Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 377

Ella

Oi, bonitão! — eu digo novamente, desta vez no mundo real. Um pequeno sorriso se forma em meus lábios quando os olhos de Sinclair se abrem lentamente. Estamos deitados bem juntos na pequena cama do hospital, então consigo ver cada movimento de seus cílios enquanto ele começa a se concentrar em mim.

Ele não diz nada no começo, apenas me encara enquanto respira fundo algumas vezes. E então, bem devagar, ele levanta a mão perto do meu rosto, deslizando o nó do dedo indicador lentamente pela extensão da minha bochecha.

— Oi, encrenca! — ele murmura, com a voz rouca após tantos dias de descanso.

Eu o respondo com um sorriso feliz, tão emocionada por vê-lo acordado e consciente que mal consigo me conter. Mas me forço a ficar quieta, a não agarrá-lo, a... Deixá-lo se acostumar novamente com a consciência em seu corpo machucado.

Rafe? — ele pergunta, com seus olhos preocupados, enquanto suas memórias dos últimos momentos conscientes voltam para ele.

Ele está bem! — eu digo suavemente, fazendo um gesto com o queixo atrás do meu companheiro, esperando que ele entenda que o bebê está aqui no quarto conosco, dormindo. — Ele sentiu sua falta.— sussurro. — Ele não gosta quando não tem o pai por perto para segurá-lo. — Eu franzo o nariz e olho brincalhona para o meu companheiro. — Ele gosta mais de você.

Um pequeno riso escapa da boca de Sinclair.

— Não é verdade. — ele murmura, olhando para mim fixamente, como se não conseguisse se cansar da visão do meu rosto. — Você o alimenta e canta para ele. Quando você sai do quarto, ele te procura.

Mesmo? — pergunto, surpresa e satisfeita. Eu não sabia disso antes.

Bem, ele não está sozinho. — Sinclair sorri, se aproximando para encostar sua testa na minha, um gesto que me faz sorrir de prazer, alegria pulsando em mim a uma taxa ridícula por tê-lo de volta. — Você é o centro do mundo, Ella. Todos nós nos voltamos para você.

Ótimo! — suspiro, contente. — Gosto que todos os meus meninos sejam obcecados por mim. Fica mais fácil mandar em vocês.

Sinclair ri um pouco e então se afasta um pouco, franzindo a testa. Eu suspiro novamente, mas desta vez resignada, porque sei que nosso pequeno momento roubado de paz acabou, ele precisa saber sobre o mundo e o que aconteceu desde que ele esteve ausente.

A sacerdotisa? — ele pergunta.

Morta! — digo solenemente. — Roger a matou logo depois que você a derrubou.

E Rafe está...

Ele está totalmente bem! — digo, incapaz de conter o pequeno sorriso em meus lábios. — Embora eu queira ouvir mais sobre como você o pegou no ar com seus dentes e não deixou uma marca nele, Dominic

Habilidades de pai! — ele diz com um pequeno sorriso convencido que me faz rir novamente.

Mas então ele continua.

— Cora? Pai?

Os dois estão bem! — digo, levantando as sobrancelhas com a lembrança agradável de usar o dom em Cora, cuidando dela, e então a lembrança um pouco pior de Henry chegando à clínica, terrivelmente machucado, precisando de bastante cuidado.

É uma longa história! — digo com um suspiro — Mas agora eles estão bem. E você também, aliás— acrescento, dando um pequeno empurrão em seu ombro, me perguntando por que sua própria saúde é a última coisa que ele perguntou. — Sério? Nenhuma curiosidade sobre o que está acontecendo com você?

Bem, acho que eu sabia disso. — ele murmura, rolando os ombros um pouco experimentalmente e olhando para si mesmo, ou pelo menos o tanto que ele pode ver encolhido na cama pequena comigo. — Não sinto mais dor...

Mas você estava dormindo por três dias inteiros, Dominic.

Mesmo? — ele pergunta, levantando as sobrancelhas surpreso. — Mas você... Me curou? Com o dom?

Sim. — digo baixinho, o observando atentamente — Eu te curei quase imediatamente quando chegamos até você, e então Hank e Roger me ajudaram a te trazer para dentro, você é muito pesado — informo, lançando-lhe um olhar de desaprovação que o faz rir.

Então por que eu estava dormindo? — meu companheiro me pergunta, agora sorrindo um pouco.

Aparentemente eu posso te consertar— digo, — Mas não posso criar novo sangue ou restaurar energia perdida — Faço uma pausa aqui, deixando a preocupação dos últimos três dias se manifestar um pouco em meu rosto. — Foi muito ruim, Dominic. Se eu não estivesse lá, se eu... Se meu dom ainda estivesse amarrado...

Ele balança a cabeça então ele me puxa para perto, de modo que meu corpo está o mais próximo possível do dele, minha cabeça encaixada perfeitamente sob seu queixo.

— Você me salvou, Ella. — ele suspira em meu cabelo. — Eu nunca vou poder te agradecer. Sou tão grato. Você é um milagre.

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