Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 58

POV: Ella

No quarto dia do festival, acordamos com as manchetes sobre o reaparecimento de Lydia em Moon Valley. Tinha acabado de sair do banheiro após minha sessão matinal de vômito, quando encontrei Sinclair parado na porta, olhando fixamente para o jornal. Me assustei um pouco, não esperava vê-lo em meu quarto. Havia saído de sua da cama há apenas meia hora e não planejava vê-lo novamente até o café da manhã. Não tinha certeza do que estava na primeira página do jornal, mas devia ser algo ruim se não poderia esperar.

Ele olhou para cima, franzindo a testa. "Pensei que tivesse te pedido para me avisar quando você se sentisse mal."

"Dominic, está acontecendo com tanta frequência agora que seria impossível te avisar todas as vezes, e também não é como se eu tivesse muita antecedência quando isso irá acontecer." Argumentei, embora esta não fosse a verdade completa. Por mais que sua presença e suas mãos gentis me acalmassem, ainda achava horrível e embaraçoso ficar doente em sua frente, evitava informá-lo sempre que possível.

Sinclair estreitou os olhos, mas antes que ele pudesse me chamar atenção por distorcer a verdade, atravesso a distância entre nós. "O que está acontecendo?"

Ele me mostrou o jornal, que é dominado por uma grande foto em preto e branco de Sinclair e Lydia no labirinto de neve. As manchetes estão em letras pretas em negrito acima da imagem: Problemas no Paraíso? Ex-Luna Retorna para Reivindicar seu Companheiro.

Meus olhos se arregalam em choque, rapidamente leio o artigo todo, embora a mídia tenha sido mantida afastada do banquete principal, eles claramente não foram proibidos do resto da feira. Pior, parece que eles ouviram a maior parte ou toda discussão de Sinclair com Lydia.

Embora o Alfa Dominic Sinclair de Moon Valley parecia ter ganhado na loteria com sua segunda chance de companheira, Ella Correntin, sua atenção não estava voltada para sua futura noiva durante o Banquete de Yule em Oldtown. Em vez disso, o futuro Rei foi visto perseguindo sua ex-esposa Lydia Davis, agora do bando Bloodbane, pela feira, fazendo com que sua companheira grávida saísse do evento em protesto. Testemunhas relataram que os dois se envolveram em uma conversa acalorada, na qual Lydia afirmou seu desejo de reconstruir pontes com o Alfa, afirmando que ainda o amava e que sua segunda chance de companheira não era forte o suficiente para liderar o bando Moon Valley, muito menos o Reino. Embora Sinclair tenha rejeitado suas investidas, Lydia declarou ferozmente que não desistiria dele, deixando muitos se perguntando se o par destinado poderia reparar seu relacionamento.

"Todos são assim." Ele compartilhou, a tensão permeando suas palavras. "Todos os jornais e tabloides são alguma versão disso. Droga, Lydia provavelmente plantou a história ela mesma, dado que eles omitiram as partes que a fariam parecer ruim."

A culpa me invadiu quando percebi em como minha saída do festival devia ter parecido para os espectadores, especialmente com essas informações.

"Sinto muito por ter saído." Murmurei constrangida. "Eu não pensei, deveria ter aguentado e esperado você voltar."

Sinclair franziu o cenho para mim. "Do que você está falando?"

"Parecia que eu estava com raiva de você e que estávamos em crise." Expliquei, com o meu pulso acelerando.

"Ella, nada disso é culpa sua." Sinclair garantiu. "Se alguém é culpado, sou eu por discutir com ela em público e de Lydia por aparecer para causar problemas em primeiro lugar."

"Mas..." Tento contestar.

"Já disse que não é culpa sua, quis dizer isso." Sinclair interrompe-me, colocando o dedo indicador contra meus lábios.

"Isso vai prejudicar a campanha?" Perguntei, embora saísse um pouco confusa já que seu dedo ainda estava pressionando contra minha boca.

"É um contratempo." Sinclair afirmou simplesmente "Vamos faremos um controle de danos no festival esta noite. Vou convidar alguns repórteres confiáveis e farei uma declaração refutando tudo isso, mas a parte mais importante é que iremos fazer um bom show. Vamos parecer tão felizes e apaixonados que todos vão esquecer que isso aconteceu."

