Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 119

Eu fiquei surpresa por um momento antes de perceber que Sebastião Laureano aparentemente não sabia que o homem escrito no meu diário era ele. De repente, não me senti tão envergonhada, afastei abruptamente a mão dele, endireitei as costas e comecei a falar com uma falsa simpatia.

"Eu amo quem eu quiser, não me meti nos seus assuntos com Clara Céu Soares, então não se meta nos meus."

A mão de Sebastião Laureano foi afastada por mim, ele hesitou por um momento, seguido de uma risada fria ao meu lado.

"O que você quer dizer é que não importa se eu tenho outras mulheres, você também não deve se preocupar se está pensando em outros homens, até mesmo me fazendo de corno?"

Claro que não era isso que eu queria dizer, mas mesmo que fosse, e daí? Nós íamos nos divorciar de qualquer forma.

"Pare de falar besteira e vá se trocar, se perdermos o voo, a culpa é sua."

A expressão de Sebastião Laureano ficou extremamente sombria, ele baixou a cabeça e se aproximou, seus olhos estavam sombrios.

"Rosângela Damasceno, eu te aconselho a não me provocar."

Naquela época, eu ainda não sabia o significado dessas palavras. Apenas o ignorei, soltei um resmungo, ajeitei meu cabelo castanho cacheado e saí com elegância de salto alto.

Sebastião Laureano não me seguiu, desci as escadas, Dona Eunice já tinha voltado, estava limpando a cozinha, e o Secretário Carlos também veio me cumprimentar respeitosamente.

"Senhora."

Eu acenei com a mão, sentando-me no sofá macio, "Depois desta viagem ao exterior, é muito provável que eu não seja mais a Sra. Laureano. Você pode me chamar de Rosângela, ou Dona Rosângela também serve."

O canto da boca do Secretário Carlos se contraiu, seus óculos de aro preto e dourado o faziam parecer culto e estável.

"Senhora, não brinque assim, eu sou pelo menos dez anos mais velho que você."

Fiquei surpresa, "Dez anos, é tanto assim?"

Mas pensando bem, Sebastião Laureano também era bem mais velho que eu, eu tenho 23 anos, ele tem 29. Secretário Carlos trabalha com ele há anos, ter dez anos a mais que eu faz sentido.

Não é de se admirar que eu e Sebastião Laureano não tenhamos nada para conversar, estamos em duas gerações diferentes. Ah, velho querendo jovem, mas depois reclama, ridículo.

Franzi a testa, afinal, estaríamos viajando juntos, não queria que nada desse errado, muito menos ter que cuidar de um estorvo.

"Sebastião Laureano, você está se sentindo mal?"

Secretário Carlos também olhou pelo retrovisor para Sebastião Laureano, "Presidente Laureano, está com dor de cabeça novamente? Temos remédios aqui no carro, quer tomar?"

Sebastião Laureano ainda não tinha respondido quando eu perguntei, surpresa: "De novo? Você tem dores de cabeça frequentemente?"

Na vida passada, cuidei de Sebastião Laureano por muitos anos, sabia de suas enfermidades melhor do que ele mesmo, que só sofria de dores de estômago, nada relacionado à cabeça.

Sebastião Laureano continuou de olhos fechados, sem dizer uma palavra, enquanto Secretário Carlos explicava, "Pois é, não sabemos o motivo, mas ultimamente o Presidente Laureano tem sofrido frequentemente com dores de cabeça, sempre tem pesadelos e dorme mal. Senhora, que tal fazer uma massagem no Presidente Laureano?"

Eu fiquei boquiaberta de surpresa, lembrando-me de uma vez quando Sebastião Laureano veio me buscar na casa do meu pai e teve um pesadelo enquanto cochilava no carro.

Com sinceridade, eu disse: "Sebastião Laureano, ouvi dizer que as pessoas com tumor cerebral também sofrem de insônia, têm muitos pesadelos e sempre sonham mal. Talvez você devesse fazer um exame?"