Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 64

POV: Ella

Chegamos à beira da floresta onde a cerimônia estava prestes a acontecer, eu usava um vestido cintilante na cor pérola, que parece ter sido tecido a partir da pura luz da lua. Suas alças eram tão finas que não parecia serem fortes o suficiente para segurar o tecido fluente, que mergulhava entre meus seios, abraçava minha cintura espalhando no cumprimento em uma saia larga com uma cauda graciosa. Era completamente inadequado para o clima frio, porém, uma capa de pele preta e macia balançava as minhas costas, o calor aconchegante de Sinclair estava aquecendo meu lado esquerdo. Meus ombros estavam pesados com o peso de seu braço, me sentia grata por não poder usar saltos altos devido ao terreno acidentado da floresta.

Nós nos movíamos entre as multidões de repórteres e admiradores, pausando para fotos e apertos de mão, mas não respondendo a nenhuma pergunta. A cobertura da imprensa do ritual de banho de lua foi realmente fenomenal, quase bajuladora em sua análise, e as multidões estavam ficando cada vez maiores a cada dia. Todos pareciam querer nos ver pessoalmente, e estava começando a me sentir mais como uma atração de museu do que como uma pessoa.

Era difícil me manter com os pés no chão quando todos ao meu redor estavam olhando-me, pulando e gritando meu nome. Isso era normal para Sinclair, mas eu achava que nunca iria me acostumar com isso. Também não sei se quero que meu filho seja submetido a toda essa atenção.

"Isso não será sempre assim, certo?" Indaguei acanhada, acariciando minha pequena barriga enquanto passávamos pelas multidões. "Certamente é apenas por causa do festival e do quão novo é o nosso relacionamento."

"As coisas vão se acalmar." Sinclair concordou, seus olhos perspicazes não deixavam de notar como eu tentava proteger nosso filhote com as mãos. "Eles também ficaram animados com o bebê, mas vão manter distância. Sabem o quanto protetor são os novos pais, e por mais invasivos que possam ser em relação aos relacionamentos dos adultos, as crianças são consideradas fora dos limites."

"Ótimo." Suspirei, ainda franzindo a testa. "Não gosto disso, mas vou suportar desde que deixem o bebê em paz."

"Depois que a campanha terminar, podemos tirar você dos holofotes." Sinclair sugeriu, "Você será uma nova mãe, seria perfeitamente razoável diminuir sua presença pública." Nesse momento, o vento mudou e Sinclair sentiu farejou o ar, ficando com os músculos subitamente tensos.

No momento certo, uma voz sarcástica soou à nossa esquerda, uma figura de branco emergiu de trás de uma árvore. "Que tipo de Luna procura desculpas para fugir de suas responsabilidades?" Não precisei olhar para reconhecer a falante, seu tom estava completamente diferente desde a última vez em que me ajudou no banheiro, mas não havia como confundir o timbre nasal da voz de Lydia.

Antes mesmo de conseguir processar suas palavras ou dar uma boa olhada nela, Sinclair puxou meu corpo para trás dele, assumindo uma postura defensiva entre mim e sua ex-esposa. "Você está tão desesperada para se intrometer onde não é bem-vinda que se reduziu a se esgueirar como uma raposa, Lydia?" Um murmúrios percorriam os metamorfos reunidos, suspeitava que chamar uma loba de raposa era considerado espécie de insulto. Embora eu, como alguém que sempre gostou de raposas, não podia deixar de me sentir um pouco ofendida em nome delas.

"Demorou tanto tempo para me sentir." Ela reclamou, soando mais do que um pouco amarga. "Você está tão ocupado com seu bichinho de estimação que seu lobo não consegue acompanhar o que está acontecendo ao seu redor?"

Estava tentando me mover de volta à frente de Sinclair, porém, ele me segurava firme, seu braço se estendendo atrás de seu corpo para me prender contra ele em um aperto de ferro. Sentia um pequeno rosnado borbulhar em meu peito, apenas para ser reduzido a uma bagunça trêmula quando ele rosnou de volta, não deixando espaço para argumentos. "Acho que isso mostra o quanto você se tornou insignificante para o meu lobo hoje em dia." Sinclair respondeu em ironia. "Ele nem mesmo percebeu você quando estava bem a sua frente."

