Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 822

-Consegues...consegues movê-lo, Ari?- Ouço minha mãe sussurrar, e olho para o lado para ver lágrimas escorrendo pelo seu rosto, seus dedos pressionados delicadamente nos lábios enquanto ela olha para cima para esta coisa incrível que criamos.

Volto-me para o fogo, concentrando-me, e ao balançar ligeiramente para a esquerda...sim! Meu sorriso se aprofunda quando descubro que o redemoinho em si também se move para a esquerda. Volto para o centro e novamente para a direita, movendo-me como uma dançarina - como a bailarina que fui criada para ser. O redemoinho de chamas e sombras também se move.

-Incrível-, Tony sussurra, encantado e maravilhado.

De repente, Luca solta minha mão e se afasta.

O fogo sombrio imediatamente afunda no chão e eu me esforço um pouco para pegá-lo de surpresa. Mas, no final, é facilmente feito, o fogo simplesmente obedecendo à gravidade novamente, ligado ao chão em vez de levantado no ar.

Jackson vira a cabeça para encarar Luca, sentindo meu choque e surpresa, mas Jesse exala um longo suspiro e também retira a mão do meu pescoço. -Ok-, ele sussurra. -Acho que também já chega para mim. Por enquanto.

As sombras se elevam como fumaça das minhas chamas e de repente as cores estão de volta - alegres e amarelas e vermelhas, queimando alegremente através da pequena pilha de madeira.

Olho para Jackson em seguida, que sorri para mim e solta minha mão.

E então, quando olho de volta para o fogo...

É apenas uma fogueira normal, queimando alegremente a madeira fornecida para ela. Apenas...uma coisa normal.

Ficamos todos em silêncio por um longo, longo momento, cada um de nós apenas olhando - acho que tentando descobrir se...se todos compartilhamos alguma espécie de alucinação em grupo insana agora ou algo assim? Ou se

O rosnado de Jackson quebra o silêncio com uma veemência repentina que me faz pular - e de repente estou envolvida em seus braços, sendo girada, rindo tanto que não há tempo para puxar ar para os pulmões. Sem fôlego, envolvo meus braços em volta do meu companheiro, deixando-o me girar, amando isso - amando ele.

-Aquilo foi a coisa mais incrível que já vi!- ele grita. -Foi tão incrível! Foi incrível! Ari!

Ele para de me girar, me segurando alto contra o peito para que eu sorria para baixo em seu rosto, minhas mãos já correndo pelos seus cabelos.

-Tu-, ele diz, olhando para o meu rosto como se eu fosse a grande maravilha da sua vida, -és a coisa mais incrível deste planeta, Ariel Sinclair.

Mordo o lábio enquanto o encaro, as lágrimas brotando nos meus olhos, completamente sobrecarregada pelo quanto ele significa e o quanto me ama e o quanto está orgulhoso - todas as coisas que sinto irradiando pela ligação.

-Foi realmente legal, não foi?- sussurro, ainda acariciando meus dedos trêmulos pelos seus cabelos. -Não te machucou, certo? Não tirou...muita da tua energia?

-Não-, ele diz, seu sorriso se aprofundando. -Estou bem, pequena - levou menos energia do que tenho certeza que parecia. Dois croissants amanhã, em vez de um.

-E não te machucou?- pergunto, esperando desesperadamente que não tenha.

Mas ele apenas balança a cabeça para mim, e rosna novamente, e me solta um pouco em seus braços para que meu rosto fique na altura do dele, para que o beijo que ele pressiona em minha boca seja tão simples quanto feroz.

Beijo Jackson com todo o meu coração por um longo momento antes de me afastar, ciente de que não estamos sozinhos aqui. Me contorço em seus braços, implorando para ser colocada no chão, e ele rosna - odiando isso - mas obedece, deixando-me deslizar pelo comprimento do seu peito e estômago para me colocar novamente de pé.

Estou lá por apenas um momento antes de Rafe me pegar em seguida, rugindo seu próprio orgulho e prazer em sua pequena irmã camarão, girando-me em seguida. É assim por alguns minutos, todos me abraçando e falando sobre o quão incrível foi, os detalhes disso, as possibilidades de como poderíamos usá-lo, cada um dos seus tons emocionados.

No entanto, não escapa à minha atenção que quando Luca me abraça e me parabeniza suas palavras são truncadas, seu muro ainda erguido. Olho para cima para ele, curiosa, e ele faz o seu melhor para me dar um sorriso caloroso - mas de repente sou puxada para longe nos braços da minha mãe.

-Pequena deusa do fogo-, ela murmura em meu cabelo, me abraçando tão apertado que tenho certeza de que ela vai quebrar uma costela se continuar. Quer dizer, não que ela não pudesse curar imediatamente - apenas...vamos evitar isso se pudermos, certo?

-Mãe!- eu guincho, rindo e a abraçando de forma muito mais solta. -Relaxa!

Ela suspira e o faz, lágrimas ainda por todo o seu rosto enquanto se afasta e olha nos meus olhos, ajeitando uma mecha imaginária do meu cabelo para trás da minha orelha. -É realmente incrível, garotinha. O que sempre foste capaz. Sempre soubemos que eras especial e feroz e capaz de grandes coisas - e isto é apenas o começo.

-Mãe-, digo, meus próprios olhos novamente se enchendo de lágrimas. -Caramba, foi...apenas uma fogueira.

-Oh, e ela é humilde-, mamã murmura, me abraçando novamente e me balançando para frente e para trás.

-Um, acho que estou recebendo muito pouco crédito e atenção!- Jesse chama, mesmo que sua própria mãe esteja chorando e o abraçando também. -Eu fiz a parte legal!

-Oh, tu também és maravilhoso, querido-, mamã diz, tropeçando até Jesse para envolvê-lo em um abraço. -Agora vamos lá, todos! Precisamos voltar para a sala de aula - temos que falar sobre as potenciais consequências e uso disso! E como experimentar de forma semelhante com a magia de todos os outros! Vamos fazer grandes coisas!

Mamã e Cora se viram em direção ao palácio com Jesse entre elas, conversando de perto com ele sobre como o fogo se sentiu misturando-se com sua própria magia. Rafe e Luca seguem, também conversando de perto, enquanto Jackson e Tony se aproximam de cada um dos meus lados.