Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 35

Como poderia eu voltar a viver com ele, servindo como uma mera babá para Sebastião Laureano? Ele sabia muito bem que eu não cederia. Era como forçar minha mão para abandonar tudo.

E eu tinha minha dignidade. Decidi sair do carro sem hesitar.

O rosto de Sebastião Laureano escureceu abruptamente; ele entrou no carro sem sequer olhar para trás e fechou a porta com um estrondo.

"Vamos."

A voz de Seu Luís soou constrangida, "Presidente Laureano, esta é uma área residencial de luxo, não é fácil pegar um táxi aqui. Como a senhora vai voltar para casa?"

Sebastião Laureano soltou uma risada fria, "Ela vai encontrar um jeito. Vamos."

O carro logo partiu, deixando-me ali. Olhei para a imponente mansão à minha frente, repleta de pessoas que eu detestava. Não me rebaixaria a pedir-lhes um carro. Abri um aplicativo de transporte, mas não havia motoristas disponíveis.

Meu coração afundou ao perceber que provavelmente não conseguiria um transporte. Estava na área mais exclusiva da cidade, onde cada residência tinha pelo menos um carro, senão mais. Resignada, comecei a caminhar, sentindo um gosto amargo na boca.

Sebastião Laureano foi cruel, me forçando a sair. Maldito canalha, ainda pior do que Seu Luís.

Caminhei sob o sol escaldante por mais de uma hora. Meus pés formigavam, e meus calcanhares estavam tão machucados pelos saltos que sangravam. Era insuportável.

Mesmo sem um espelho, eu podia imaginar o quão pálida estava minha face, mas não podia parar. Caso contrário, levaria a noite inteira para sair da área urbana.

De repente, um trovão explodiu no céu, seguido por uma chuva torrencial que caiu impiedosamente sobre mim.

Estava em uma estrada aberta, sem abrigo à vista, e em instantes fiquei completamente encharcada.

Para piorar, um carro veio em minha direção, balançando de um lado para o outro, quase me atingindo.

Meus olhos se arregalaram de pânico, gritei e me joguei para o lado, caindo no chão enquanto ouvia o som urgente de freios.

Repentinamente, um homem saltou do veículo, segurando um guarda-chuva, e veio apressadamente em minha direção para me abrigar da tempestade.

"Me desculpe, me desculpe, senhorita, você está bem? Se machucou em algum lugar?"

Escorreguei e sujei minha roupa. "Estou ilesa, não me machuquei."

Ele prontamente estendeu a mão para me ajudar a levantar, inclinando o guarda-chuva gentilmente na minha direção.

Sorri em resposta. Apesar de parecer inexperiente, na verdade era bastante comunicativo. No entanto, foi bom ter alguém com quem conversar durante o trajeto.

Antes de sairmos do carro, trocamos contatos, ele disse que esperava poder trocar mais ideias e aprender comigo no futuro. Olhei para seu rosto bonito, sorrindo, "Claro."

Ao retornar descalça para casa, não esperava encontrar Rosa Maria Costa, que me analisou de cima a baixo, seu sorriso desvanecendo instantaneamente.

Me senti culpada, "Vou tomar um banho primeiro."

Depois de me banhar e trocar de roupa, Rosa Maria Costa se aproximou com uma expressão séria.

"Eles te trataram mal?"

"Não," respondi, com um sorriso nos olhos. "Hoje quem levou a pior foram eles. Você deveria ter visto, quando eu mostrei a prova, a cara da minha sogra e do Sebastião Laureano ficaram uma beleza."

Seu rosto permaneceu sério. "E por que você está toda molhada? Sebastião Laureano não a trouxe para casa?"

"Trouxe, mas é que eu achei a chuva lá fora tão convidativa, e já que estava perto de casa, decidi sair do carro mais cedo e aproveitar um pouco a caminhada na chuva."