Estava tentando espiar ao redor do braço robusto de Sinclair, mas não conseguia ver nenhum lampejo da expressão indignada de Lydia, antes que sua língua venenosa volte à descarregar o veneno. "Bem, talvez você não me queira aqui, Sinclair, mas como a única loba que carrega sua marca, é meu direito começar a caçada com você."

Meu cérebro lentamente se esforçou para acompanhar suas palavras, gradualmente compreendendo o que ela estava tentando fazer, que era ocupar meu lugar na cerimônia. Ela achava que eu não tinha o direito de participar porque Sinclair e eu ainda não estávamos completamente acasalados, de repente sinto uma indignação em mim mesma. Como ela se atreve a querer tomar o nosso lugar? Como ela ousa desejar tirar Sinclair de nós? A pequena voz em minha cabeça estava em uma fúria total, e qualquer pensamento lógico que eu pudesse tentar usar para acalmá-la não resolveria.

Antes que eu pudesse responder, Lydia rosnou ameaçadora, coloquei as mãos no peito de Sinclair para impedi-lo de me jogar para atrás dele novamente. "Melhor a marca de outro do que nenhuma marca. Você nem sabe o que realmente significa ser uma companheira." Ela respondeu com raiva.

Eu pressionei a palma da mão contra minha barriga novamente, chamando sua atenção para o meu filhote ainda não nascido. "Que reivindicação mais forte poderia haver do que esse milagre? Eu não preciso da marca de Dominic para saber que pertenço a ele, e estou disposta a esperar até que possamos fazer isso da maneira certa, de acordo como um Rei e uma Rainha devem fazer." Declarei desafiadora erguendo o queixo.

A expressão de Lydia vacilou quando mencionei o filhote, novamente sentia uma onda de simpatia pela outra mulher, mas seus olhos se endureceram e brilharam quando me chamei de rainha. Os metamorfos ao nosso redor sussurravam e murmuravam entre si, muitos olhando com raiva para Lydia e sorrindo para mim. Eu sabia que havia me saído bem quando Sinclair pressionou seu corpo contra o meu, suas mãos circulando minha cintura por trás para me ajudar a segurar nosso filhote. Um ronronar satisfeito roncava em seu peito enquanto seus lábios se moviam contra a minha orelha: "o bebê gosta quando a mamãe é feroz." Ele compartilhou divertido, meu coração dando um salto ao ouvir ser chamada de mamãe pela primeira vez. "E eu também." Elogiou ele.

Sentindo uma onda de confiança excessiva e um inexplicável saber que estava perto da vitória, continuei: "E ambos sabemos que existem muitas outras maneiras de reivindicar uma companheira além de uma mordida." Dizia com um largo sorriso sedutor, deslizando uma mão para cima ao redor da nuca de Sinclair, encorajando seu afeto. Nunca fiz algo tão audacioso em minha vida, exceto talvez, naquela noite na fogueira... Ou naquele maldito sonho, ao mesmo tempo, parecia completamente certo de que devíamos lutar essa batalha juntos e mostrar nossa atração para todos verem.

Lydia deu um passo furioso em minha direção, Sinclair emitiu um rosnado tão feroz que todos ao nosso redor se encolheram, inclusive Lydia. Sou a única capaz de resistir à força de sua autoridade como Alfa, o que funcionou bem para os nossos propósitos. Como ninguém sabia que era humana, todos assumiram a ideia de que eu era a verdadeira igual a Sinclair, em espírito, senão em força bruta.

Lydia estremeceu e gemeu antes de virar as costas e fugir na direção oposta. Por algum motivo, sentia a estranha vontade de persegui-la, mas Sinclair estava me segurando com muita força. "Não tão rápido, briguenta, temos coisas mais importantes para fazer do que perseguir ex-amarga." Tive que erguer o pescoço para olhá-lo, mas seu rosto estava cheio de orgulho e antecipação, quando ele anunciou. "É hora."

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