Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 812

Eu guardo toda a minha inveja enquanto caminho em direção ao canto de Luca, fazendo o meu melhor para me transformar em outra identidade - não Ariel, que está zangada com seu companheiro e pronta para incendiar Luca por deixar outra garota tocá-lo. Alguém diferente - alguém mais tranquilo, mais confiante e seguro. Mais próximo de Daphne, mas...não exatamente ela.

Porque Daphne provavelmente também gostaria de dar uma surra em Luca.

-Oi,- eu digo, colocando minhas mãos atrás das costas e ficando casualmente do lado de fora do pequeno grupo de fãs de Luca. Todos os quatro viram seus olhos para mim e Luca faz uma careta.

Honestamente, acho que ele meio que...esqueceu onde estávamos por um minuto.

-Compra uma bebida pra garota?- eu pergunto, piscando os olhos.

As outras duas garotas se afastam um pouco, sentindo minha confiança predatória, minha reivindicação sobre ele. Mas a loira sorri para mim, se inclinando em direção a Luca, ousada o suficiente para pressionar seu corpo contra o dele. Luca fica imóvel, fazendo mais caretas, vendo como isso parece - e honestamente, lá no fundo, eu sei que ele nunca teve a intenção de deixar chegar a esse ponto. Que ele estava apenas flertando, brincando, matando o tempo enquanto eu trabalhava - provavelmente lembrando de seu estilo de vida antes de vir para a Academia e me conhecer. Não o culpo por isso.

Mas eu e minha loba realmente não gostamos da visão de outra garota se esfregando nele neste barzinho improvisado. Mostro os dentes para ela em resposta, uma reação visceral.

-Calma, calma,- Luca diz, percebendo que isso não está indo bem. Ele coloca as mãos nos ombros da garota, tentando gentilmente fazê-la recuar, mas ela apenas se inclina mais contra ele.

-Você nem sabe quem ele é?- a garota pergunta, zombando de mim.

Eu olho inocentemente para ela e depois desvio meus olhos para Luca, a raiva crescendo em mim. -Por que, deveria? Ele é tipo, famoso ou algo assim?

Luca suspira um pouco, encontrando meu olhar, com desculpas já em seus olhos. Mas eu ignoro.

-Ele é Luca Grant,- a garota diz, rindo de mim com desdém. -E ele não vai se envolver com lixo como você.

-Lixo como eu?- eu pergunto, virando meus olhos de volta para a garota e sorrindo. Não sei o que me faz fazer isso, me faz sorrir para ela, mostrando todos os meus dentes enquanto minha loba se levanta lentamente, seus pelos se eriçando, ansiosa pela briga. Mas o modo como os olhos da garota se arregalam me faz saber que ela entendeu minha mensagem, mesmo que eu não esteja cuspindo e rosnando. -Você...tem certeza de que quer ir por esse caminho?

-Becca,- Luca murmura, começando a afastá-la.

-Becca,- eu murmuro, me aproximando, olhando para essa garota como se ela fosse adorável. -Foi realmente um prazer conhecê-la, mas acho que é hora de você ir.

-Ah, vai se foder,- Becca diz com um rosnado, me olhando de cima a baixo como se eu fosse nada. -Eu o encontrei primeiro.

-Ah não, Becca,- eu digo, minha voz muito tranquila, dando mais um passo para perto. -Não, você não encontrou.

-Tudo bem, eu vou...resolver isso agora,- Luca diz, afastando Becca dele e fazendo uma careta triste. -Foi realmente um prazer conhecê-la, mas

-Ah, tanto faz,- Becca sibila, irritada, olhando para ele com raiva. -Eu vou apenas ir aos tabloides e contar que você estava aqui. Vou ganhar tanto dinheiro vendendo a história de que o Campeão está traindo sua companheira a Princesa quanto teria ganho com qualquer negócio esta noite.

Minhas sobrancelhas se erguem com sua audácia.

-Vá em frente,- Luca diz, se aproximando do rosto dela e erguendo uma sobrancelha. -E assim que você fizer, meu empresário aparecerá na sua porta com um processo por difamação. Porque eu nunca fiz nada assim.

Luca dá à garota seu sorriso de playboy mais bonito, e depois um piscar de olhos, e então se vira para mim, mostrando suas costas para as três garotas enquanto ele se aproxima e me oferece o braço. -Acabou aqui, Daph?

-Sim,- eu digo, sorrindo para o rosto dele e colocando minha mão de forma recatada em torno do cotovelo de Luca. E então, juntos, Luca e eu saímos muito, muito casualmente do bar.

Caminhamos em silêncio por um tempo, mas quando nos afastamos o suficiente para que as luzes da cidade comecem a desaparecer e nos perdemos nas colinas entre Newtown e o Castelo, eu solto minha mão do braço de Luca e dou um passo para longe dele.

-Ari,- Luca suspira, -não foi nada