Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 10

Terceira Pessoa

Sinclair olhou fixamente para a pequena humana à sua frente. Parecia que toda vez que ele via Ella, ela ficava mais bonita, especialmente desde que ele descobriu que ela estava carregando seu filhote. Ela havia sido uma distração encantadora antes, agora ela era quase irresistível. Com a pele clara, cabelos dourados rosados e olhos tão âmbar que quase pareciam metálicos, ele achava difícil acreditar que ela não fosse uma loba. No entanto, por mais delicioso que fosse o seu cheiro, ela claramente não era nada extraordinária.

"Por que você foi embora?" Sinclair exigiu, examinando seus olhos afiados sobre o corpo dela para se certificar de que ela não estava machucada. Sua atenção se fixou em sua barriga lisa, onde seu filhote estava seguro. Ele ainda podia sentir o cheiro, ouvir seu pequeno batimento cardíaco e sentir uma conexão inexplicável com o minúsculo conjunto de células.

"Porque eu não sou um cachorro. Eu não fico sentada e espero só porque você me diz para fazer isso." Ella anunciou, cruzando os braços sobre o peito.

"Eu não te ordenei fazer nada." Sinclair argumentou, confuso com a forma como seu lobo ronronava em resposta à sua insolência.

"E ainda assim você parece descontente por eu não ter ficado sentada obedientemente esperando você voltar para ditar mais decisões sobre o meu futuro." Ella retrucou, apoiando-se na moldura da porta.

"Eu não ditei nada." Sinclair argumentou. "Nós negociamos de forma justa."

"Se isso é o que você chama de justo, não é de admirar que você tenha ganhado sua reputação implacável." Ella comentou astutamente, "Eu não estava em condições de ter uma conversa tão importante, muito menos tomar uma decisão como essa."

Sinclair parecia não ouvi-la, em vez disso, ele havia passado por ela e entrado no apartamento. "É aqui que você mora?"

"Obviamente." Ella revirou os olhos.

Ele balançou a cabeça, "Isso não serve."

"Desculpe-me?" Ella arregalou os olhos, "você tem muita coragem, sabe -

"Eu não vou permitir que a mãe do meu filhote fique em condições tão precárias." Sinclair decidiu, "Você vai se mudar para a minha propriedade o mais rápido possível."

Ella cerrou os punhos ao lado do corpo e respirou fundo. "Eu tomo minhas próprias decisões."

"Não desde que você concordou com o nosso acordo." Sinclair retrucou. "No momento em que você disse sim, você entregou a autoridade para mim."

"Eu não assinei nada!" Ella lembrou a ele.

"Um acordo verbal é suficiente na lei dos lobisomens - o contrato era realmente para você." Sinclair anunciou, sorrindo travesso.

"Então por que seu bilhete dizia que precisávamos terminar nossa conversa, o que havia para terminar se não assinar o acordo?" Ella exigiu calorosamente.

"Tudo, incluindo você se mudar comigo, seu regime pré-natal, plano de parto, acordos financeiros." Sinclair explicou, caminhando para o quarto de Ella e abrindo as portas do armário. Quando Ella o alcançou, ele já estava tirando uma mala da prateleira de cima.

"Pare com isso!" Ella insistiu, tentando vigorosamente tirar a mala de suas mãos. Ela puxou a grande bolsa com tanta força que quase perdeu o equilíbrio. Na verdade, ela estava puxando com toda a sua força e peso, se Sinclair tivesse escolhido soltar sua parte da bolsa, ela certamente teria caído no chão. "Eu nunca concordei em morar com você!"

A próxima coisa que Ella soube, a mão enorme do shifter estava circulando sua nuca, aplicando pressão apenas o suficiente para congelá-la no lugar, mas não o suficiente para machucar. "Escute bem, pequena humana." Ele ronronou autoritariamente, irradiando poder. "Eu aprecio seu espírito, mas enquanto você estiver carregando meu filhote, você será cuidadosa, e lutar com lobos duas vezes maiores que você por causa de bagagens pesadas não é permitido."

"Você vai continuar me encarando desse jeito enquanto fala?" Sinclair perguntou, seu lobo travesso o instigando. Ele não sabia o que era ver Ella toda irritada, mas parecia que não conseguia parar de provocá-la.

"Si-" Ella interrompeu sua resposta, parecendo pensar melhor antes de perder a paciência com ele. Ela precisava convencê-lo, persuadi-lo - não o irritar. "Não", ela corrigiu, respirando fundo. "Eu quero conversar com você sobre nosso acordo. O que vai acontecer com o bebê nos primeiros anos? Quem vai cuidar dele?"

"Eu vou pagar alguém", Sinclair respondeu simplesmente, "uma ama de leite".

"Por que você pagaria alguém quando a mãe do bebê está aqui e morrendo de vontade de fazer todas as coisas que uma serva faria? Ele vai precisar de leite, canções de ninar e amor, eu posso oferecer isso melhor do que ninguém. Me perdoe, mas eu sei que você não é casado, e uma criança precisa de uma mãe". Ella esperava que esse fosse um assunto emocional para o homem - não deve ter sido fácil crescer sem uma mãe. "É mais saudável para o bebê ter a minha presença, especialmente considerando o quão ocupado você está. Você não pode levar um recém-nascido para o escritório todos os dias".

Sinclair hesitou. Ele sabia que ela estava certa, era melhor para o filhote ter Ella por perto, e ele não queria que seu herdeiro crescesse como ele. Ainda assim, Ella não pertencia ao seu mundo. Ela era humana e não podia ser confiável - isso provavelmente era outro esquema para enganá-lo de alguma forma. Ela já havia provado ser uma boa atriz no banco de esperma. Era um plano inteligente, mas ele não ia deixar outra mulher ardilosa arruinar sua vida. Ele aprendeu a lição com sua ex-esposa, Lydia.

Ella o observava atentamente, lendo sua expressão e buscando outro argumento. Seus olhos se iluminaram depois de um momento de pensamento, e seus lábios rosados se abriram para a batalha. "Isso também ajudaria você politicamente. Eu fiz algumas pesquisas, sei que você está fazendo campanha para se tornar o Rei Alfa e você parecerá mais forte com uma família ao seu lado. Como seria se você tivesse que contratar uma humana para carregar seu filho? Você não preferiria simplesmente dizer a todos que eu sou sua namorada?"

Tanta astúcia em um pacote tão pequeno - era honestamente impressionante. "Então você quer ser uma rainha, é isso?" Sinclair rosnou desconfiado.

"Não!" Ella exclamou, "Eu não estou sugerindo que realmente nos tornemos um casal, eu posso fingir ser uma... uma lobisomem..." Ela não podia acreditar que estava dizendo aquelas palavras. "E podemos fazer um show em público para que você possa dizer que estamos em um relacionamento e finalmente ter um bebê." Ella deu de ombros, a ideia ainda se formando enquanto ela falava. "Poderia ser uma extensão do nosso contrato - você teria uma família em público e o bebê teria dois pais".

Sinclair considerou cuidadosamente suas palavras. "Você está falando sério?"

"Sim." Ella insistiu. "O que você acha?"