Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 587

Estudo Ben por um longo momento, realmente prestando atenção nele pela primeira vez em muito tempo. Ao meu lado, consigo sentir Daphne fazendo o mesmo. E enquanto observo, percebo...

Bem, percebo a maneira como ele olha para Rafe. A maneira como inclina a cabeça para trás para olhar para o meu irmão, a maneira como ri da piada de Rafe - que, para ser honesta, não é muito engraçada - a maneira como seus olhos não o deixam mesmo quando Luca começa a falar.

E minha espinha se endireita um pouco quando percebo...

Mas olho para Daphne, perguntando se ela vê o que eu vejo, mas não quero mencionar nada porque, quero dizer, Ben nunca mencionou. E quem sou eu para especular sobre algo que ele pode muito bem querer manter para si mesmo?

Mas ao olhar para Daphne, percebo que na verdade ela não está olhando para Ben de jeito nenhum. Em vez disso, seus olhos estão fixos em Jackson, de todas as pessoas, enquanto ele fica com as mãos nos bolsos, ouvindo atentamente, mas não contribuindo para a conversa.

Minha pequena loba se levanta dentro de mim, seus dentes à mostra. Mas passo a mão sobre sua pelagem, mesmo que eu também esteja com ciúmes. Porque Daphne - ela não sabe sobre minha reivindicação em relação a Jackson, não é?

E mesmo que soubesse - quem diabos sou eu para dizer qualquer coisa sobre ela gostar dele? Afinal, estou basicamente em um relacionamento com Luca, que está a dois metros do homem por quem estou com ciúmes.

Quem diabos sou eu para repreender alguém por olhar com interesse para outra pessoa?

-Então,- digo, me aproximando para encostar meu ombro no de Daphne. -Você gosta deles grandes, hmm?

Ela dá um pulo e olha para mim, mas então explode em risos ao perceber que foi pega olhando para Jackson. -Sim, Ari,- ela diz, esticando os braços sobre a cabeça enquanto faz uma careta de leve de constrangimento. -Acho que entre Rafe Sinclair e aquele outro ali, você descobriu meu tipo. Eu gosto de um garoto grande.

Eu sorrio. -Quer dizer, todos são grandes,- digo, dando de ombros.

-Eu sei, somos mimados,- ela suspira, apoiando o queixo na mão e olhando para todos os homens bonitos. Até Ben, o menor do grupo, é musculoso e tem mais de seis pés de altura. Rafe e Jackson... eles são simplesmente algo mais.

Jesse, talvez nos ouvindo, de repente se separa do grupo e vem se jogar ao lado de Daphne. -Ouvi vocês duas falando de mim?- ele pergunta, casual demais, tentando manter o sorriso longe do rosto. -Algo sobre galãs? Crushes de celebridades? Amor eterno?

-Desculpe, Jess,- digo, rindo dele e me levantando, querendo dar a ele um minuto sozinho com Daphne para tentar a sorte. -Por mais que eu te ame, primos não são meu tipo.

-Eu sabia que você era sábia, Ari,- ele diz, sorrindo para mim enquanto me afasto. Então, ele volta sua atenção para Daphne. -Então,- ele diz, sorrindo gentilmente para ela. -Me deixe fácil, Daph. Qual deles te roubou de mim?

Ela sorri, balançando a cabeça para ele, mas não diz uma palavra.

Jesse geme, inclinando a cabeça para trás. -Oh não,- ele murmura, devastação em cada linha de seu rosto.

-O que!?- Daphne ri.

-Você não está dizendo ninguém,- Jesse diz, os olhos fechados, balançando a cabeça. -O que significa... é o Rafe.

Daphne ri novamente, mais alto agora, e Jesse abre os olhos, espiando para ela. -É sempre o Rafe. Você sabe quantos amores da minha vida eu perdi para aquele homem? Se ele não fosse meu primo, eu o jogaria direto de um penhasco.

Daphne sorri. -Desculpe te decepcionar, Sua Graça, mas não se incomode em matar seu primo pensando que isso resolveria alguma coisa. Nem tenho certeza se você seria minha segunda escolha.

Jesse a encara e então olha para o grupo de homens. Ele arregala os olhos, virando-se de volta, -McClintock!?

Daphne faz uma careta e Jesse geme novamente. -Mulher cruel,- ele resmunga, passando a mão pelo rosto.

-Você sempre será um querido amigo, Jesse Sinclair,- Daphne suspira, ainda rindo, se divertindo muito.

