Diagnóstico: Câncer e Marido Infiel romance Capítulo 4

Antes de decidir ir embora, Lúcia ainda quis ver Júlio.

Afinal, era uma parte dela mesma.-

Ele tinha apenas seis anos, era um pouco imaturo; como mãe, ela não poderia guardar ressentimentos contra o próprio filho.

Assim que chegou à porta do quarto de Júlio, ouviu-o falando.

"Irmã Leonor, minha mãe normalmente é muito educada, eu também não sei por que ela agiu assim hoje. Eu peço desculpas por ela, você é mais velha, não fique brava com a minha mãe, está bem?"

A criança era pequena, não compreendia as relações entre os adultos. Se Leonor realmente fosse tia de Virgílio, segundo a ética familiar, o que Júlio disse não estaria errado.

Ele estava tentando protegê-la.

Lúcia sentiu-se levemente confortada.

Quando se preparava para abrir a porta, Júlio disse novamente: "Irmã Leonor, obrigado por ser tão generosa e não ficar brava com a minha mãe. Eu queria que minha mãe falasse tão bem quanto você, assim eu não teria que me preocupar se meus colegas vão rir dela por ser muda."

…

"Sim, tem um colega na minha sala cuja mãe manca, e muitos colegas sempre zombam dele. Eu não quero ser igual a ele, ser zoado e não conseguir levantar a cabeça."

…

Lúcia soltou a maçaneta e prendeu a respiração.

Quanto mais velho ficava o filho, menos aceitava suas imperfeições.

Faltavam apenas seis meses para que ela morresse…

Depois de sua morte, Virgílio seria o único responsável por Júlio.

Ou talvez Virgílio se casasse novamente, escolhendo uma mulher saudável para ser madrasta de Júlio.

No momento em que foi diagnosticada com câncer, isso foi o que mais a preocupou: temia que a madrasta não tratasse bem Júlio.

Júlio era seu tesouro, desde o nascimento ele fora motivo de inúmeras preocupações.

Mas agora, parecia que tudo isso não fazia mais sentido.

Para Júlio, ela já era motivo de vergonha.

Era melhor não se encontrarem novamente.

No dia seguinte.

A luz da manhã mal havia surgido.

Virgílio retornou para casa, exausto.

Ele sabia que não estava completamente certo sobre o ocorrido na noite anterior.

Se tivesse explicado para Lúcia que Leonor teve uma reação alérgica à roupa de cama do hotel, ela teria entendido.

Abriu a porta do quarto, levantando uma leve corrente de ar.

Virgílio viu um pedaço de papel deslizar para debaixo da cama…

Ele franziu as sobrancelhas. Por ser muito exigente com limpeza, Lúcia sempre mantinha a casa impecável; hoje, porém, havia deixado cair papel no quarto.

O quarto estava vazio, e os traços definidos do rosto de Virgílio ganharam um tom ainda mais sério. Normalmente, sempre que ouvia o carro dele, Lúcia já estava à porta esperando por ele.

Irritado, fechou a porta e foi para a sala, chamando: "Bruna."

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar