Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 517

-Bem?- Jackson diz, sua voz baixa, e eu dou um salto de novo - Deus, isso está ficando irritante - enquanto viro a cabeça para olhá-lo. Ele faz um gesto em direção à mesa principal. -Entregue seu teste.

-Um,- eu digo, e então outra cadeira arrasta na sala. Alguém mais também terminou e está vindo para cá. -Você entrega,- eu digo, tomando uma decisão rápida e acenando na direção dele.

-Você terminou primeiro,- ele rosna, dando um passo ameaçador em minha direção.

Eu me surpreendo por manter minha posição. -Apenas entregue seu teste, Jackson,- rosno, olhando nos olhos dele, começando a ficar irritada. Porque se um de nós não fizer isso, com certeza o próximo que terminar vai fazer.

Jackson chega à mesma conclusão que eu no mesmo momento, vendo o próximo candidato se aproximando de nós. Ele volta seu olhar para mim por um momento e depois vira, sem expressão, e coloca seu teste virado para baixo na mesa. Eu faço o mesmo, totalmente ciente de que se Jackson se saiu tão bem quanto eu neste exame, ele acabou de ficar em primeiro lugar.

O que... bem, não faz muita diferença para nossas classificações, na verdade. Mas pelo menos, para mim, parece que estamos mais equilibrados agora.

Ele abriu mão de um por mim, mesmo que não tenha sido intencional. E agora? Eu devolvi um.

Pelo que me diz respeito, estamos quites.

E enquanto caminho cerca de dez passos atrás dele em direção aos alojamentos, fazendo o meu melhor para virar o rosto para que eu não sinta nenhum cheiro residual de seu aroma, espero muito que essa seja o fim de qualquer interação que eu e Jackson McClintock tenham durante todo o meu tempo na academia.

Ou, pelo menos, é isso que digo a mim mesma.

Minha loba, que ergue a cabeça no ar e cheira ansiosamente o aroma dele, seus olhos meio fechados, sua língua pendurada para fora da boca?

Ela, claramente, tem outras ideias.

Controle-se, rosno para ela.

De jeito nenhum, ela diz, sacudindo a pelagem enquanto um arrepio passa por ela. Você se lembra da maneira como ele prendeu nossos pulsos acima de nossa cabeça? Imagine o que ele poderia fazer na cama

-Oh meu Deus,- murmuro em voz alta, cerrando os punhos e passando por Jackson enquanto ambos atravessamos a porta, bloqueando minha mente e não permitindo que mais nenhum pensamento ridículo de minha loba entre.

Porque a última coisa que preciso estar pensando agora é...

Qualquer coisa parecida com isso.

Subo na minha cama e me deito em cima das cobertas, puxando meu boné para baixo sobre os olhos antes de fechá-los, esperando que Jesse e Rafe voltem para que possamos tomar nossos banhos e encerrar este dia louco.

Felizmente, não tenho que esperar muito. Eles não são burros, afinal.

-Primo!- Jesse diz, surgindo ao lado da minha cama e me fazendo dar um pequeno susto de surpresa. Ele ri enquanto estende a mão para me sacudir o ombro. -Bem feito! Vi você se levantar primeiro.

-Talvez você tivesse terminado um pouco mais rápido,- eu digo, levantando uma sobrancelha para ele enquanto me levanto, -se tivesse mantido os olhos no exame, em vez de se preocupar com a classificação de todos os outros.

-Como eu poderia fazer isso,- ele diz, revirando os olhos, -quando o exame estava tão chato.

-Nem tudo é divertido, Jesse,- eu digo, suspirando e pulando da beliche, começando a reunir minhas coisas de banho.

-Não,- Rafe diz, se aproximando e estendendo a mão para me parar. -Ainda não. Não terminamos hoje.

-O quê?- eu pergunto, olhando entre eles. Quer dizer, o dia está terminado - não há mais nada agendado, e francamente estou cansada. Então o que...

-Vamos,- Jesse diz, passando o braço em volta dos meus ombros e me levando embora. -Temos uma surpresa para você.

Eu resmungo, mas Jesse sorri e Rafe é sério enquanto me levam pelos alojamentos de volta para a porta. Tenho um pressentimento ruim de que seja o que for isso? Não vai ser divertido. Mas antes de chegarmos à porta, Rafe pausa, olhando para uma das beliches.

-Ternicki,- ele diz, e viro curiosamente para ver a cabeça de Ben se erguer, confusa. -Vamos,- Rafe continua, acenando para a porta.

-Para onde?- Ben pergunta, uma linha de confusão se formando entre as sobrancelhas.

-Meu irmão mais velho é legal,- eu digo suavemente, sorrindo e o abraçando.

-Não conte para ninguém,- ele resmunga, me empurrando para longe. -Agora pare de tentar fugir do trabalho. Vamos!

Suspiro e olho para a barra, pensando que a última coisa que quero fazer são chin-ups.

Mas enquanto fico ali, olhando, lamentando minhas escolhas, de repente Rafe me agarra pela cintura e me ergue para cima de forma que minha única opção é segurar na barra e balançar ou voar pela sala.

-Rafe!- eu respiro ofegante, olhando para ele. -Eu te disse - pare de me jogar por aí!

-Vou parar de te jogar por aí no dia em que você conseguir fazer um chin-up sem ajuda,- ele diz, sorrindo para mim e colocando as mãos sob meus pés para que ele possa tirar um pouco do meu peso, tornando um pouco mais fácil para mim levantar meu peso. -Agora vamos, Ari - três séries de dez, e depois vamos fazer flexões.

Eu resmungo, mas começo - porque mesmo enquanto reclamo?

Eu sei que eles estão fazendo isso por mim. Que meu irmão e meu primo estão abrindo mão de sua chance de um banho quente e de serem os primeiros na fila para comida para me ajudar.

E isso supera qualquer miséria dos chin-ups.

O que é dizer algo.

Porque eu sou...realmente ruim em chin-ups.

-Vamos, Ari!- Rafe grita, rindo de como meus braços tremem enquanto eu trabalho para me puxar para cima para que meu queixo se erga acima da barra. -Vamos lá! Mais sete, e depois uma pausa, e depois seis mil depois disso.

-Eu te odeio,- eu resmungo. Mas ele apenas sorri para mim. Porque ele sabe que eu quero dizer o oposto.

E eu suspiro e começo a trabalhar, tentando muito, muito - e falhando - em não pensar em Luca, que provavelmente está se despindo para o banho agora...