Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 413

Ella

Sinclair pisca para mim, confuso e surpreso, e então suspira enquanto fala honestamente.

— Preparamos uma cela de interrogatório…

Não! — eu interrompo, apontando um dedo em seu rosto que ele imediatamente afasta. — Não— continuo insistindo, dando um passo mais perto e franzindo a testa furiosamente para ele. Rafe, em meus braços, começa a chorar mais alto. — Essas duas passaram pelo inferno, e elas salvaram a vida de Rafe…

Nós não temos ideia de quem elas são, Ella— Sinclair rosna para mim, — Elas podem ser qualquer um…

Elas não são! — eu interrompo, o fazendo gemer e inclinar a cabeça para trás de frustração. — Elas são refugiadas, duas pessoas que perderam tudo, se é que tiveram algo para começar. Eu entendo que precisamos ouvir a história delas, Dominic, mas devemos tudo a elas. Devemos a vida de nosso filho àquela mulher ali! — continuo, apontando para trás de mim, onde sei que Sarah ainda está.

Então, o que você quer que eu faça? — Sinclair diz, se forçando a ser paciente, enquanto levanta a cabeça novamente e olha para mim.

Trate elas como nossos convidados honrados. — respondo. — Coloque elas em um quarto de hóspedes, guarde-o se for preciso! Coloque escutas para poder ouvir cada palavra que eles dizem, se você estiver tão preocupado! Eu não me importo! Mas até sabermos mais, tratamos elas como os convidados honrados que eu sei que são. As alimente, permita que elas se limpem e se aqueçam, as deixe dormir e amanhã fazemos perguntas. Está bem?

Sinclair respira fundo, fecha os olhos e os esfrega lentamente com o polegar e o indicador de uma mão. Então, depois de um momento, ele abaixa a mão e olha para mim novamente.

— Uma suíte de hóspedes, totalmente guardada. Em um nível inferior, longe de onde dormimos. E ninguém as vê até de manhã, nem mesmo você. Está bem?

Eu assinto rapidamente e ele se afasta, informando sua equipe e elaborando um novo plano.

Enquanto Sinclair faz isso, volto para Sarah e Jessica, que estão paradas ansiosamente com Cora. Rapidamente, conto a elas o plano que vamos deixá-las relaxar e se refrescar durante a noite, e então as veremos novamente de manhã. Sarah me diz que entende, e que está tudo bem, e eu seguro sua mão novamente, apertando-a.

Obrigada! — digo, sorrindo para ela. — Por tudo. E também por sua paciência, eu sei que isso é... Bem, que é estranho. — digo dando de ombros.

Está tudo bem, Luna! — ela diz, me dando um sorriso suave e passando a mão no cabelo de sua irmã. — Crescemos na casa de um Duque, afinal. Sabemos como é ter que se adaptar às necessidades de uma família real.

E minha boca se abre com a revelação da mulher: Que ela cresceu na casa do meu tio Xander. E ela pode ser a pessoa que tem as respostas para todas as perguntas que temos sobre o que ele pretende fazer a seguir.

Abro a boca para perguntar mais quando de repente Theo está ao meu lado.

Se me permite, Luna! — ele diz formalmente, acenando para mim e depois para o resto do nosso pequeno grupo. — Estamos prontos para você.

E eu suspiro, assentindo novamente para Sarah para que ela saiba que estou do seu lado. Ela assente de volta, e então, como um grupo, todos entramos no palácio para descobrir nossos próximos passos…

Cora e eu só conseguimos vislumbrar nossos companheiros em tudo o que aconteceu em seguida. Roger acenou para nós dois, com o rosto sério, enquanto passávamos por ele no corredor. Cora mandou um beijo para ele e eu sorri, um pouco, ao vê-lo esticar a mão no ar, fingindo pegá-lo, um gesto que para os Betas com quem ele estava falando provavelmente parecia apenas um alongamento.

Mas isso me alegra imensamente, em toda a minha ansiedade e tristeza por Sarah e Jessica, ver Cora tão feliz. Eu a empurro com o ombro, enquanto caminhamos em direção aos meus aposentos pessoais e de Sinclair, como Theo nos informou que Sinclair nos pediu para fazer e ela me dá uma piscadela, o que me encoraja ainda mais a acreditar que está tudo bem.

Eu relaxo ainda mais quando entramos na privacidade do meu quarto. Cora e eu não dizemos muito, claramente perdidas em nossos próprios pensamentos, enquanto ela entra no chuveiro e eu dou um banho rápido em Rafe. Então Cora pega Rafe de mim enquanto eu tomo meu banho, o levando para o quarto para ver se consegue fazê-lo dormir.

Quando saio do meu closet usando um pijama confortável, vejo Cora igualmente aconchegada em leggings emprestadas e um moletom com zíper, não consigo deixar de rir.

O que foi? — ela pergunta, sorrindo para mim enquanto se afasta do berço de Rafe.

Eu estava tão agitada há quinze minutos— digo, balançando a cabeça e atravessando o quarto em sua direção, minhas pantufas confortáveis mal fazendo barulho no chão. — Eu caí imediatamente no pânico que senti quando descobrimos pela primeira vez que Rafe estava sendo ameaçado. E agora... Bem, agora que estamos de pijamas, esperando que nossos companheiros resolvam isso, me sinto... Meio boba.

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