Miguel Santos estava com o rosto fechado, prestes a explodir, quando Lívia Santos segurou a manga da sua camisa e balançou a cabeça, pedindo calma.
Miguel respirou fundo, tentando sufocar a raiva que lhe subia ao peito, e por fim não disse nada, apenas observou Maria Luíza Santos se afastar.
Somente quando Maria Luíza deixou completamente a sala do presidente da SN, o coração de Miguel pôde, enfim, relaxar.
Desde que Maria Luíza não causasse problemas, havia esperança para aquele dia.
Afinal, tinham sido convocados pessoalmente pelo presidente da SN.
No entanto, Miguel não esperava que, após a saída de Maria Luíza, ele e Lívia esperariam do meio do dia até o anoitecer.
A confiança deu lugar ao desânimo total.
Por fim, Miguel não conseguiu mais se segurar e saiu à procura de Alfredo.
— Alfredo, o presidente está em reunião? Já estamos aqui o dia inteiro. Se o presidente estiver realmente ocupado, podemos voltar amanhã?
Alfredo lançou-lhe um olhar frio e indiferente.
— O nosso presidente não foi “convidado” a se retirar por vocês? Gerente Santos, que audácia a sua, vir à nossa empresa e dispensar o presidente do SN. Nunca vi coisa parecida.
Miguel ficou paralisado, sem entender.
— O senhor está enganado. Como poderíamos ter coragem de dispensar o presidente de vocês? Até agora, sequer o vimos.
— Sem coragem? — Alfredo soltou uma risada sarcástica. — Eu acho que coragem não lhe falta. O nosso presidente quis dar uma chance à família Santos, e você retribui assim, com arrogância, achando que pode enganar até o presidente.
— Não foi isso que...
Miguel tentou se explicar, mas Alfredo não lhe deu espaço.
— Gerente Santos, com toda essa competência, parece que não precisa do nosso projeto. Melhor procurar outra parceria.
Dito isso, Alfredo virou as costas e se foi sem sequer olhar para trás.
Miguel ficou ali, atônito.
Depois de um bom tempo parado, só então retornou ao escritório. Lívia correu ao seu encontro, ansiosa.
— Miguel, como foi? Quando o presidente da SN vai nos receber?
Miguel afundou-se na cadeira, derrotado.
— Não vai acontecer.
Lívia franziu a testa.
— Como assim?
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