Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 150

Não fosse eu estar em um lugar estranho, precisando de proteção, diante da cara fechada dele, eu teria virado as costas e ido embora em minutos.

Quem se importa, de verdade, é hilário.

Sebastião Laureano, com seu semblante sombrio e inegavelmente belo, tentou conter sua emoção e estendeu a mão para me puxar.

"Rosângela Damasceno, chega de drama, venha comigo."

Drama? Quem está fazendo drama aqui?

Eu simplesmente não consigo engolir esse desaforo.

Eu, Rosângela Damasceno, por acaso não sou um ser humano? Por que tenho que me submeter, ser apenas uma opção?

De vidas passadas a esta, já tive minha cota dessa existência, pensar em recuar novamente, simplesmente não é uma opção!

Esquivei-me dele, cruzei os braços e fixei nele meus olhos, claramente delineados entre o preto e o branco.

"Te dei duas opções: ou você me escolhe, fica aqui para fazer os exames comigo e depois eu volto para o hotel. Você pode consolar sua Clara Céu Soares como bem entender, não me meterei. Ou então, vá agora mesmo atrás da sua Clara Céu Soares e me deixe em paz."

Mal terminei de falar, ainda sem ver a reação de Sebastião Laureano, meu celular, com a tela quebrada, de repente tocou.

A tela estava tão danificada que não consegui ver quem estava ligando e atendi diretamente, o volume estava estranhamente alto, provavelmente por conta do impacto.

"Rosângela, estou aqui fora do seu hotel, onde você está?"

Era Hector Rocha, ele realmente veio me procurar, parece que resolveu suas pendências!

Imediatamente, fiquei eufórica, expliquei minha localização com entusiasmo, mencionando até o andar. Se não me engano, esse hospital fica bem perto do hotel onde estou hospedada, passei por ele há pouco.

"Hector Rocha, venha rápido, estou te esperando."

A voz de Sebastião Laureano ficou cada vez mais fria, as sobrancelhas franzidas em uma expressão de profunda irritação, "Estou ciente, estou indo agora, tente acalmá-la um pouco."

Eu apenas observava, vendo Sebastião Laureano com as sobrancelhas cerradas, os lábios vermelhos levemente curvados, quase certo de que ele estava prestes a partir.

Afinal, eu sabia melhor do que ninguém, Clara Céu Soares e eu, não éramos comparáveis.

Sebastião Laureano olhou nos meus olhos, falando de forma calma, "Você vai comigo ou não?"

Ele parecia pronto para me pegar e me levar com ele se eu recusasse.

Eu ainda não tinha respondido, quando uma voz súbita, fria e familiar ressoou atrás de mim.

"Você não vê que ela está cheia de feridas no rosto, e em vez de levá-la ao médico, quer levá-la para consolar outra pessoa? Sebastião Laureano, isso é inaceitável—"