Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 13

Aquela atitude de Samuel Ferreira deixou todos presentes completamente atônitos.

Vários olhares se voltaram de imediato, encarando Samuel Ferreira e Maria Luíza Santos com espanto.

Samuel Ferreira, com sua mão longa e firme, apoiou o ombro de Maria Luíza Santos e falou entre dentes:

— Eu preciso de uma explicação.

Maria Luíza Santos apertou as têmporas, visivelmente frustrada:

— Você realmente não faz ideia?

— Não faço! — Samuel apertou ainda mais o ombro dela, quase gritando — Eu acordo e parece que o mundo desabou! Minha namorada termina comigo do nada. Você já pensou em como eu me sinto?

Os olhos de Samuel estavam vermelhos de cansaço, o rosto marcado pelo sofrimento e pela mágoa.

Aquela cena deixou a família Ferreira completamente perplexa.

Como assim?

Estariam vendo coisas?

Ou será que era mesmo o que parecia?

Ali, bem à sua frente, estava o filho/neto querido deles?

Aquele Samuel Ferreira sempre tão frio, autoritário e distante, agora se mostrava vulnerável diante de uma mulher, quase como se implorasse por consolo?

O que estava acontecendo?

— Do nada? — Maria Luíza Santos encarou Samuel, repetindo lentamente aquelas palavras.

— Então me diga você, qual foi o motivo? O que fiz de errado pra você me abandonar assim? — A voz de Samuel tremia — Foi porque não cuidei direito das suas refeições? Porque não marquei um encontro a mais? Ou será que não te “atendi” como devia?

Ele suspirou, exausto:

— Não pode ser só porque não tive coragem de ver filme de terror com você, né? Se for isso, eu assisto uns cinquenta hoje mesmo, tá bom?

Só Deus sabia.

Acordar e ser largado sem explicação era como ver o céu desabar.

E o pior: ele nem sabia o motivo, simplesmente foi descartado sem aviso.

Procurou Maria Luíza Santos para pedir explicações, mas ela não respondia mensagens, não atendia ligações, ninguém sabia onde ela estava — nem mesmo Dona Rosa.

Dias atrás soube que Maria Luíza voltou para a casa de Dona Rosa e correu até lá, mas não encontrou ninguém. Nem Dona Rosa, nem Maria Luíza.

A única coisa que restava no quintal eram as plantas medicinais que Maria Luíza tanto cuidava.

Todo o resto havia sumido.

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