Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 312

Cora POV

Hank e eu estamos enrolados nos lençóis da minha cama, conversando baixinho sobre nada, quando de repente ouço uma batida na minha porta, um som perigoso, feroz e fervoroso.

"Que diabos é isso?" Hank ofega, sentando-se e virando a cabeça para olhar para a frente do meu apartamento.

"Eu, não sei..." Gaguejo, o medo correndo por mim. A batida para por um momento e ambos ficamos ali, congelados, sem saber o que fazer. Então, de repente, uma voz rompe o silêncio.

"Cora!" Grita, e minha mandíbula cai um pouco porque... Bem, porque reconheço aquela voz. "Abra a maldita porta, Cora!"

"Oh meu Deus." Murmurou, levantando-me e enrolando meu corpo nu nos lençóis, estranhamente envergonhada agora. Enquanto faço isso, a batida recomeça.

"Você sabe quem é?" Hank perguntou, levantando-se apressadamente da cama e vestindo suas calças.

"Sim." Respiro, trocando rapidamente os lençóis pela minha robe que está pendurada atrás da porta e então correndo pela sala. "É o maldito..."

Mas Hank, parado na entrada do meu quarto, vê por si no momento em que abro a porta.

O punho de Roger continua levantado quando minha porta se abre, mas ele o baixa enquanto olha para baixo para mim.

"Porra, Cora!" Ele rosna, passando por mim para dentro do apartamento. "Você nunca verifica seu ce..."

Ele congela e fica em silêncio, porém, no momento em que vê Hank parado na entrada do meu quarto, vestindo sua camisa. E então Roger se vira lentamente e olha para mim, me observando dos pés à cabeça em meu roupão. Ele não diz uma palavra, aparentemente sem palavras.

"O que você está fazendo aqui, Roger?" Sibilo, preenchendo o vazio que seu silêncio deixou enquanto fecho a porta com força e me aproximo para empurrá-lo. "Você nos assustou pra caramba!"

"Cora, droga." Roger rosna, saindo de seu choque e voltando sua atenção para mim, ignorando descaradamente Hank. "É uma crise... Ella e Sinclair estão ligando para o seu telefone há uma hora."

"O quê?" Pergunto, olhando para todos os lados e finalmente avistando meu telefone, enfiado entre as almofadas do sofá. Corro até ele e o pego e vejo que Roger está certo. Ella tem me ligado nas últimas horas, além de enviar mensagens. Rapidamente as percorro, lançando um olhar para Roger enquanto faço isso.

"O que está acontecendo?" Gaguejo com medo, meu coração subitamente na garganta. Não consigo entender toda a situação, mas há algo sobre Rafe, e sequestro, e uma nota ... "O bebê."

"Ele está bem por enquanto." Roger rosna, se aproximando de mim e envolvendo sua mão em meu braço, "Mas eles precisam de você. É algo sobre o banco de esperma, eles querem falar com você sobre o que aconteceu naquele dia."

Olho para cima, chocada. "O quê? O esperma, isso é de meses atrás!"

"Sim!" Ele quase grita. "Caramba, Cora, vamos! Você pode fazer todas essas perguntas no carro!"

Sinto sua fúria, sua preocupação e sua impaciência, mas tudo o que isso gera em mim é desafio. "Ótimo!" Grito. "Caramba, Roger, me dê dez segundos! Obviamente estou indo!" Arranco meu braço de sua mão e o encaro enquanto me aproximo da porta do meu quarto, empurrando Hank de volta para o quarto com um empurrão não muito gentil e fechando a porta atrás de nós.

"O que está acontecendo?" Hank pergunta, calmo e deliberado. Olho para ele, meu estômago se aquecendo. Pelo menos ele é bom em uma crise. Entrego meu telefone para Hank enquanto vou até minha cômoda. "Você pode me resumir as mensagens de Ella enquanto me visto? Não consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo."

Hank assente, rápido, e faz o que peço, lendo algumas das mensagens em voz alta para mim, pulando as que ele considera menos importantes. No geral, entendo a essência e meu coração se aperta ao pensar no que minha irmã está passando enquanto rapidamente visto algumas leggings esportivas e uma camiseta. Depois de tudo pelo que ela passou com a gravidez, eu pensei que isso tinha acabado para ela.

"Cora!" Roger grita, batendo na minha porta, interrompendo uma das leituras de Hank. "Sério? Por que está demorando tanto? Vamos!"

Roger, previsivelmente, não me solta e quase tenho que correr atrás dele enquanto ele desce as escadas e vai para o estacionamento onde seu carro continua ligado.

"O Rafe está sendo sequestrado agora?" Pergunto, com raiva, me movendo rapidamente em direção ao banco do passageiro quando ele solta minha mão. "Qual é a pressa?"

"A pressa..." Roger responde, me olhando com raiva enquanto ele e eu afundamos simultaneamente em nossos assentos e fechamos as portas atrás de nós. "É que nosso sobrinho está em perigo, e nossos irmãos querem que estejamos lá agora."

"Tudo bem." Respondo, zombando dele um pouco enquanto aperto o cinto de segurança. "Dirija. Tente não nos matar no caminho."

Roger não responde, apenas sai do estacionamento e segue pela estrada escura em alta velocidade. Sou pressionada contra o banco, mas fico surpresa ao descobrir que não estou com medo. De alguma forma, confio nos reflexos e habilidades de direção de Roger. Confio que ele sabe o que está fazendo.

"Meu Deus." Roger diz, abaixando o vidro e soltando um suspiro de nojo.

"O que foi?" Pergunto, inclinada a ficar com raiva, mas curiosa sobre o que diabos poderia incomodá-lo agora. Ele me colocou no carro em menos de cinco minutos, não é? O que poderia estar errado?

"Você cheira a ele." Roger rosna em repulsa e algo mais pesado em suas palavras. "Ele está por toda você. Nojento."

Encaro Roger por um segundo, chocada, e então não consigo evitar o pequeno sorriso que se insinua em meus lábios, apesar de tudo.

"Não fique com ciúmes." Murmuro, minhas palavras mal audíveis enquanto me viro para olhar pela janela e observar a paisagem passar.

Mas com essa audição de lobo? Sei que ele me ouve. E vejo o efeito das minhas palavras no reflexo da janela enquanto o vejo se encolher.