Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 358

Sinclair POV

Todos levantam a cabeça e olham em direção à porta quando ouvimos os passos ecoando pelo corredor em direção à porta fechada da sala de conferências. Posso sentir a agressão preencher o ar, quase consigo sentir o cheiro. Enquanto ao meu redor os pelos se arrepiam e os dentes são mostrados diante do barulho repentino, diante do que parece ser um agressor.

Ao meu lado, Roger começa a se levantar da cadeira, os olhos fixos na porta, pronto para atacar qualquer coisa que entre, mas instantaneamente agarro sua gola, empurrando-o de volta para a cadeira.

"Sentado!" Ordeno, minha voz soando com comando de Alfa, e as cabeças se viram instantaneamente para mim, obedientes, mas confusas.

Mas eu apenas balancei um pouco a cabeça, os olhos fixos na porta.

Porque conheço esses passos, conheço sua cadência.

Apenas Ella se lançaria imprudentemente em direção a uma sala cheia de lobos machos cautelosos que não podem ver ou cheirar seu atacante.

Mas mal tenho tempo para suspirar antes que ela irrompa pela porta, gritando "Dominic!"

Todos na sala se levantam, mas eu já estou a meio caminho em direção a ela, segurando-a no ar enquanto ela salta em minha direção, apanhando-a em meus braços e me virando para rosnar para os meus homens, avisando-os para se controlarem.

Mas Ella, fiel à sua natureza, nem percebe o fato de que ela nos assustou profundamente, que ela quase se despedaçou.

Em vez disso, ela avança imprudentemente em sua excitação.

"Dominic!" Ela diz novamente, rindo, segurando meu rosto em suas mãos e virando-o para ela. "É um milagre! Você tem que vir e ver! Farei de novo! Vou ajudar todos eles!"

"Ella." Rosno, reprimindo meus próprios instintos de Alfa e tentando, ao mesmo tempo, ouvi-la e olhar para os meus homens para garantir que ninguém esteja fazendo algo estúpido em pânico.

"Vamos!" Ela diz, se contorcendo selvagemente em sua luta para sair dos meus braços. "Você tem que vir e ver! Traga o bebê! Mostremos a ele também!"

"O quê?" Eu pergunto, voltando minha atenção para ela assim que avalio que meus homens não estão prestes a atacar, apesar de sua entrada imprudente na sala. "Do que você está falando?"

"Me solte!" Ela ordena, rindo e ainda lutando em meus braços. Eu pestanejo, tentando processar o que está acontecendo, mas obedeço, colocando-a de volta no chão. Ela instantaneamente corre até onde Rafe está dormindo em seu berço no chão, pegando-o pela alça e depois correndo de volta para mim, segurando minha mão e tentando me puxar com ela.

"Vamos!" Ela chama novamente, sua alegria e energia contagiantes, apesar do fato de que ela nem sequer olhou ao redor da sala para ver se nos perturbou, muito menos percebeu o quanto -

Olho para Roger e meu pai, vendo-os rindo um pouco e balançando a cabeça, e então suspiro e deixo Ella me puxar para fora da sala, imaginando que o perigo passou e que ela claramente não vai deixar isso descansar até me contar o que ela descobriu -

"Ella." Chamo enquanto ela me puxa para fora da sala, recuando um pouco para colocar meu peso nos calcanhares e diminuir a velocidade dela. "Para onde estamos indo? O que aconteceu?"

"Eu consegui!" Ela diz, olhando por cima do ombro para mim, radiante, e puxando com mais força minha mão. "Você tem que vir e ver! É incrível!"

"As possibilidades!" Diz Cora, folheando ansiosamente seus papéis e olhando ao redor para decidir quem deveria ser o próximo. "Elas são notáveis, quero dizer, claramente, você pode fazer isso com feridas frescas, Ella, mas você pode fazer isso com doenças? Você poderia procurar e destruir células cancerígenas?"

Ella solta um suspiro de empolgação e antecipação diante das possibilidades, levantando-se para conversar mais com sua irmã, mas fico pálido ao considerar a extensão disso.

Porque se o acesso de Ella ao dom de sua mãe a torna capaz de curar não apenas feridas, mas outras coisas também? E as pessoas descobrirem sobre isso?

Aperto os dentes e estreito os olhos para todas as pessoas que sei, desde já, que a veriam como um alvo valioso. Enquanto minha doce e generosa companheira só consegue ver esse poder recém-descoberto pelas possibilidades que oferece para trazer vida e felicidade às pessoas que sofrem...

Sei que o mundo está cheio de pessoas muito piores do que ela. Que irão querer levá-la, mantê-la e usá-la para seus próprios fins.

E ao considerar isso, considerar como eu os dilaceraria, meus olhos se voltam para meu bebê, ainda dormindo em seu carrinho, apesar do barulho que sua mãe está fazendo. Não consigo deixar de sorrir um pouco para ele, percebendo que talvez ele já tenha aprendido a simplesmente lidar com algumas das extremidades de sua mãe em vez de se opor a elas.

Mas além dessa alegria que meu filho me dá, além do amor que sinto por ele, a preocupação com o que sua vida reserva me atormenta.

Porque o sangue da Deusa corre em suas veias também. E se ele tiver acesso a esse tipo de poder? Mesmo que seja apenas metade dele?

Se ele tiver, as pessoas virão atrás dele também. Elas já começaram, mas mais virão.

E eu os protegerei até o fim de mim, mas será suficiente?