Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 680

Meu coração afunda ao pensar nisso, em Jackson vendo... aquilo.

Porque ele não está errado - a noite passada foi incrivelmente importante para Luca e eu. Nosso vínculo agora - é mais profundo do que era antes, mais forte e mais significativo. E ele não está errado - Luca e eu apresentamos nosso relacionamento para a nação na noite passada - para o mundo. E mesmo que eu não tenha ideia de como parecia do ponto de vista de um estranho ou na televisão...

Eu sei que parecíamos um casal forte, dedicado e poderoso. Um par perfeito. Como poderíamos ter parecido como outra coisa, quando tanto disso é a verdade?

Mas ainda assim... enquanto o resto da nação pode ter comemorado isso - seu campeão emparelhado com sua Princesa - como isso parecia para Jacks?

-Me diga,- eu murmuro, me inclinando perto e alcançando seu rosto, segurando sua bochecha em minha palma. Jackson se inclina, fechando os olhos enquanto fala.

-Fui ao restaurante, como eu disse, com os caras com quem costumava morar. Foi... bom. Foi bom vê-los, eu acho.

Eu sorrio um pouco, porque Jackson tem amigos - amigos fora de mim e da minha família, mesmo que ele não soubesse contá-los como tal. Ele abre os olhos e ri um pouco, balançando a cabeça para mim. -Você viria aqui embaixo?- ele murmura, me puxando novamente e virando para que estejamos de frente um para o outro novamente. -É mais difícil dizer quando você está pairando sobre mim como uma coruja.

-Sim, tudo bem, vou olhar para cima para você como um pequeno rato adorador,- murmuro, satisfeita por ele querer ser mais casual sobre isso. Porque se ele estiver mais casual, significa que ele não está devastado. Certo?

-Está bem, ratinho,- ele murmura, dando um beijo na minha testa antes de continuar. -Toda a coisa foi... boa, por um tempo. A televisão mostrou algumas capturas de tela e se concentrou em você e sua família por um tempo - e eu gostei disso.

-Você gostou?- eu pergunto, sorrindo um pouco.

-Claro,- ele diz, assentindo. -Eu conhecia as pessoas na TV. Os caras com quem eu estava sabiam que eu tinha estado na Academia, perguntaram se eu conhecia Rafe e Jesse. Eu disse... um pouco.

Eu começo a rir com o eufemismo aqui, considerando que ele agora é basicamente parte da família.

-Parecia que eu tinha um segredo,- Jackson murmura, ainda sorrindo um pouco. Mas isso desaparece quando ele continua. -Foi... mais difícil. Quando Luca saiu. E então ele apontou para você na multidão, e beijou sua luva e a estendeu para você? E você... sorriu assim?

Jackson exala tudo de uma vez, e meu estômago afunda de culpa. Estou devastada, de repente, por tê-lo colocado nisso.

Meu Deus, no que eu estava pensando? Ele me disse que estaria assistindo

-Não,- Jackson murmura, e meus olhos voltam para ele. Eu franzo um pouco a testa - nem percebi que tinha desviado o olhar. Suavemente, ele acaricia meu rosto. -Não se sinta culpada, Ariel. Isso não... não estou tentando fazer você se sentir mal.

-Eu sei,- sussurro, assentindo. -E você deveria poder me contar suas experiências sem se preocupar com como elas me fazem sentir.

Ele sorri para mim, ainda acariciando minha bochecha. -Às vezes vai ser difícil. Mas eu não... quero esconder nada. Quero te dizer a verdade, o tempo todo. Está bem?

Eu assinto, querendo dizer isso, mesmo que signifique que vai doer às vezes. De alguma forma, parece ser a única maneira. -Continue,- sussurro.

-O final foi... realmente difícil,- Jackson diz. -Todo o bar estava de pé, gritando para a TV, e até os clientes do restaurante vieram para assistir. Quando Luca caiu, eu não achava que poderiam gritar mais alto. Mas quando você pulou da arquibancada? Meu Deus, a sala explodiu em aplausos, e eu pensei que nunca mais ia respirar. A maneira como você bateu no tatame? E chamou o nome dele? E então ele respondeu, se levantou e venceu, e ficou claramente tudo por sua causa?

Jackson exala novamente e se afasta de mim por um momento, cobrindo brevemente o rosto com a mão.

-Não peça desculpas, por favor,- ele implora, rolando de volta para perto de mim e me abraçando do jeito que eu gosto. -Nada disso é sua culpa. Você só... está vivendo a vida que lhe foi entregue, Ariel. Você não pode se sentir culpada por isso.- E então ele me envolve de forma tão segura, tão protegida, e encosta a cabeça no meu ombro enquanto meu coração se parte ao saber que ele se sentiu daquele jeito.

Eu passo suavemente os dedos pelo cabelo de Jackson, cantarolando baixinho para ele, trazendo sentimentos de conforto, suavidade e segurança e passando tudo isso pela nossa ligação totalmente aberta, esperando que o ajude a relaxar.

-Ficou muito melhor,- ele murmura, suas palavras abafadas pela cabeça ainda encostada no meu ombro. -Quando você veio bater na minha porta.

Eu rio um pouco. -Ah, é mesmo?- Ele dá um beijo naquele ponto do meu pescoço antes de levantar a cabeça para sorrir para mim.

-Sim,- ele diz, assentindo. -Eu estava... ficando um pouco louco, imaginando o que você estava fazendo com ele a noite toda. Festejando, se divertindo, e... dançando e tal. Todas as coisas que eu não posso fazer.

Eu rio um pouco mais alto agora, balançando a cabeça para ele. -Você pode festejar, Jacks, todo mundo pode festejar com tanta bebida quanto tínhamos. E tenho certeza de que você é um excelente dançarino.

Ele resmunga comigo, baixando a cabeça novamente e beijando o mesmo ponto como se fosse dele, como se fosse dono. -Nunca dei um passo de dança em toda a minha vida, Ariel.

-Sim, mas se tentasse,- eu digo, minha voz um pouco mais ofegante agora, mesmo enquanto sorrio e passo os dedos pelo seu cabelo escuro e sedoso. -Tenho certeza de que seria ótimo nisso.

Ele faz um som considerativo, como se não acreditasse, e minha respiração fica um pouco mais rápida enquanto ele continua a pressionar beijo após beijo pelo centro do meu peito, e depois para baixo, até minha barriga.

E então não consigo mais aguentar - não mais - minha boca com ciúmes de cada outra parte de mim que está recebendo atenção quando não está. Eu me sento bruscamente, agarrando seus ombros, puxando-o de volta para perto de mim. -Por favor,- eu imploro, inclinando para trás, puxando-o comigo.