Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 789

Eu dou um gritinho - apenas um pouquinho - de empolgação quando acordo de manhã, pressionando minhas mãos no peito de Jackson e sentando, olhando para a cama de Rafe e Jesse através da cortina ainda aberta.

-É hora?- Pergunto, alegre. -Podemos ir? As armas chegaram? Entregaram meu rifle de paintball?

-Não, não é o Meio do Inverno para fanáticos por armas, Ariel,- Rafe murmura em sua cama, esfregando os olhos sonolentos, claramente não tão acordado e animado quanto eu. -Eles não trazem as armas para o nosso quarto - obviamente, eles as entregarão no campo.

-Ah,- eu digo, desanimando um pouco com minha decepção. -Bem, tudo bem, eu vou

Mas antes que eu possa continuar a planejar, o grande braço de Jackson se levanta, me derrubando de seu peito e em um monte de travesseiros. -Nada de energia mágica para você hoje,- ele resmunga, virando-se e enterrando o rosto nas cobertas. -Você já está muito acordada. E muito animada.

-Jacks!- Eu respiro, rindo, muito alegre e animada para ficar ofendida, sentando de novo e pulando nele, batendo em seus braços e peito. -Levante! Hora dos Jogos! Temos que ir!

-Eu te rejeito,- ele murmura enquanto cobre o rosto com os braços, -Eu rejeito nosso vínculo - eu rejeito o amor que um dia houve entre nós

Eu rio, batendo nele novamente e passando por cima dele, sentindo seu amor e adoração por mim fluindo constantemente pelo vínculo, mesmo que eu esteja irritando ele agora. Eu pulo em pé quando Jesse também me encara de baixo de suas cobertas. -Oh, vocês todos deveriam animar um pouco!?- Eu chamo, pulando para o banheiro. -Este vai ser um ótimo dia! Vamos nos divertir muito! Vou atirar em todo mundo!

Enquanto entro correndo no banheiro, o sino do monta-cargas toca, confirmando que estou certa e que é hora de ir.

Quinze minutos depois, quando estamos todos vestidos e em pé em círculo comendo rapidamente os sanduíches de café da manhã que nos foram entregues, Jackson nos passa uma boa dose de energia através do nosso vínculo.

-Você acha que isso é trapaça?- Pergunto, virando a cabeça de lado enquanto seguro uma mão de Jackson e a outra de Jesse, observando com um pouco de deleite um arrepio percorrer meu primo quando a energia atinge. Eu consigo basicamente ver seu cabelo se arrepiando.

-Não há regras contra o uso de magia,- Rafe diz em sua última mordida de café da manhã, ajoelhando para amarrar suas botas. -Embora nossa equipe tenha a maior parte dela, o que provavelmente é injusto. Fiquem de olho em Tony rondando perto de corpos d'água.

Eu sorrio, pensando em Tony emergindo da água como uma criatura do pântano. -Há lagos?- Pergunto, curiosa.

-Não devemos te dizer,- Jackson diz, sorrindo para mim enquanto Jesse solta minha mão quando está cheio de energia, indo para sua cama para pegar seu próprio boné e colocá-lo na cabeça. Ofereço a Jacks o último pedaço do meu sanduíche, sabendo que ele precisa de mais calorias do que o resto de nós, mas ele apenas balança a cabeça e ergue o queixo para mim, indicando que posso comer.

-Você deveria me dizer, porém,- eu digo, me aproximando dele e sorrindo para cima em seu rosto. -Porque eu sou bonita.

-Então sim, há um rio,- Jackson diz, sorrindo para baixo para mim e segurando minha bochecha em sua palma. -Vamos estar em uma espécie de fenda ou ravina com

-Jacks!- Rafe repreende, batendo na perna de Jackson enquanto ele se levanta. -Você está quebrando as regras.

-Não consigo evitar,- Jacks diz, me abraçando perto de seu peito e sorrindo para Rafe, riso em seus olhos. -Ela é...realmente bonita.

Eu enlaço meus braços em volta da cintura do meu companheiro e viro meu rosto para o meu irmão, dando-lhe um sorriso convencido.

-Tudo bem, seja o que for,- Rafe diz, rindo e estendendo a mão para bater na aba do meu boné para o lado, me fazendo rir. -Vamos nos mover, tropas!

Jesse, recém-energizado, dá um grito feliz e juntos os quatro seguimos em direção à porta e para baixo. Eu como o que resta do meu sanduíche no caminho, tão incrivelmente animada que não sei como vou conseguir manter tudo para baixo.

Nos reunimos com o resto dos cadetes do nosso ano no gramado em frente aos alojamentos dos candidatos, onde oito helicópteros bastante gigantes esperam. Rafe e Jackson imediatamente entram no modo de comando e eu fico ao lado de Jesse, observando-os com olhos arregalados enquanto chamam nossa equipe, dando ordens sobre como carregar os helicópteros e organizar todos.

-Meu Deus,- eu sussurro, observando a eficiência com que trabalham, a facilidade com que assumem o comando. -Eles são como...bons nisso.

-Eu sei, é nojento,- Jesse diz, se inclinando ao meu lado com os braços cruzados, fazendo o melhor para manter sua reputação inútil e pródiga.

-É Comandante, nesta situação,- Jackson diz, sua voz baixando. -E, felizmente, ninguém lhe perguntou se você 'entende'.

-Olha,- Miller resmunga, arriscando um pouco. -Eu só sei que sacrificamos muitos recursos para ter este... novato em nossa equipe. E sei que ele está com seu grupo ou o que quer que seja, mas não parece sábio ter

-Chega,- Jackson diz, o comando Alfa ressoando baixo em sua voz.

Miller se senta direito, sua boca se fechando enquanto todos no helicóptero percebem o que está acontecendo e se viram para Jacks e - consequentemente - para mim.

-Não que o Comandante Sinclair e eu precisemos explicar nossa lógica,- Jackson diz, olhando ao redor e encontrando os olhos de todos individualmente. -Mas nossa razão para fazer um lance tão pesado pelo Cadete Clark se tornará abundante quando vocês virem o que ele pode fazer.

Eu coro um pouco, mesmo que me sinta orgulhoso com as palavras de Jackson. Mas ergo o queixo e olho ao redor para todos os outros no helicóptero, esperando com uma súbita desesperança que eu possa estar à altura da fé do meu companheiro.

Não se preocupe, Jackson diz diretamente em minha mente, chamando minha atenção para ele. Você pode.

Um sorriso se abre em meu rosto, e eu assinto uma vez enquanto o helicóptero se inclina, começando a descer.

-Tudo bem,- Rafe diz, atraindo toda a atenção para ele. -Preparem-se, tropas. No momento em que pousarmos? Estamos em guerra.

Jesse me cutuca com o ombro e me viro para vê-lo sorrindo tanto quanto eu, igualmente animado. -Pronto para arrasar, encrenca?- ele pergunta, estendendo um punho para mim.

Eu fecho meu próprio punho e bato contra o dele. -Oh sim, Vossa Graça.- Eu digo, sorrindo para meu primo. -Com certeza estou.