Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 442

Ella

Meu rosto assume linhas severas e frias quando vejo meu tio dar um passo à frente. Ele foi convidado para essa festa, é claro, como parte da delegação, mas honestamente, depois da nossa mensagem severa aos Atalaxianos sobre como ele não era bem-vindo, estou surpresa que ele tenha concordado em comparecer.

Olho para Sinclair e sigo seu olhar duro em direção à sua equipe de segurança, que acena para ele, garantindo que eles tenham investigado completamente Xander, garantindo que ele não possua armas ou meios de nos ferir.

E considerando que meu companheiro é uma arma em si mesmo e poderia despedaçar esse homem tão facilmente quanto respirar, suponho que não há nada com que se preocupar de qualquer maneira. Ainda assim, aperto meus braços ao redor do meu filho e sinto Sinclair se irritar atrás de mim, seus pelos se arrepiando.

Dentro de mim, minha loba mostra seus dentes completamente expostos, rosnando, ansiosa para afundar seus dentes nesse terrível homem.

Não me preocupo em acalmá-la. Sua raiva é justificada.

Talvez percebendo o efeito que ele tem sobre nós, Xander sorri um pouco presunçoso e dá um passo à frente, fazendo uma reverência profunda.

Vossas altezas! — ele diz, com sua voz clara e precisa. — Venho oferecer-lhes meus parabéns pela ascensão ao trono e pelo nomeação de seu herdeiro. É... Uma grande conquista.

Não sem seus obstáculos, é claro. — diz Sinclair, um pouco entre os dentes. — Mas sim, é um dia maravilhoso embora escurecido por sua presença. Peço-lhe que saia agora, Xander. Você não é bem-vindo aqui, apesar da proteção do governo Atalaxiano. Se você se recusar, farei com que você seja removido.

Eu irei!— ele diz, se endireitando, com seus olhos indo imediatamente para Rafe em meus braços. — Eu apenas queria uma chance de ver a criança que eu ajudei a trazer ao mundo. Ele é... Tão belo quanto eu esperava que fosse.

Mas nenhum desejo de me ver ou reconhecer minha presença? — eu retruco, irritada apesar de mim mesma. — Seu próprio sangue? O filho do seu irmão?

Filha do meu irmão! — Xander corrige, sem se dar ao trabalho de ser cruel com suas palavras ou de olhar para mim, seus olhos ainda em Rafe. — Minha atenção está voltada para a linhagem masculina.

Devagar, me viro e entrego meu filho ao pai dele, que o recebe de bom grado. Então dou dois passos à frente, me interpondo entre mim e Rafe para que Xander seja forçado a olhar para mim. Quando ele se curva para tentar olhar ao redor de mim, mudo meu peso para que ele não consiga.

Não! — eu retruco, com minha voz tão fria quanto gelo. — Você vai olhar para mim, Xander. Eu sou sua Rainha.

Você não é minha rainha! — ele sibila, com seus olhos finalmente encontrando os meus, duros e escuros. — Agora sou Atalaxiano.

Não importa para mim! — digo, desdenhosa, e então, sem realmente perceber o que estou fazendo, acesso meu dom. Não fecho os olhos desta vez, permitindo que a calma lavanda irradie de mim, se estenda em direção a ele. Posso ver, o tom lavanda que o ar ao nosso redor assume, mas não tenho certeza se todos podem ver. Não que realmente importe.

O que? — Xander respira, sibilando quando meu dom o toca, quando ele sente começar a funcionar, a percorrer seu corpo.

Não o deixo curar, apenas procuro. E vejo... Tudo dentro dele.

Você vai morrer! — digo, calmamente e tranquilamente. — Não importa quem seja sua Rainha, ou qual país você chame de lar. Posso ver dentro de você, o câncer está se espalhando, tomando conta. Mesmo que você tivesse tirado Rafe de nós, você não teria vivido o suficiente para desfrutar de qualquer tempo real no seu trono.

Mentiras! — Xander sibila, dando um passo assustado para longe de mim. — Você é uma bruxa, como todas as mulheres.

Aproveite o resto de sua curta vida, Xander. — digo com um suspiro, me afastando dele e voltando ao lado de Sinclair, pegando meu filho de volta em meus braços. — Não precisamos nos preocupar em matá-lo. Você logo estará morto.

Você me amaldiçoou…

Claro. — Sinclar murmura, dando um beijo em meus lábios e pressionando uma mão em minhas costas, me incentivando a tomar o tempo que eu precisar. — Eu iria com você, mas..

Não. — digo, sorrindo para ele. — As pessoas precisam de seu Rei. Não vamos fazê-los esperar.

Ele acena com a cabeça, orgulhoso de mim, e eu sussurro novamente que só vou demorar um momento antes de ir direto para a varanda e o ar fresco que ela promete. Ouço passos atrás de mim e olho curiosamente por cima do ombro, um sorriso iluminando meu rosto quando vejo que Sinclair enviou Conner para ficar de olho em nós, caso precisemos dele.

Conner sorri de volta para mim, fazendo um pequeno aceno com a cabeça, e me sentindo mais tranquila, eu saio para a escuridão da pequena varanda. Instantaneamente, fica mais silencioso assim que passo pelas portas e respiro fundo o ar fresco da noite, fechando os olhos por um segundo enquanto deixo a brisa passar pela minha pele. Rafe balbucia um pouco de felicidade, e eu rio, olhando para baixo para ele.

— Você também gosta da paz e tranquilidade, meu pequeno príncipe? — pergunto baixinho, e ele sorri e acena com a mão, me dizendo que sim.

Eu rio novamente, o levantando um pouco para dar um beijo em seu rosto antes de me aproximar da beirada da varanda, apoiando-me na grade e deixando meu corpo relaxar.

Minha mente se volta, previsivelmente, para meu terrível tio e todas as coisas terríveis que ele disse para mim há apenas alguns momentos. Quer dizer, nenhuma delas foi uma surpresa, Henry há muito tempo sugeriu que Xander sentiria dessa forma sobre mim, sobre Rafe.

Mas ainda assim, ouvir isso de seus próprios lábios? Ainda foi um golpe, ouvir alguém ser tão horrível, tão insensível.

Franzo um pouco a testa, considerando que talvez não devesse ter mencionado Sarah e Jessica de jeito nenhum, que isso foi um deslize e um erro em que tropecei porque estava tão brava.

Mas não chego muito longe na consideração quando uma sombra se descola da parede, limpando a garganta de forma constrangida.

Dou um pulo e solto um pequeno grito quando a sombra dá um passo à frente.