um olhar cortante.

O que não sabia era que Nicholas estava observando tudo. O carro dele estava estacionado na entrada do hospital. Havia enviado um subordinado para descobrir o que Cecília estava fazendo lá e, acidentalmente, soubera da intenção de Cassandra de cortar laços com sua mãe.

Quando Cassandra saiu do hospital, ela viu o Maybach de Nicholas estacionado na entrada. A janela do carro lentamente abaixou, e o homem apareceu, com o rosto sereno e impassível.

“Querido?”

Ela se aproximou e, sem hesitar, puxou a porta do carro e se sentou. “O que você está fazendo aqui?”

“Eu só estava passando e te vi, então pedi ao meu motorista para parar”, ele respondeu com naturalidade, antes de lançar uma pergunta que parecia não fazer sentido. “O que você está fazendo no hospital?”