Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 731

-Você deve trabalhar muito duro, passarinho,- Blaze diz, sorrindo para mim. -E mesmo assim, levará tempo para dominar.

-Eu vou,- eu digo, concordando novamente. -Vou trabalhar muito duro!

-Esta noite, então,- ele diz, balançando a cabeça. -Aqui, depois da sua aula de Química. Nós começaremos.

Expresso meus agradecimentos ansiosamente enquanto me levanto, estendendo a mão para apertar a mão de Blaze, mas para minha surpresa ele estende os braços e me envolve em um abraço caloroso. Eu rio e retorno o gesto. Ele se afasta depois de um momento, indo em direção a outra porta no quarto, enquanto Faiza vem para o meu lado.

-Ele é legal, não é?- ela diz, olhando para ele, carinhosa.

-Ele te ensinou?- pergunto, curiosa.

-Ele ainda ensina,- ela diz com um suspiro, virando para sorrir para mim. -Você nunca termina de aprender - não completamente. Além disso, obviamente, ele ainda pode me derrotar facilmente.

Eu rio, balançando a cabeça, mal conseguindo acreditar. -Tudo bem, vamos lá,- Faiza diz, enlaçando o braço no meu e me puxando em direção à porta do corredor. -Hora da parte dois.

-Parte dois?- pergunto, curiosa porque...bem, honestamente, porque pensei que era isso.

-Sim,- ela diz, me dando um sorriso malicioso. -As noites são para Blaze - as manhãs nos dias em que você tem Química? Esses você passa comigo.

Meus olhos se arregalam porque...quero dizer, eu assumi que Faiza ia me ensinar artes marciais ao lado de Blaze. O que mais ela poderia realmente ser designada para me ensinar?

Enquanto caminhamos rapidamente pelos corredores na base do castelo, Faiza me bombardeia com perguntas, perguntando sobre meus hobbies quando criança e em que tipo de coisas sou boa. Conto a ela sobre meus anos de balé, e aulas de etiqueta, e o quanto estou ansiosa para mudar tudo isso ao me tornar uma especialista em tiro.

-Tudo isso é bom,- Faiza diz, tirando uma chave do bolso quando chegamos a uma porta de madeira áspera e escura. Ela habilmente gira a chave na fechadura e empurra a porta aberta, revelando um escritório confortável com várias caixas dentro, ainda não desembaladas. -Mas é hora de ir para as coisas realmente importantes.

-Coisas importantes?- pergunto, entrando e sentando em uma cadeira para a qual ela me faz sinal enquanto fecha a porta atrás dela.

-Sim,- Faiza diz, se jogando na poltrona em frente a mim e se espreguiçando com uma perna sobre o braço, me estudando da cabeça aos pés com interesse deliberado enquanto estou sentada em frente a ela. -A verdadeira questão é...quão boa você é em seduzir homens?

Pela milésima vez naquele dia, minha boca se abre.

E Faiza começa a rir.

Minha garganta trava enquanto tento encontrar palavras, apenas a encarando, e Faiza - ainda rindo - sorri tão alegremente para mim que seus olhos se transformam em pequenas meias-luas.

-Ah, Ariel,- ela diz, balançando a cabeça para mim. -Você é tão fofa - isso vai ser muito fácil.

-V-você sabe quem eu sou!?- eu ofego, olhando para ela.

-Claro que sei!- ela diz, ainda rindo e balançando a cabeça para mim. -Se Neumann não tivesse me dito quem você era antes de eu chegar aqui, eu teria descoberto instantaneamente. Você anda por aí com Rafe Sinclair, você se parece identica com sua mãe, e você não faz absolutamente nenhum esforço para se mover como um menino. Honestamente, Ariel, é um milagre que você tenha conseguido enganar alguém, muito menos uma escola inteira.

Eu coro terrivelmente, olhando para baixo em meu colo, e ela estala a língua.

-Ah, desculpe,- ela diz, e eu olho para cima quando percebo que seu tom é genuíno. -Quer dizer, eu não quis te fazer sentir mal. Você realmente se saiu incrivelmente bem aqui - foi muito fácil para você que aparentemente todos os Alfas desta escola são idiotas que não conseguem juntar dois e dois.

-Nem todos eles,- eu digo, endireitando os ombros ao ficar na defensiva.

-Ah é?- ela diz, o canto da boca se curvando. -E quais deles são inteligentes?

-Todos os meus garotos, como você os chama,- eu digo, me inclinando para ela, meus olhos se estreitando um pouco. -São inteligentes.

-E quais deles são...seus, Ariel?- ela pergunta, inclinando a cabeça, seu rosto ao mesmo tempo alegre e desafiador.