Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 149

Ouvindo isso, meu coração apertou. Fixei o olhar em Sebastião Laureano, esperando que ele desligasse o telefone para falar imediatamente.

"Não me diga que agora você vai atrás da Clara Céu Soares?"

Sebastião Laureano baixou a cabeça para me olhar, com uma voz grave.

"Ela está gravemente ferida, a cabeça dela teve que ser suturada, e agora ela está meio desequilibrada..."

Interrompi sem expressão, "Então, por causa disso, você vai me abandonar para ir atrás dela?"

"Sebastião Laureano, o fato dela estar ferida não é problema meu, e eu também estou machucada. Ainda não terminei os exames e você já quer me deixar aqui?"

As sobrancelhas dele se franziram enquanto eu o encarava nos olhos, de repente soltei uma risada fria.

"Você já pensou no que aconteceria se eu ficasse sozinha e fosse perseguida por eles? Meu celular está quebrado, mal tem bateria para uma ligação, não posso fazer mais nada, você quer que eu lute contra eles? Não tem medo de eu morrer nas mãos deles?"

"Cale-se!" Sebastião Laureano subitamente me interrompeu em voz alta, sua bela face se tornou séria instantaneamente, "Você é tão jovem, por que só pensa em morte? Você sabe o quanto isso é irresponsável?"

Fiquei surpresa com sua repreensão, não esperava que ele fosse tão sensível ao tema da morte, como se tivesse perdido alguém importante.

Mas em uma vida passada, ele claramente não agia assim, até mesmo me disse que prepararia um caixão para mim.

Sebastião Laureano pareceu perceber que tinha sido muito intenso, seus lábios se apertaram enquanto ele me olhava fixamente.

"Eu não pretendo te deixar, nem vou fazer isso. Clara Céu Soares está no hospital, onde podemos fazer os exames. Você pode receber tratamento lá, em vez de ficar aqui."

"Clara Céu Soares é jovem, é a primeira vez que ela enfrenta algo assim, ela precisa de alguém em quem confie para se acalmar, caso contrário, eu receio que ela possa enlouquecer."

Sinceramente, se fosse outra pessoa dizendo isso, talvez eu pensasse que estou sendo irracional, mas essas palavras vieram de Sebastião Laureano.

Eu sorri, sem emoção na voz.

"E eu, não é a primeira vez que enfrento algo assim? Ela não é mais nova do que eu, temos a mesma idade. O que é, eu preciso chorar para você saber que também estou assustada?"

Que tipo de situação na vida passada fez Sebastião Laureano perceber que gostava de Clara Céu Soares? Será que este momento ainda não chegou? O que mais precisa acontecer no exterior?

Depois que o médico terminou de me medicar e me aconselhou a fazer mais exames, respirei fundo e lhe dei um sorriso agradecido, "Tudo bem."

Quando o médico saiu, voltei meu olhar para Sebastião Laureano, já tendo suprimido todas as emoções, aparentando indiferença, e acenei com a mão.

"Deixa pra lá, não me importa qual seja o seu relacionamento com ela, seja sua paixão platônica, seja sua salvadora, seja lá o que for, eu simplesmente não me importo."

"Vou te dizer agora mesmo, eu vou inspecionar aqui, e se você ousar sair, depois de eu terminar a inspeção e não encontrar nenhum bandido, vou atrás de um gigolô. Ouvi dizer que gigolô francês é mesmo legal. Se você me trair uma vez, eu traio de volta, é justo, e qualquer coisa a mais considera como um presente, não precisa me agradecer."

Não vou ficar emocionada, na minha vida passada eu fui uma tola, sofrendo por um homem que não valia nada, me autoflagelando. Nesta vida, quem deve ficar triste e enfurecido é Sebastião Laureano.

Sob os olhos de Sebastião Laureano, uma súbita nuvem de raiva se formou, e sua voz baixa estava claramente irritada, "Rosângela Damasceno."

Eu respondi friamente, "Por que a raiva? Assim que voltarmos ao Brasil, vamos nos divorciar imediatamente. Você não suporta me ver, e eu te acho insuportável."