Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 671

O sino toca novamente de repente, me fazendo pular, mas Luca e o Atalaxiano baixam os punhos no meio da luta e se afastam um do outro, cada um seguindo imediatamente para seus cantos respectivos. Eu sei o suficiente sobre os fundamentos do boxe para saber que este é o fim do round, mas - bem, eu não sei exatamente o que isso significa.

-O que está acontecendo?- Eu murmuro, virando meu rosto para cima em direção ao meu irmão, minhas mãos tensas na parede da arquibancada.

-Pequena pausa-, Rafe diz com um suspiro, olhando para baixo para mim. Ele franze a testa por um segundo, olhando ao redor, e então avista meu copo de vinho branco na borda da arquibancada. Ele pega e empurra em minha direção. -Aqui, Ariel - tome um pouco disso. Você está ficando louca.

-Claro que estou ficando louca-, eu rosno, ignorando o copo de vinho a princípio. Mas quando ele levanta a sobrancelha para mim, eu franzo a testa e pego da mão dele, dando um longo gole.

-Ele está se saindo bem, Ari-, Daphne diz, mordendo o lábio e olhando para baixo no ringue. -Pelo menos... eu acho que está?

-Não, seus instintos estão certos, Daph-, Jesse diz, se aproximando de mim. Ben se aproxima do outro lado de Rafe, claramente querendo ouvir o que Jesse diz.

Jesse aponta para baixo no ringue, onde três homens e uma mulher estão sentados, consultando seriamente. -Esses são os juízes-, ele murmura. -Eles decidem quem vence cada round.

-Então é tão simples assim?- Daphne pergunta, olhando entre todos os meninos. -Apenas... quem vencer a maioria dos rounds vence tudo?

-Teoricamente, sim-, Ben murmura com um encolher de ombros, olhando para Luca. Eu sigo seu olhar, encarando meu companheiro, um pouco fortalecida ao ver que Luca parece absolutamente bem. Ele está sentado em um pequeno banco em seu canto, e seu tio está se inclinando para sussurrar em seu ouvido, massageando seus ombros enquanto faz isso.

-Bem, e na prática?- Daphne pergunta, ansiosa.

-Nocaute-, Rafe diz suavemente em seu ouvido, e suspeito que ele esteja sussurrando para que eu não ouça, -supera todas as pontuações.

-Oh-, Daphne diz, me lançando um olhar ansioso que me faz gemer e esvaziar meu copo de vinho.

-Okaaay-, Jesse diz, me dando um tapinha animado nas costas que me faz dar alguns passos para frente. -Temos cerca de trinta segundos para tequila - vamos lá!

-O quê!?- Eu respiro, girando e o vendo basicamente correr do bar.

-Ele não está errado, Ari-, Rafe diz com um suspiro. Eu viro para encará-lo, de boca aberta. Ele apenas me dá um sorriso triste com um encolher de ombros. -Você precisa se acalmar. Nós todos precisamos nos acalmar, relaxar um pouco e torcer pelo nosso amigo. Ficar aqui tenso e franzindo a testa não vai ajudar em nada.

-Sim, bem, nós também não vamos apenas ficar embriagados-, eu murmuro enquanto Jesse volta quase rápido demais com uma bandeja de shots, cada um com uma pequena fatia de limão na borda.

-Ohhh, garoto esperto-, Cora diz, se intrometendo entre nós para pegar dois shots da bandeja. -Eu sabia que você era meu favorito.- Ela pisca para ele e me dá um sorriso triste e ansioso enquanto volta para o seu lugar do outro lado de Ben, entregando seu segundo shot para minha mãe.

Roger resmunga protestando enquanto mamãe e Cora batem seus copos juntos e tomam a tequila. -Querida esposa! Onde está o meu!?

-Provavelmente de volta no bar-, Cora diz, fazendo careta com a mordida forte da bebida e sorrindo para ele. -Vá buscá-lo!- Roger geme, mas faz o que lhe é mandado, indo cambaleando em direção ao bar enquanto Jesse distribui o restante dos shots.

Apesar de mim mesma, me pego rindo enquanto minha família e amigos levantam seus copos, brindando ao meu companheiro. E ao tomar meu próprio shot, e fechar os olhos por um momento enquanto desce pela garganta, percebo que Jesse e Rafe estão certos - que eu preciso relaxar, pelo bem de Luca.

Quando volto para a borda da arquibancada, fico um pouco surpresa ao ver o rosto de Luca virado para cima em minha direção, uma pequena dúvida em seus olhos. Mas apenas pisco, levanto meu copo vazio na direção dele, e Luca explode em um sorriso.

Porque se eu realmente estivesse preocupada com ele, eu não estaria festejando, não é mesmo?

Ou, pelo menos, Jesse sabia que era assim que pareceria. Luca acena uma vez para mim e endireita os ombros, levantando-se enquanto o árbitro caminha novamente para o centro do ringue.

-Obrigada-, eu murmuro para Jesse quando ele volta ao meu lado, e apoio meu peso contra ele. -Você é inteligente e atencioso, e eu vejo isso, mesmo que você tente esconder.

-Só não estrague minha capa-, ele murmura, massageando minhas costas por um momento enquanto o sino soa novamente e a luta recomeça.

-O que isso significa?- Sussurro.

-Significa que ele está desgastando Luca-, Rafe diz, sua voz um pouco grave. -E veja todos aqueles golpes no corpo?- Rafe agora levanta o queixo para onde o Atalaxiano acerta Luca repetidamente nos lados e nas costelas.

-Sim?-, Daphne diz, sua voz distraída enquanto mantém os olhos fixos em Luca.

-Esses são agonizantes-, Rafe diz, provavelmente por experiência. -Especialmente com tanta frequência, de novo e de novo? Eles são exaustivos, e fazem você querer - mais do que qualquer coisa - baixar as mãos e bloquear os golpes.

-O que deixa sua cabeça aberta...- Murmuro, meus olhos se arregalando enquanto tudo se encaixa.

-Para o golpe de nocaute-, Rafe termina, assentindo, preocupação estampada em sua expressão.

-Merda-, Daphne diz enquanto entende ao meu lado.

-Ele está desgastando Luca-, sussurro, de repente horrivelmente ansioso novamente. -Para que finalmente possa dar aquele grande golpe que o derrubará. Qual é a saída de Luca aqui?

-Não se cansar-, Rafe diz, sua voz um pouco sarcástica, porque isso é basicamente impossível. -Ou partir para grandes ofensivas, o que ele está tentando fazer - para encurralar esse idiota e simplesmente bater nele. Mas o Atalaxiano - ele ainda não está fraco o suficiente para isso.

-Merda-, suspiro, cruzando os braços. -Então agora é apenas uma questão de esperar? Para ver quem fica sem fôlego primeiro?

-Sim-, Rafe diz.

-Tequila?- Jesse oferece, estendendo outro shot para mim. Suspiro, mas - sentindo a ansiedade aumentando em meu peito com essa nova perspectiva da luta - aceito da sua mão. Os shots circulam novamente, e todos bebemos, e treinamos nossos olhos ansiosos de volta para a luta.