Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 444

Ella

Ella! — diz Clavin, com sua voz carregada de emoção. Sua mão continua seu caminho, alcançando-me, seus dedos roçando a manga de veludo do meu vestido antes que eu possa me afastar.

O que? — sussurro, dando alguns passos para trás, querendo espaço entre nós. — O que foi isso?

Eu não…

Antes que ele possa terminar, ambos nos viramos para a porta escura da varanda. Instantaneamente, reconheço a silhueta que vejo lá como a do meu companheiro e solto um suspiro de alívio.

Quero dizer, não é que eu ache que Calvin ou eu fizemos algo errado, ou que Calvin fosse me machucar, mas o que aconteceu entre nós? Foi estranho.

E de repente, ao lembrar do pulso que aconteceu na noite passada, quando Calvin tocou minha mão, eu quero meu companheiro aqui, agora, ao meu lado.

Está tudo bem aqui for a. — Sinclair rosna, com sua voz baixa e cheia da ameaça que suas palavras não carregam.

Ele dá um passo adiante na escuridão enquanto Calvin dá um passo para longe de mim e se curva para ele, tanto uma formalidade mostrada a um rei quanto uma exibição de deferência a um Alfa que pensa que pode sentir uma ameaça à sua companheira.

Está tudo bem, Dominic! — digo, estendendo a mão para ele, fazendo o possível para manter minha voz leve, embora suspeite que esteja falhando um pouco. — O príncipe Calvin estava apenas me contando sobre seus filhos. Você sabia que ele tem um filho um pouco mais velho que Rafe? E sua filha tem três anos.

Eu não sabia! — diz Sinclair, rondando ao meu lado, com seus olhos fixos no príncipe Atalaxiano. — Sua família mantém essas informações em segredo, não é?

Nós mantemos! — Calvin confirma, com sua voz formal e tranquila agora. — Embora compartilhemos com nossos amigos mais próximos. E espero muito que, depois desta viagem, eu possa contar aos meus filhos sobre meus novos amigos no Vale da Lua.

Espero que sim também! — digo, esperando que minhas palavras tranquilizem Calvin de que estou ao seu lado e persuadam Sinclair de que, não importa o que ele tenha sentido, Calvin não me fez nenhum mal nem teve más intenções.

Não sei se isso será possível! — diz Sinclair em voz baixa, com sua voz resmungando e severa enquanto fica perto de mim, pressionando as mãos nos bolsos e olhando Calvin de cima a baixo. — Especialmente depois das artimanhas que sua delegação tem feito com Xander. Ele deixou Ella muito chateada esta noite. Você estava ciente disso?

Calvin suspira e olha para mim, com seu rosto genuinamente angustiado.

— Eu não estava. O que ele fez?

Brevemente, Sinclair informa Clavin sobre a abordagem de Xander, sua recusa em olhar nos meus olhos. Calvin suspira profundamente enquanto ouve, levantando a mão para esfregar os olhos em frustração e acho que embaraço.

Sinto muito! — Calvin diz, baixando a mão e olhando primeiro para mim e depois para Sinclair. — É... Por favor, imploro que você considere que havia e ainda há dissidência dentro de nossa nação. Embora tenha certeza de que alguns de nossa delegação encorajaram Xander e apoiam suas ideias repugnantes, alguns de nós queremos algo melhor.

Bem! — diz Sinclair lentamente. — Então, espero ansiosamente falar mais com essas pessoas.

Se me permitir organizar isso — diz o príncipe em voz baixa, — Eu farei.

Por favor. — diz Sinclair. E então ele fecha a boca, deixando claro que essa é a palavra final sobre o assunto nesta noite.

Calvin se curva novamente para cada um de nós e depois diz que colocará as coisas em movimento antes de se dirigir à porta. Quando ele chega lá, ele coloca a mão no ombro de Conner e lhe deseja uma boa noite também, um gesto que adiciona mais um ponto a seu favor na minha opinião. Gosto bastante quando pessoas no poder fazem questão de reconhecer pessoas em posições de serviço.

Mas, sabendo que isso é menos importante neste momento específico, olho para Sinclair.

— Está tudo bem?

Dominic. — eu suspiro, levantando uma mão para pressionar em sua bochecha. — Só porque você gosta de mim não significa que todos gostam. Alguns homens só querem ser amigos.

Sinclair ri de mim então, bruscamente, balançando a cabeça.

— Ella, meu amor, todo homem que te conhece te deseja. Acho que você está tão acostumada a ser olhada com desejo que falha em ver os sinais.

Bem! — murmuro, me aproximando ainda mais agora, deixando meu corpo pressionar contra o dele enquanto olho para cima, entre meus cílios. — Eu não perco quando você me olha dessa forma.

Meu companheiro pausa por um momento, com sua respiração falhando, e então ele rosna novamente, me agarrando em seus braços e me apertando, embora é claro que ele tome cuidado para não esmagar o bebê.

— Isso não é justo, Ella.— ele murmura. — Você não pode terminar toda discussão me seduzindo.

Quem disse! — sussurro, com minha voz rouca e baixa.

Ele ri, então, abaixando a cabeça e me beijando como se não pudesse evitar. O que, considerando o quanto eu quero esse beijo, se ele sente algo parecido com o que eu sinto agora, talvez ele não possa evitar.

Vamos lá! — ele murmura enquanto se afasta. — Vamos voltar para dentro. Ainda temos convidados para cumprimentar, vai ser uma noite longa.

Eu sei! — digo, levantando um pouco mais o bebê enquanto permito que meu companheiro me guie de volta para o salão de baile. — E depois, amanhã, mais um grande dia.

Um casamento. — ele confirma, olhando para baixo para mim. — Um grande dia e um dia feliz.

Eu sei..— digo, sorrindo para ele. — Estou tão animada para Cora e Roger. Vai ser muito divertido."