Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 89

Eu acordei abruptamente, e minha primeira reação foi sentir que minha mão estava prestes a quebrar sob a sua pressão. Doía muito: "Sebastião Laureano!"

Eu estava prestes a erguer minha outra mão para dar-lhe um tapa e acordá-lo de vez.

Nesse instante, Sebastião Laureano de repente abriu os olhos, com a testa coberta de suor, me encarando fixamente. Foi raro encontrar um traço de medo em seu rosto sempre imutável.

Minha vontade de repreendê-lo instantaneamente se esvaiu, e perguntei, surpresa: "Você está bem?"

Sebastião Laureano me observava, um lampejo de confusão atravessando seu belo rosto antes de soltar minha mão e massagear seu peito.

Percebi uma expressão de dor em seu rosto e perguntei: "Seu coração está incomodando?"

Na minha vida anterior, nunca soube que Sebastião Laureano tivesse problemas cardíacos.

Enquanto pensava nisso, Sebastião Laureano subitamente agarrou meu pulso, sua expressão de dor intensificando.

Imediatamente fiquei preocupada: "Sebastião Laureano, aguente firme, você não pode morrer agora!"

Pelo que eu sabia, Sebastião Laureano não morreria, pelo menos não nos próximos 24 anos, mas tantas coisas haviam mudado que eu não podia garantir com 100% de certeza.

Ainda não estávamos divorciados, e eu ainda não havia recebido minha indenização de um milhão. Ele não podia morrer. Apressei-me a gritar: "Seu Luís, gire o carro, vamos para o hospital!"

Sebastião Laureano segurou minha mão, com voz rouca: "Não é necessário, vamos para a casa grande."

"Você está assim e ainda quer fazer graça? Vamos para o hospital!"

"Para a casa grande."

"Você tem certeza?" Eu franzi a testa, olhando para ele: "Se está doente, está doente, o que há para esconder? Com essa sua saúde frágil, é melhor fazer um exame logo. Você ganha tanto dinheiro, mas de que adianta se acabar assim..."

"Você parece realmente ansiosa pela minha morte," o olhar penetrante de Sebastião Laureano me atingiu como uma faca.

"Sonhou com o quê?"

Ele hesitou por um momento, me encarando profundamente antes de se recostar na cadeira e fechar os olhos, como se ainda estivesse assombrado.

"Sonhei que alguém morreu. Esse sonho foi mais realista que o anterior, como se estivesse acontecendo bem na minha frente."

Ao ouvir isso, eu fiquei levemente surpresa, lembrando vagamente dos murmúrios de Sebastião Laureano no sonho, algo sobre a morte de alguém. Ele estava tão perturbado, provavelmente era alguém muito importante para ele.

De repente, pensei na minha mãe. Quando ela morreu, eu não estava tão triste, mas com o passar do tempo, a dor só aumentava, porque a perda se tornava cada vez mais evidente e insuportável, sem esperança de um futuro melhor.

Assim como quando eu estava no colégio e dizia que, quando crescesse, iria ganhar dinheiro para cuidar dela. Ela sorria, afagava minha cabeça e me chamava de tola, dizendo que agora dependia de mim. Agora que eu tinha capacidade de ganhar dinheiro, ela já se foi.

Assim como na época em que ela partiu dessa vida, ela sempre se preocupava com o meu futuro, temendo que eu, pela minha pouca idade, não soubesse me cuidar e acabasse sendo maltratado pelos outros. No entanto, eu acabei de dar uma lição naquele casal adúltero, e eu queria poder contar a ela que agora consigo me cuidar e, finalmente, tenho a capacidade de protegê-la também. Mas ela nunca saberá, nem poderá ver isso.