Desta Vez, Eu Sou a Prioridade da Minha Vida romance Capítulo 92

O velho senhor tem o hábito de ler o jornal todos os dias, um costume que Sebastião Laureano também continuou.

Sebastião Laureano franziu a testa, colocou o jornal de lado: "Se você não encontrar algo para fazer, vai acabar me arrastando para jogar xadrez."

Ele se levantou, tirou o casaco, e enquanto arregaçava as mangas, caminhou em nossa direção: "Você não aceita perder, eu não quero jogar."

"Ô, moleque!"

O velho ergueu sua bengala, fingindo querer bater em Sebastião Laureano, que habilmente desviou, fazendo o velho resmungar, mas seus olhos claramente brilhavam de felicidade.

Eu, observando ao lado, também me sentia genuinamente feliz.

O velho olhava para seu neto com alegria, e eu também me alegrava.

Além disso, a atitude de Sebastião Laureano quando voltava à casa do avô era completamente diferente da que tinha quando estava na casa dos pais. Aqui, ele claramente parecia mais vivo.

Logo foi hora do jantar, e a mesa estava repleta de pratos deliciosos.

O mordomo sorriu: "O velho soube que vocês viriam e fez questão que a cozinha preparasse vários pratos que o jovem e a senhora gostam. Por favor, tomem seus lugares."

Todos nos sentamos, e o velho lançou um olhar para Sebastião Laureano, ainda irritado por não ter conseguido acertá-lo com a bengala, de repente bateu com os talheres na sua mão, repreendendo: "Me diga, você arrumou confusão, não foi?"

Essa pergunta inesperada me deixou confusa, mas Sebastião Laureano, imperturbável, pegou um camarão e começou a descascá-lo, colocando-o no prato do avô.

"Você não deveria dar ouvidos a fofocas."

"Fofocas?" O velho bufou: "Eu não perguntei apenas a uma pessoa sobre o jantar, eu sei de tudo, por que você ainda tenta se esquivar?"

O jantar?

De repente entendi do que falavam, e por que o avô fez questão de me convidar para jantar. Ele soube do escândalo na última reunião de família.

Sebastião Laureano escureceu o rosto, seu olhar se tornou ainda mais penetrante.

"Não há nada de errado comigo, não preciso de médico."

O velho, confuso, insistiu: "Então por quê?"

"Eu simplesmente não acho o corpo dela atraente."

Sebastião Laureano avaliou-me de cima abaixo: "Com esse corpo, sem curvas na frente ou atrás, como poderia atrair um homem?"

Eu fiquei furiosa, embora soubesse que sua indiferença era por não me amar, mas por que ele tinha que atacar minha aparência?

"Absurdo!" O velho ficou do meu lado: "Aquelas por aí, por mais curvilíneas que sejam, não são suas. Você não pode cometer um erro desses, senão, mesmo que Rosângela te perdoe, eu não te perdoaria—"