Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 439

Ella

Nós nos movemos imediatamente para o grande salão do palácio, onde nos encontramos com nossos delegados algumas noites atrás. Sinclair e eu esperamos em silêncio em uma pequena sala ao lado da entrada, enquanto todos da primeira sala se movem para suas cadeiras na segunda, onde já há milhares de pessoas esperando. Enquanto na primeira câmara havia espaço apenas para uma pequena seleção de nossa população, o grande salão é muito maior.

E está lotado.

Eu dou um pequeno grito de excitação ao espiar por uma cortina de veludo que cobre uma janela na porta, animada por ver tantas pessoas reunidas para celebrar conosco. Eu levanto Rafe para que ele também possa ver, mas então sinto uma mão no meu ombro e me viro para ver o rosto radiante da minha irmã.

Ella! — ela ri enquanto eu dou um grito e a abraço com meu braço livre. Ela me abraça apertado, me balançando para frente e para trás. — Estou tão feliz por vocês dois. — ela murmura no meu ombro, rindo um pouco. — Unânime! É inédito!

Feliz por todos nós! — eu rio, recuando para sorrir um pouco para ela. Rafe estende os braços para ela, feliz, e Cora lhe dá um beijo e um carinho, mas não o tira de mim. Ainda não.

Eu olho atrás de Cora e vejo Roger feliz ao lado de Sinclair, o pai deles com eles. Eles estão conversando com alguns dos ajudantes reais, que estão mostrando algo a eles em um iPad.

O que é isso? — eu pergunto.

Provavelmente imagens de for a — Cora diz, ainda sorrindo. — Está uma loucura lá fora, Ella. As ruas estão cheias.

Oh! — eu digo, com minha expressão de repente caindo de preocupação enquanto olho para a porta. — Isso... É seguro?

Não, as multidões estão todas muito felizes— Cora diz, levantando as sobrancelhas. —Não há muitos humanos, mas aqueles que estão lá estão celebrando. — Ela sorri suavemente para mim por um momento. — Eles fizeram muitas análises e pesquisas, Ella, e dizem que os humanos foram amplamente convencidos a apoiar o reinado de Sinclair por sua causa.

O quê? — eu pergunto, confusa. Quer dizer, eu nem estive em evidência pública por muito tempo.

Sim — ela diz, acenando com a cabeça animadamente. — Eles sabem que você limpou os campos de refugiados e ajudou todas aquelas pessoas e eles amam sua história, uma garota órfã, que encontrou seu companheiro por acaso, e nem sabia que era uma loba? E eles não sabem os detalhes da sua divindade ou da sua magia, mas há muitos rumores sobre suas habilidades de cura, e todos estão muito animados com o que você pode fazer, e o fato de que você está usando seu dom nas populações mais necessitadas. Você é meio que... Amada, Ella!

Eu coro com isso e a afasto.

— Isso é ridículo, Cora — eu murmuro. — Tenho certeza de que você está exagerando é tudo por causa do Sinclair.

Não! — ela diz, séria agora. — É verdade, Ella. Lobos e humanos, eles te amam.

Eu olho para o chão um pouco, corando mais forte e descubro que, mesmo desejando desesperadamente que seja verdade, não consigo realmente acreditar.

Porque quer dizer, eu quero que as pessoas saibam que eu as amo e que vou ajudá-las. Mas amada? Isso parece apenas...

Pronta? — Sinclair diz, vindo até nós e olhando entre Cora e eu. Roger sorri para mim além do meu companheiro.

Oh, ela está pronta! — Roger ri. — Ela está esperando colocar as mãos naquela coroa há semanas.

Não fique com ciúmes, Roger. — eu digo, erguendo o queixo para ele e fingindo ser altiva. — Só porque você não ganha uma coroa.

Cora e Roger se posicionam atrás de mim com Henry e meu pulso começa a acelerar quando a porta à nossa frente se abre e eu ouço a multidão rugir de aprovação. Sinclair me envia um último sorriso por cima do ombro e então avança, caminhando lentamente e deliberadamente em direção ao trono que ele conquistou com o apoio de seu povo.

Os ajudantes sorriem para mim, acenando suavemente para que eu avance. Eu me movo apenas até a beirada da porta, sem deixar as pessoas me verem ainda, como foi planejado e quando a contagem chega aos dois minutos, o que significa que Sinclair chegou ao trono, os ajudantes acenam para mim, sinalizando que eu posso começar.

Respirando fundo, dou um passo em direção à porta e, em seguida, atravesso-a, e um enorme rugido explode na sala. Um rubor surge em minha bochecha enquanto um sorriso interrompe em meu rosto.

Eu mordo um pouco o lábio, porque eu sei que deveria estar digna e séria agora, mas a forma como eles estão torcendo por mim.

Não consigo evitar. Eu levo uma mão ao meu coração e inclino um pouco a cabeça, completamente impressionada e humilde com a aprovação deles. Contrariando minha intenção, os aplausos só aumentam. Eu dou uma risadinha, balançando a cabeça e começo a caminhar para a frente.

Mas mesmo enquanto a multidão aplaude e torce, ouço um barulho atrás de mim que me faz virar, apenas um pouquinho.

Meu pequeno bebê, Rafe, chorando por mim.

Meu coração se parte ao sentir as pulsações que ele envia através do vínculo, procurando por mim, um pouco assustado com todo o barulho e sendo deixado sozinho, mesmo que ele ame sua tia Cora.

Ainda assim, ele está me procurando.

Apesar de saber que devo seguir em frente, que tudo isso está cronometrado. Eu me viro, procurando meu filho.