Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 36

Dona Ana Ferreira estava furiosa!

A parceria com o Grupo SN era algo que a família Ferreira levava muito a sério. Para garantir o sucesso da negociação, todos na empresa haviam se empenhado por mais de dois meses. Mas, no final, o Grupo SN sequer analisou a proposta apresentada pela família Ferreira e rejeitou a colaboração sem dar qualquer motivo.

Por causa disso, os Ferreira ficaram desanimados por bastante tempo.

Ninguém esperava que o responsável por isso fosse justamente Samuel Ferreira.

Apesar da raiva, Dona Ana não conseguia deixar de sentir orgulho.

Ela sempre soubera da competência de Samuel Ferreira. Se não fosse por isso, Carlos Ferreira não teria se aposentado cedo e confiado a gestão da empresa a ele.

Desde que Samuel assumira a companhia, o lucro anual da família Ferreira aumentara vários pontos percentuais.

A família Ferreira também estava cada vez mais consolidada na Cidade Capital.

Só que esse filho ingrato, diante de um projeto tão promissor, acabou colocando a própria empresa para fora da jogada.

— Eu não tenho poder de decisão — Samuel Ferreira falou, massageando as têmporas, lançando um olhar para Maria Luíza Santos e Hadassa Rodrigues, que comiam tranquilamente. — Ela é quem manda!

Na verdade, a fundação do Grupo SN foi mais vantajosa para ele do que para qualquer outra pessoa.

Maria Luíza Santos poderia muito bem ter criado o Grupo SN sozinha, mas Samuel, querendo ficar sempre ao lado da namorada, pediu para participar como investidor.

Maria Luíza não precisava de dinheiro, mas mesmo assim aceitou o investimento dele.

Deu a ele apenas trinta por cento da participação.

Segundo Maria Luíza, era para que ele se sentisse mais seguro.

Os membros da família Ferreira ficaram boquiabertos.

Todos olhavam, incrédulos, para Maria Luíza Santos, que continuava sua refeição satisfeita.

Um grupo daquele porte, e Samuel Ferreira não tinha poder de decisão algum?

Maria Luíza Santos era mesmo surpreendente.

Mas, afinal, de onde vinha o capital para abrir um grupo tão grande quanto o SN?

Dizia-se que Maria Luíza Santos fora criada por mulheres que trabalhavam na noite, mas será que elas teriam recursos suficientes para ajudá-la a montar o SN?

A família Ferreira, sendo experiente no ramo dos negócios, sabia muito bem o quão difícil era criar um grupo empresarial. Só o investimento inicial já ultrapassava facilmente a casa dos bilhões — sem isso, o SN jamais teria saído do papel.

Será que mulheres da noite conseguiriam levantar essa fortuna?

Enquanto os mais velhos da família ainda estavam perplexos, Samuel Ferreira tomou das mãos de Vera Cardoso o contrato de aquisição e, sem hesitar, rasgou-o em pedaços.

De repente!

Maria Luíza Santos levantou-se de um salto, os olhos faiscando de raiva ao encarar os pedaços de papel rasgados nas mãos de Samuel. Cerrou os dentes e disse, furiosa:

Maria Luíza ficou paralisada.

Samuel levou a mão à testa, exasperado.

Hadassa gritou:

— Solta ela agora!

Vera Cardoso, sem entender a reação, perguntou:

— Eu só queria dar um abraço na Maria Luíza. Pra que esse drama todo?

Era inacreditável!

Embora Maria Luíza ainda não fosse oficialmente sua nora, Vera já gostava dela.

Bastava olhar para o rosto de Maria Luíza para sentir vontade de abraçá-la.

Mas por que os dois estavam com aquela cara de calamidade?

Hadassa, indignada, bateu o pé:

— Você, você... Maria está... perdida!