Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 290

Ella

Devagar, eu respiro durante as minhas contrações, inspirando profundamente pelo nariz e expirando pela boca. A dor é... bem, acho que não posso dizer que é como qualquer coisa que já senti antes, não é? Não depois de tudo que passei nos últimos cinco meses. Mas é incrível, a forma como se irradia pelo meu corpo, me fazendo cerrar os dentes contra ela.

Posso sentir meu corpo se movendo, mudando junto com as contrações. A dor na minha pélvis, em particular, é insana, à medida que os ossos se movem para dar espaço para o bebê passar. Meus olhos se abrem durante uma contração especialmente difícil e ouço-me gritar contra a dor. Deus, eu teria pensado que ser uma loba tornaria isso mais fácil - lobos parecem ter uma ninhada inteira de filhotes sem muitos problemas, sozinhos na floresta.

Pensando rapidamente, considero me transformar em minha forma de lobo para aliviar isso.

Mas então, de repente, Sinclair irrompe em meu quarto, correndo em minha direção.

"O que?" ele ofega, quase escorregando para o lado, olhando para mim em busca do que está errado. "O que é, Ella… ouvi você gritar!"

"Não…" eu digo, ofegante um pouco enquanto a contração começa a chegar ao fim. "Não, é só a contração - Deus, Dominic, elas são terríveis!"

Ele balança a cabeça, ainda em pânico, tentando juntar tudo enquanto se ajoelha ao lado da cama e segura minha mão. "Cora está vindo, ela está perto", murmura ele. "Ela será autorizada a entrar"

"E Hank?" pergunto, olhando para o meu companheiro. "E Roger?"

"Roger?" Sinclair pergunta, confuso.

"Sim, Dominic! Roger! Eu quero que ele esteja aqui também!"

"Por quê?" Os olhos de Sinclair estão arregalados de admiração agora.

"Porque!" Eu bato em seu ombro, franzindo a testa para ele. "Ele é o tio da criança! E o padrinho dele! Ele deveria estar aqui! Não consigo acreditar que você não o chamou!"

"Ella," suspira Sinclair, pegando o celular no bolso de trás enquanto me recosto nos travesseiros, respirando fundo. "Não consigo acreditar que você está pensando em formalidades enquanto está dando à luz com insurgentes do lado de fora"

"Isso vai ser o mais perfeito que eu posso fazer para o Rafe!" Eu exclamo, determinada. "E se eu tiver que dar à luz em uma zona de guerra sem anestesia… então Roger pode muito bem sair da cama e vir aqui cumprimentar seu sobrinho!"

"Oookay..." Sinclair diz suavemente, cedendo sem fazer mais perguntas. O ouço digitando no celular e então ele se levanta, inclinando-se sobre mim. Franzindo a testa, ele se inclina e pega um dos travesseiros do outro lado da cama, rapidamente pegando a fronha entre as duas mãos e rasgando uma tira longa.

"Você sabe que não precisa fazer a coisa dos lençois e ferver água… isso é só nos filmes. Tenho certeza de que Cora trará algo a mais para esterilizar quaisquer instrumentos que ela trouxer”

"Não é para isso", murmura ele, inclinando-se e enxugando o suor da minha testa com o pedaço pequeno de fronha dobrado em sua mão. "Como você está, amor? Como se sente?"

Eu relaxo o máximo que posso contra os travesseiros, a próxima contração ainda não começou. "Eu me sinto... determinada", digo, olhando para ele. "Rafe está pronto. Ele me disse. Estamos prontos."

"Essa é a minha garota", diz Sinclair suavemente, segurando meu queixo entre os dedos de sua mão grande e olhando para mim. "Tão forte"

Eu aceno para ele, me esforçando para acreditar nisso também - que sou forte - mesmo estando assustada e com dor. Eu sou forte. Por ele, e por Rafe, e - sim - por mim mesma - eu posso ser forte.