Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 17

Era sempre assim, todas as vezes.

Desde o início, foi ele quem fez de tudo para que eu me casasse com a família Laureano, com a intenção de se associar a ela e, aos poucos, sugar a família Laureano até a última gota.

Desde que me casei, sempre que me chamavam de volta era por essa razão.

Em todas as vidas, eu era a ferramenta de união matrimonial dele, e o que mais ouvia era que eu deveria agradar Sebastião Laureano para que ele pudesse explorar isso a seu favor e ascender socialmente.

Ele nunca se importou se eu estava bem depois de casar, e eu, sempre por um pingo de afinidade familiar, me humilhava para ajudá-lo. De certa forma, eu era como Sebastião Laureano dizia, uma trepadeira que só podia viver apoiada nele.

Com o coração tumultuado, peguei mais um pedaço de peixe e, com os olhos cheios de escárnio, falei calmamente: "Ele não nos deve nada, e eu também não quero dever nada a ele. Se você quer investimento comercial, fale diretamente com ele."

Esta foi a primeira vez que o desafiei, e todos ficaram chocados, totalmente despreparados para minha audácia.

E o respeito devido ao patriarca foi desafiado. Mauro Damasceno imediatamente ficou furioso, jogou os talheres e, apontando para meu nariz, repreendeu: "Rosângela Damasceno, como eu pude criar uma ingrata como você? Agora que você pode se virar e ganhar dinheiro, ousa me desrespeitar assim? Se eu envelhecer, você provavelmente vai me tratar ainda pior. Deixe-me dizer, você é minha filha, e eu sempre serei seu pai! Você se casou bem, qual o problema em pedir um pouco de dinheiro? Hoje, você tem que fazer isso, querendo ou não!"

Juliana Lacerda segurou o braço de Mauro Damasceno, tentando acalmá-lo, e então me aconselhou: "Rosângela, você é a filha da família Damasceno, a sua família é seu suporte. Só se a família estiver bem, você terá mais força na casa do seu marido, certo?"

"Não é nada demais, é só falar com o Presidente Laureano sobre um pouco de financiamento. Nosso negócio vai melhorar, seu pai ficará feliz, e nossa família também, não é?"

Meus lábios formaram um sorriso frio. Me sacrificar para satisfazê-los, é claro que para eles seria ideal.

Mas eu não rompi completamente, deixei-o agir arrogantemente por mais alguns dias. Um dia, quero vê-lo arruinado, abandonado por todos, ajoelhado em arrependimento!

"O negócio da empresa que você quiser fazer, faça. Quando chegar a hora, falaremos sobre isso."

Imediatamente levantei a mão para interrompê-la: "Ei, eu ainda não concordei, então não me agradeça ainda."

"Percebo que toda vez que venho aqui para jantar, é sempre para me pedirem algo, seja isso ou aquilo, sempre uma armadilha. Acabamos de falar sobre investimento, e agora querem que eu arranje um emprego, vocês estão exagerando, não estão?"

Mauro Damasceno imediatamente ficou com uma expressão sombria, e bateu na mesa com raiva: "Absurdo, você pensa que está falando com quem..."

Eu interrompi diretamente, com um sorriso frio.

"Até agora, eu ajudei no que pude com as ideias que vocês tinham, mas a partir deste momento, quem quiser pedir ajuda ao Sebastião Laureano, que vá pedir pessoalmente. Eu não vou me envolver."

"Pai, você também precisa entender que favores são a dívida mais difícil de pagar. Ter que lidar com algo tão simples assim, irritando os outros até o ponto de falarem em divórcio, ninguém vai sair ganhando. Pense bem nisso."