"Ok." Assentir tentando acalmar meus nervos. "E hoje à noite é a festa de brindar, certo? Então tudo o que temos que fazer é beber e cantar canções natalinas, apenas aproveitar a feira."

"Isso mesmo," ele confirmou.

"Eu gostaria de poder beber de verdade." Lamentei. "Poderia usar um pouco de coragem líquida esta noite."

"Você não tem com o que se preocupar." Sinclair sussurrou. "Eu sei que isso te deixa nervosa, mas você sempre se sai lindamente bem nessas ocasiões."

Eu me inclinei em direção a Sinclair, tentando me apoiar em seu próprio poder bruto para ter a confiança de que precisava. "Eu acho que a Lydia é obviamente o tipo de mulher que acredita que há apenas uma maneira de liderar e uma maneira de ser forte. Se ela acredita que compaixão e bondade são sinais de fraqueza, bem, acho que isso diz mais sobre ela do que sobre mim."

Sinclair se inclinou, aproximando os lábios do meu ouvido. "Você é muito humilde." Ele ronrona afetuosamente, me fazendo corar. "Você deveria dizer a eles como corajosamente você enfrentou aquelas cobras de banho sozinha ontem."

Eu mal conseguia conter o riso, sorrindo para ele e sussurrando: "Eu não posso dizer isso."

As bochechas de Sinclair se abrem em um sorriso largo, ele beijou a ponta do meu nariz antes de se virar para os paparazzi agitados. "Acreditem em mim, cavalheiros, ela desafia minha autoridade diariamente. Ella pode parecer doce, mas tem nervos de aço."

Estava corando novamente, mas os repórteres estavam adorando aquela dinâmica. Eles tinham a expressão voraz de chacais famintos, suspeitava que estavam emocionados por estarem gravando isso. Já conseguia prever o impacto que isso teria, quando Sinclair me olhou de um jeito significativo, agora sentia que era o centro do seu universo, e eu sabia que era tudo encenação. Para os outros, aquilo seria convincente.

"Há algo que você diria para a Lydia, se pudesse, Ella?"

"Eu diria que, se ela se importa com a vida dela, ficará longe do meu companheiro." Rosnei, surpreendendo-me com minha própria ferocidade. De onde diabos isso veio? "E que da próxima vez que ela quiser me ver, poderá se apresentar diretamente, em vez de se aproximar sorrateiramente de uma mulher em período de enjoos matinais."

Esta última declaração causou quase um frenesi provocando em Sinclair rosnado novamente. Observei enquanto a multidão se encolhe instintivamente, enfiando metaforicamente o rabo entre as pernas. "Quando isso aconteceu?"

"Ontem à noite." Sinclair respondeu sombriamente. "Por que mais vocês acham que eu fui atrás dela? Ou o motivo pelo qual Ella saiu? Todos nós sabemos o que lobas ciumentas podem fazer nos melhores momentos, e não levo ameaças à minha família de forma leve." Enquanto a multidão imediatamente começava a pedir mais informações, Sinclair levantou a mão para detê-los. "Agora, vou levar minha linda companheira para nos perdermos no labirinto de neve." Ele anunciou, apertando minha cintura. "E não se surpreendam se ela estiver vendo estrelas quando saímos novamente de lá."

Risadas calorosas surgiam de nossa plateia e, embora eu tenha presumido que Sinclair estivesse brincando, rapidamente descobrir que era o contrário. Ele passou o resto da noite me beijando e acariciando para que todos pudessem ver, quando voltamos para casa, estava tão excitada que acabaria enlouquecendo se não encontrasse um alívio. Infelizmente, não havia chances para isto acontecer esta noite, porque Sinclair me levou para a cama assim que entramos pela porta. Pela primeira vez, considerei seriamente desistir e simplesmente pedir a ele para fazer sexo comigo, mesmo sabendo que isto era apenas o meu desejo falando. A vozinha na minha cabeça choramingava em necessidade, e me peguei observando Sinclair com fome mordendo os lábios, enquanto ele se deitava na cama ao meu lado.

Será que eu realmente poderia fazer isso?