Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 823

“O quê? E o que você fez?” Rafael perguntou.

“Claro que concordei com o pedido dela. Mas o problema agora é que Paula se recusa a assinar.”

Cassandra havia preparado um documento para romper a relação de mãe e filha.

O rosto do homem endureceu ao ouvir isso. “Ela é apenas um obstáculo entre nós. Não vai desistir até chegar ao fundo do poço. Vou ajudá-la a convencê-la a assinar e, ao mesmo tempo, farei com que assine os papéis do divórcio também.”

“Tudo bem.”

Há um ditado que diz: “Nem um tigre feroz devora seus próprios filhotes.” Contudo, o ditado “um filhote feroz não poupa a mãe” não existia.

Naquela manhã, enquanto Cecilia estava no trabalho, recebeu uma ligação da cuidadora. “Sra. Smith, você precisa vir rápido. Aconteceu algo de novo.”

Ao chegar, encontrou a porta do quarto de Paula trancada.

Do lado de dentro, Rafael e Cassandra a pressionavam para que assinasse os papéis.

Do lado de fora, a cuidadora explicou: “Eles estão aqui desde cedo, segurando a mão dela e forçando-a a assinar. São cruéis. Ouvi dizer que também estão tentando fazê-la assinar o acordo de divórcio.”

A cuidadora olhou para Cecilia, com esperança de que pudesse ajudar Paula.

Cecilia sabia exatamente por que Rafael estava com tanta pressa para se divorciar de Paula. Queria cortar laços e evitar pagar qualquer dívida.

Romper a relação de mãe e filha era algo que poderia ignorar, mas, se eles se divorciassem, de quem ela iria cobrar o dinheiro?

Todo o dinheiro da família Evans, originalmente, pertencia à família Smith.

Cecilia pegou o telefone, pronta para ligar para Sandro.

Nesse momento, um médico de jaleco branco se aproximou e a reconheceu. “Sra. Smith?”

Cecilia o olhou, intrigada.

“Sou o diretor do hospital. Por que estão todos aqui fora?”

A jovem explicou rapidamente a situação, e o diretor ficou sério.

Sabia muito bem que a mulher à sua frente era benfeitora de seu jovem mestre. Sem hesitar, chamou a segurança, que imediatamente arrombou a porta.

Ao ouvir Paula gritar o nome, Cecilia se lembrou do rosto gentil de seu pai, e seus olhos ficaram ligeiramente marejados.

Assim que o diretor saiu, Rafael lançou um olhar feroz para Paula e disse: “O médico disse que você tem menos de três meses de vida. Qual é o problema em romper laços com Cassandra? O que custa se divorciar de mim e me deixar seguir em frente?”

Os soluços dela ficaram mais altos.

Desde que adoeceu, passou por sofrimentos inimagináveis.

Nunca acreditara em carma, mas agora sim.

“Mãe, você sempre me amou, não é? Apenas assine. Se concordar em romper nosso vínculo, prometo que farei um funeral grandioso para você.”

Até a cuidadora, que ouvia tudo ao lado, achava que pai e filha eram desumanos.

O rosto de Cecilia permanecia frio, sem qualquer sinal de compaixão por Paula.

Talvez a mulher tenha visto a expressão de Cecilia. Antes, estava decidida a não romper os laços, mas naquele momento, algo dentro dela mudou.

“Tudo bem, tudo bem, eu vou assinar!”