Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 88

Eu raramente tinha um momento tão íntimo com Sebastião Laureano. Na nossa vida anterior, só depois de dormirmos juntos, quando tivemos um relacionamento real, ele mostrava um pouco mais de intimidade, mas era muito raro.

Sebastião Laureano é um homem de poucas paixões, bastante frio e distante. Agora, para manter as aparências, ele até tomou a iniciativa de segurar minha mão, o que já é um grande sacrifício da parte dele.

Assim que nos afastamos completamente da família Damasceno, soltei a mão dele e agradeci.

"Pronto, eles já não podem nos ver, obrigada por hoje."

Sebastião Laureano lançou-me um olhar, com seu rosto bonito mantendo uma expressão indiferente, difícil de decifrar: "Por que você não me chamou?"

Olhei para ele, confusa: "Chamar você para quê? Para doarem seu sangue? Você por acaso é um filantropo?"

Ao dizer isso, lembrei-me do que aconteceu há pouco: "Por que você não me deixou terminar de falar? Você não está realmente pensando em investir na família Damasceno, está?"

Sebastião Laureano olhou para mim com desdém, como se estivesse olhando para uma idiota: "Isso é apenas uma estratégia. Agora que você já criou confusão com todos eles, se quer cortar as finanças deles sem se prejudicar, é melhor mantê-los esperando e encontrar suas fraquezas para depois tomar tudo de uma vez. Assim, ninguém poderá te controlar."

Segui-o em direção ao carro de luxo, percebendo de repente.

Esse garoto, não é à toa que nunca consigo vencê-lo, sempre tão astuto e estratégico, não é à toa que conseguiu expandir tanto os negócios.

E eu, que sempre agi impulsivamente, buscando vingança imediata para minha própria satisfação.

"Meu avô pediu para você vir jantar comigo, mas você não ligou. Como sabia que eu estava na família Damasceno?"

Além disso, pelo que me lembro, na vida passada, neste dia, eu estava sozinha na família Damasceno, sofrendo humilhações, e meu avô não me chamou para jantar. Como é que a situação mudou tanto hoje?

Enquanto uma brisa suave tocava meu rosto, eu podia sentir o aroma de sândalo que era característico de Sebastião Laureano.

"Eu tive um sonho, sonhei que você estava sendo maltratada na família Damasceno," Sebastião Laureano olhou para mim, uma emoção indescritível lentamente aparecendo em seu rosto sereno: "Parece que o sonho é meio verdade, meio mentira, afinal, você não levou um tapa."

Fiquei sem palavras, não esperava que Sebastião Laureano sonhasse comigo.