Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 741

-Vamos, Ari,- sussurra Jackson ao meu lado, mesmo que eu mal o ouça, tão concentrada estou no papel, na magia dentro de mim. -Você consegue fazer isso.- Mas de repente sinto sua mão nas minhas costas, quente e encorajadora.

Respiro fundo, tentando me apoiar na sua fé, mas tenho que admitir minha surpresa quando aquela mão desliza até embaixo nas minhas costas, ainda mais baixo até ele segurar a borda da minha camisa enfiada nas minhas calças e puxá-la para fora.

Dou um pequeno sobressalto, virando a cabeça para encará-lo enquanto ele desliza sua mão furtivamente sob o tecido da minha camisa até que seus dedos tocam minha pele, sua palma repousando plana contra a base da minha espinha.

E de repente está lá - aquele poço profundo de poder - aquele oceano dele, ao alcance dos meus dedos. Dou um suspiro com a súbita sensação, olhando em volta da sala, perguntando-me se alguém notou a forma como Jackson está me tocando agora - mas todos os olhos ainda estão no papel

Exceto os de Alvez, que estão em mim - que talvez nunca tenham me deixado

E de repente quero que isso acabe, não quero que Alvez tenha mais acesso aos meus segredos. Irritada, viro meus olhos de volta para a bola de papel na mesa e lanço minha magia nela de uma vez.

Ela explode instantaneamente em uma pequena bola de fogo.

Rafe, Jesse e Tony gritam de surpresa, se afastando rapidamente da pequena bola de fogo e então explodindo em gritos de apreciação, me dizendo o quão incrível aquilo foi enquanto se inclinam ansiosamente na minha direção. Jackson se junta, rindo um pouco e afastando sua mão para bater palmas, sorrindo para mim.

Eu também rio, olhando para todos eles, mas quando me viro para Alvez, descubro que seus olhos não me deixaram de jeito nenhum.

-Impressionante, Cadete,- Alvez diz, claramente satisfeito com meu progresso. -Embora eu gostaria de ver mais de você.

-Mais?- Tony pergunta, rindo um pouco e se inclinando para frente, olhando entre mim e Alvez ansiosamente. -Honestamente, o que você quer que ele faça a seguir - incendiar a mesa!? Ele já terminou - bem-vindo à sala de estudos, Clark! É bom tê-lo aqui!

Tony se inclina ainda mais para frente na minha direção, estendendo a mão para um toque de mãos, e eu me inclino também para bater na mão dele - mas mesmo quando me inclino tanto para fora da cadeira que quase caio no chão, minha mão apenas passa pelo ar, perdendo a dele por uma milha.

Tony ri de bom coração com meu alcance pequeno, seus olhos cinzentos se fechando em um sorriso feliz. Apenas dou de ombros e ele acena para mim, me avisando que o sentimento permanece o mesmo, mesmo que eu esteja muito pequena e longe para um toque de mãos.

-Não tenho certeza se a sala de estudos é meu plano para vocês dois,- Alvez diz, limpando casualmente as cinzas do papel da mesa e interrompendo o clima alegre da sala. -Acho que vocês podem fazer mais.

-Mais?- Rafe pergunta. -Você quer dizer, incêndios maiores?

-Não estou precisamente preocupado com maiores,- Alvez diz, olhando em volta da sala. -Talvez mais complexos. Com menos... ajuda.- Ele sorri aqui, olhando para as grandes mãos de Jackson dobradas na mesa, claramente me deixando saber que o toque não passou despercebido.

Engulo em seco, me perguntando se isso foi um erro, se Alvez agora sabe mais do que eu jamais pretendi que ele soubesse sobre meu relacionamento com Jackson.

-Do que você está falando?- Jesse diz, afundando na cadeira e jogando uma mão frustrada para fora. -Aquilo foi incrível - e Ari não teve nenhuma ajuda.

-Ele teve o papel,- Alvez diz, virando-se para olhar para Jesse. -Me diga, Sinclair, quando sua mãe cria uma tempestade no céu, ela precisa puxá-la do vale ao lado? Ou ela pode conjurá-la - chamar a água para o ar, criar as cargas elétricas no chão que chamam o raio?

-Eu... não faço a menor ideia,- Jesse diz, rindo um pouco e balançando a cabeça. -Nunca perguntei.

-Bem, eu perguntei,- Alvez diz, sorrindo um pouco com sua vantagem. -Ela pode criar.

Jesse franze um pouco a testa, acho que um pouco desapontado com a resposta - porque certamente não o levou a lugar nenhum no último período.

-Enquanto isso, vou seguir o conselho de Davis e agendar reuniões individuais com nossos...prodígios mágicos, como vocês os chamam,- Alvez continua, voltando seu olhar para mim. -Acho que um pouco de tutoria privada será muito produtiva mesmo.

Eu encaro Alvez agora, cansada de seu constante desejo de usar esses olhares lascivos para me intimidar. E ainda mais cansada de como eles estão funcionando bem.

-Talvez Tony e eu devêssemos trabalhar juntos em vez disso,- eu retruco, encarando-o de volta. Então viro meu olhar para Tony. -O que você acha, Davis? Ser nossos tutores particulares e deixar nosso professor livre para explorar sua pesquisa, que tenho certeza que consome muito do seu tempo?

-Parece bom para mim!- Tony diz, me dando um aceno rápido que me indica que ele, também, não tem real interesse em ficar sozinho com Alvez.

-Legal!- eu digo, dando-lhe um sorriso. -Mas se você quiser fazer isso, você provavelmente deveria saber que eu sou uma garota.

Todos ao meu redor imediatamente ficam tensos com minha confissão direta - Alvez talvez seja a exceção, embora eu não esteja olhando para ele agora.

Não, em vez disso, toda a minha concentração está em Tony, que fica satisfatoriamente pálido enquanto se senta ereto em sua mesa.

-Espera,- ele diz, -espera, o quê?

Eu sorrio, satisfeita que meus esforços para manter segredo parecem ter tido sucesso nesta aula, pelo menos.