-As palavras da morte,- Jesse suspira, ainda sorrindo para ela. -Amigozona. Mas eu aceito. Sou um bom amigo, se você me permitir ser. Ele estende a mão para ela, pronto para selar o acordo. -Até mesmo falarei bem de você para o meu primo bonitão.

Daphne sorri, olhando para Jesse com suspeita em seus olhos. -Isso não é apenas um truque para me fazer me apaixonar por você, é?- ela pergunta. -O truque mais antigo do livro, sabe - fingir ser amigo da garota, fazê-la rir, consolá-la quando chora, e então BOOM! Antes que ela perceba, acorda em sua cama.

-Bem, por incrível que isso soe,- Jesse diz, inclinando a cabeça para o lado e dando a ela um olhar significativo que a faz rir novamente. -Não, eu estou falando sério,- ele diz, ainda oferecendo a mão. -Se você quiser que eu seja sua amiga, serei sua amiga. Sem truques, sem segundas intenções.

-Hmm,- Daphne diz, estreitando os olhos um pouco enquanto desliza a mão na dele, aceitando sua oferta. -Honestamente, Jesse Sinclair, acho que estava esperando que você tentasse um pouco mais por mim.

-Daphne,- ele diz, seu nome um suspiro em seus lábios enquanto ele balança a cabeça e leva a mão dela até a boca, -se você realmente quiser que eu pare de ser seu amigo e tente algo diferente? ...apenas diga a palavra.- E então ele pressiona um beijo em seus nós dos dedos - um beijo de verdade desta vez, não uma brincadeira como antes.

E Daphne? Ela se pega sorrindo para Jesse agora, um pouco intrigada apesar de si mesma.

Eu me afasto enquanto Jesse e Daphne conversam, deixando-os ter um minuto para eles mesmos, confiando em Jesse para ser o cavalheiro que eu sei que ele pode ser. Não fico muito surpreso, no entanto, quando Jackson se desvencilha do grupo ao redor do fogo e se aproxima de mim.

Eu não tinha ideia! Quero dizer, ele nunca mencionou ninguém, mas ele nunca menciona nada

Eu me aproximo do meu companheiro, mil perguntas inundando minha mente, mas antes que eu possa perguntar, Daphne se levanta e limpa a garganta, imediatamente chamando a atenção de todos os meninos para ela. Eu sou a última a olhar, distraída como estou por essa bomba que Jackson acabou de soltar.

-Na verdade,- Daphne diz, de repente constrangida enquanto olha ao redor. -Devemos fazer esse...brinde?

Rafe, sempre atencioso, imediatamente se aproxima dela e começa a abrir a garrafa de vinho enquanto Jesse pega alguns copos de papel do banheiro, pedindo desculpas pela falta de copos de vidro, mesmo sabendo que nenhum de nós se importa.

Eu suspiro, olhando para cima para Jackson com uma careta para deixá-lo saber que isso não é o fim dessa conversa. Ele me ignora, porém, observando a ação e aceitando seu pequeno copo de vinho enquanto Rafe e Jesse se aproximam.

Eu aceito o meu também, Luca se movendo para o meu outro lado e brindando meu pequeno copo de papel com o dele.

-Muito obrigado por me receber esta noite,- Daphne diz, sorrindo para nós e levantando seu próprio copo de papel no ar depois que Rafe o enche com o resto da garrafa. -A...novas amizades, sim?

Ela sorri para nós e eu sorrio de volta, mas hesito quando vejo que...

Que Daphne, ela está mais nervosa do que costuma ser, especialmente depois de uma noite rindo conosco. Algo não está certo, não é?

Estou franzindo a testa para ela quando nossos olhares se encontram, mas então ela levanta o copo novamente, saudando especialmente para mim, e não quero ser rude, então levanto meu próprio copo na direção dela e então bebo.

Faço uma careta, no entanto, porque o vinho - é mais açucarado do que estou acostumado. Eu olho para cima para Jackson, que também está franzindo a testa para o copo vazio, e então para Luca, que olha ao redor antes de seus olhos pousarem em mim.

-Isso é...- ele diz, estudando seu copo. -Há algo...errado com isso?

-Desculpe,- Daphne sussurra, e todos os nossos olhos se voltam para ela, os meus indo para o copo de vinho ainda cheio em sua mão. -Sinto muito, muito, todos,- ela diz.

E assim que ela diz isso, sinto o cansaço me dominar. Dou um pequeno suspiro quando Jackson desaba no chão ao meu lado, e então Luca e Rafe e Jesse e Ben todos caem

Eu encontro o olhar de Daphne, culpa e devastação em seu rosto enquanto eu, também, desabo no chão.