Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 18

A atmosfera de repente ficou tensa, Mauro Damasceno ficou com uma expressão cada vez mais feia, lançando-me olhares desagradáveis, mas não disse mais nada.

"Vamos lá, vamos comer, a comida já esfriou."

Leila Lacerda e sua filha trocaram olhares, rangendo os dentes, mas também não falaram mais nada.

Lancei-lhes um olhar, sorri friamente, e peguei novamente no garfo e faca para continuar a comer, sendo o único a realmente aproveitar a refeição.

Com a saúde em dia, tudo tem gosto bom.

Depois de comer, subi para procurar um par de sapatos para vestir.

Ao chegar perto da escada, ouvi Juliana Lacerda sussurrando para Mauro Damasceno: "Como é que eu sinto que a Rosângela mudou tanto? Parece outra pessoa."

Não dei atenção e continuei a subir. Ao chegar no meu quarto, vi que minhas coisas tinham sido jogadas por todo lado.

Mantive a expressão neutra e, depois de procurar um pouco, encontrei uma caixa de sapatos no fundo do armário.

Felizmente, ainda tinha um par de tênis lá, que calcei, preparando-me para voltar para casa.

Mas, ao me virar, vi Leila Lacerda parada na porta, com um olhar cheio de escárnio dirigido a mim.

Não pretendia dar-lhe atenção, mas ela bloqueou a porta, ergueu o queixo e me olhou desafiadoramente.

"Você quer alguma coisa?", perguntei.

"Quero sim, irmã, vim ver como você está." Leila Lacerda disse em tom suave e lento.

"Com essas duas pequenas coisas que você disse hoje, irmã, parece que está tendo dificuldades na família Laureano, não é? O Tião não te mima nem um pouco?"

"Ou será que você não quer que eu entre na empresa?"

Olhei-a firmemente: "O que você quer dizer?"

"Quero dizer, será que você tem medo que o Tião goste de mim porque sou mais jovem e bonita, e é por isso que não quer me deixar entrar na empresa?"

Vendo Leila Lacerda se fazer de inocente e cheia de satisfação, não pude deixar de rir friamente.

No coração de Sebastião Laureano, só existe o amor platônico dele, de onde Leila Lacerda tirou a confiança de que Sebastião Laureano gostaria dela?

"Que tal isso, vou ligar para o Sebastião Laureano, e você mesma fala com ele. Se ele concordar em te deixar entrar na empresa, não vou te impedir."

"Mas a irmã acha que sou mais jovem e bonita, tem medo... tem medo que você me prefira e acabe negligenciando ela, por isso ela não quer que eu vá."

"Hm." Sebastião Laureano respondeu friamente.

Leila Lacerda, pensando que Sebastião Laureano tinha concordado com sua ida para a empresa, não esperava o que viria a seguir.

"Não mantenho pessoas ociosas aqui, muito menos as presunçosas."

Leila Lacerda ficou instantaneamente petrificada: "Tião..."

Minha boca começava a esboçar um sorriso involuntário, quando ouvi, do outro lado da linha, uma bronca severa.

"Quem te deu permissão para me chamar assim? Não tem noção de respeito, de moral? É assim que te ensinaram em casa?"

"Sua aparência nem chega aos pés da Rosângela Damasceno, sem inteligência, sem capacidade. Do que a Rosângela Damasceno teria medo? De você enlouquecer?"

Leila Lacerda, segurando o celular, começou a tremer, visivelmente perturbada.

Eu não conseguia mais conter o riso, e Sebastião Laureano disse novamente: "Rosângela Damasceno, sei que você está aí. Atenda o telefone."