Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 129

Ella

"O que diabos você está fazendo?" O Príncipe exclamou, suas características normalmente frias iluminadas pela raiva. Ele avançou furiosamente, a agressão emanando dele em ondas.

"Nada!" Lydia guinchou, virando-se e adotando uma expressão inocente. "Eu, ela..." A loba gaguejou, com o rosto vermelho e tremendo.

"Você é a única que ficou falando sobre deixar a vadia ilesa para não provocar ainda mais o Dominic!" O Príncipe Damon rugiu furiosamente. Ele olhou para mim com desinteresse frio, e imediatamente reconheci que estava lidando com dois tipos muito diferentes de monstros ali. Lydia era pura astúcia e não tinha nenhum senso de consciência, ela faria qualquer coisa e machucará qualquer um para alcançar seus objetivos. O Príncipe, no entanto, transmitia a energia de um homem que gostava de machucar os outros, não como um meio para um fim, mas pelo puro prazer que isso inspirava.

Olhei para Lydia, ainda muito irritada para me calar e querendo que sua atenção estivesse em qualquer lugar, menos em mim. "Ou talvez ela tenha feito essas regras apenas para você. Tenho a sensação de que ela espera um tratamento especial, até mesmo acima da realeza."

Observei minhas palavras surtirem efeito, sentindo-me um pouco convencida quando o Príncipe Damon deu um sorriso de desprezo. "Nos deixe a sós."

Lydia ficou boquiaberta, horrorizada por receber uma ordem para sair. "Mas..."

"Eu disse para sair." Ele repetiu ferozmente. Lydia saiu apressada, resmungando entre dentes, e meu coração se apertou com uma nova ansiedade. Talvez fosse minha loba interior, mas senti uma forte compulsão de desafiar Lydia, de estabelecer domínio. Claro, não sentia nenhum respeito pelo Príncipe, mas meus instintos me avisaram que ele não tinha escrúpulos em me machucar. Na verdade, tinha certeza de que ele gostaria daquilo. Lydia podia querer me prejudicar, mas ela tentou mostrar restrição para evitar a ira de Sinclair, contudo, eu tinha a impressão de que o Príncipe nunca teria um impulso que não tivesse se entregado.

Ao mesmo tempo, não queria mostrar nenhuma fraqueza para ele. Ao lado de Sinclair, ele não era nada, e quanto mais minha loba se manifestava, mais determinada me sentia em não me submeter a ninguém além do meu companheiro. Então, em vez de me encolher, mostrei minha determinação. Erguendo o queixo, encarei o homem desprezível. "Isso não vai funcionar, sabe." Disse para ele, me perguntando se tinha perdido a cabeça. "Dominic nunca desistirá da campanha por mim."

"Você duvida tanto da devoção dele?" O príncipe Damon comentou, arqueando uma sobrancelha.

"Você teria desistido do trono para salvar sua companheira?" Perguntei curiosamente, uma nova ideia ocorrendo-me naquele instante. Se eu pudesse semear a discórdia entre Lydia e o Príncipe, talvez eu fosse capaz de distraí-los o suficiente para escapar. Ele não tinha nenhuma pista de que Lydia era provavelmente a responsável pela morte da Princesa, mas se algo pudesse separá-los - seria aquele fato.

"Claro que não, mas Dominic é um tolo sentimental." O Príncipe riu consigo mesmo. "Somos lobos de calibre completamente diferente."

"Eu concordo." Afirmei simplesmente, sabendo que ele provavelmente não entenderia a insinuação de que meu companheiro era muito superior. "Embora eu sinta muito pela sua perda." Compartilhei, canalizando a simpatia que sentia pelos filhos sem mãe dele, se não por ele mesmo. "Foi uma morte tão chocante, por envenenamento!" Exclamei. "Que tipo de homem usa uma arma tão covarde? Você tem alguma pista sobre o suspeito?" Me preocupei de que eu pudesse estar exagerando, mas quando ele não piscou, soube que precisaria pressionar mais.

"Não estou aqui para falar sobre Angeline." Ele rosnou, começando a andar de um lado para o outro na minha frente. "E se você acha que pode se ajudar jogando com a minha própria perda, está muito enganada."

"Não era minha intenção." Refutei honestamente. "Apenas achei interessante que ela tenha sido morta de uma maneira tão feminina."

"Feminina?" Ele repetiu, perplexo. "Você está dizendo que acha que uma mulher a matou?" Seus olhos se estreitaram e tarde demais percebi que ele provavelmente iria assumir que estava tentando levar o crédito, "Você?"

"Claro que não!" Levantei as mãos. "Eu estava de repouso na cama e, além disso, por que eu ajudaria na sua campanha? Não tenho nada a ganhar fazendo de você um vencedor."

Esperava ter dito o suficiente para fazer as engrenagens funcionarem em seu pequeno cérebro. Não queria acusar Lydia diretamente. Ele iria presumir que estava inventando coisas para distraí-lo ou me ajudar de alguma forma. Claro, era exatamente o que estava fazendo, mas também era a verdade. Ele precisava chegar à conclusão por conta própria.

"Então quem?" Ele pergunteiu, como se eu não fosse a pessoa que fazia as perguntas.

"Por enquanto." Ele disse, me olhando de cima a baixo uma última vez antes de sair. "E Ella," ele acrescentou, pausando na porta. "Se você tentar escapar... Você vai se arrepender."

"Claro que ela diz isso. Ela está tentando nos despistar. Além disso, sabemos que isso era uma possibilidade." Lydia respondeu de forma razoável. "Se ele recusar o resgate e tentar uma operação de resgate, simplesmente planejaremos outra emboscada. De qualquer forma, nos livramos dele."

"Isso tem que funcionar." O Príncipe rosnou.

"Vai funcionar, você vai ver, Damon. Você pode confiar em mim." Lydia se insinuava, e consegui imaginar ela piscando os cílios para ele.

"Posso? Parece que você tem aproveitado muito dessa nossa amizade." Ele observou, e uma onda de triunfo pulsou dentro de mim.

"O que você está insinuando?" A voz ofendida de Lydia respondeu.

O Príncipe rosnou, "Estou de olho em você." Ouvi seus passos se afastando e depois a respiração trêmula de Lydia.

Caso ela decidisse voltar, me afastei da porta e fui direto para minha bolsa de emergência. Não achava que tivesse algo dentro que pudesse me ajudar naquela situação, mas valeria a pena conferir.

Tirei minhas roupas e produtos de higiene pessoal, fazendo um inventário rápido dos itens. Balancei a cabeça com decepção enquanto vasculhava a bolsa, mas lá no fundo estava a lata ornamentada que continha as ervas para despertar minha loba. Estava as mantido comigo o tempo todo, apenas por precaução, e quando arrumamos as coisas para a casa segura, joguei a lata dentro da bolsa. A segurei firmemente na mão, me perguntando se de alguma forma eu sabia que poderia precisar defender minha vida em um futuro próximo.

Pressionei a mão contra o meu ventre, me sentindo culpada por sequer considerar aquilo. Não estava em perigo iminente, embora estivesse aterrorizada com o que tinha acabado de ouvir entre Lydia e o Príncipe. Sabia que nossa situação tinha piorado de forma incompreensível, mas não estava tão desesperada a ponto de achar que precisava despertar minha loba. Pelo menos... ainda não.