Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 840

Na manhã seguinte, mal consigo correr, estou rindo tanto.

-Jesse!- Eu grito, tropeçando nos meus próprios pés enquanto tento manter a mira nele com meu rifle de paintball. -Para com isso!

-De jeito nenhum, você está ficando muito boa!- Ele grita de volta, rindo e desaparecendo novamente em uma nuvem de sombras antes de se esgueirar entre as árvores. Ele descobriu esta manhã, quando estávamos brincando em nossa corrida, que ele pode lançar as sombras sobre si mesmo, fazendo com que elas se agarrem firmemente à sua forma para que ele, essencialmente, se torne uma sombra.

Isso não o torna invisível - não realmente - mas na sombra realmente o torna basicamente indistinguível das sombras projetadas pelas árvores. E caramba, isso o torna difícil de acertar.

-Jess!- Rosno antes de sair correndo atrás dele, ainda rindo. -Isso é tão injusto!

-Você é a única com a maldita arma, Ari!

<<Esquerda>>, Jackson diz, diretamente em minha mente. Ele está na minha frente, é claro, com aquelas longas pernas de Alfa. <>.

Eu sorrio, adorando ter minha própria vantagem mágica através da conexão com meu companheiro, e paro abruptamente, lançando meu olhar para a esquerda conforme instruído e mirando, mesmo com meu coração batendo forte e minha respiração tremendo no peito. Respiro fundo uma vez e então vejo - a perturbação entre os galhos - e atiro.

Um gemido muito satisfatório de dor ressoa nas árvores, e um momento depois o alto grito de riso de Rafe segue.

Sorrindo loucamente, envio um pulso de agradecimento e amor para Jackson e corro na direção em que Jesse foi. Eu o encontro quase imediatamente, principalmente porque Rafe está de pé sobre ele, com as mãos nos quadris, rindo ao ver Jesse caído em uma poça, uma brilhante mancha de tinta azul bem entre suas omoplatas.

-Como você fez isso, Ari?- Jesse rosna, se levantando e me encarando, limpando a lama da frente de sua camisa assim que Jackson também entra na clareira, sorrindo para mim.

-Oh, eu tive algumas informações-, eu digo, rindo e estendendo a mão para Jacks. Ele dá seu habitual rosnado de deleite quando pega minha mão, me puxando para perto de seu lado.

-Não!- Eu rio, empurrando Jackson brincalhão. -Agora eu quero perseguir o Rafe!

-Absolutamente não-, Rafe diz, sorrindo para mim mesmo enquanto oferece a mão para Jesse e o ajuda a se levantar. -Se você consegue acertar o Jesse quando nem mesmo pode vê-lo, eu não tenho chance.

-Mas

-Sinceramente, deveríamos chamar o Luca aqui-, Rafe diz, erguendo as sobrancelhas para mim. -Ele pode ser o único que pode te dar uma boa competição. Literalmente.

Eu viro a cabeça, intrigada com a ideia, e quando olho para Jacks ele apenas dá de ombros, me deixando saber que não se importa. -Legal!- Eu digo, meu rosto se abrindo em um sorriso. -Sim, vamos perguntar a ele! Mas vamos convidar o Ben também, não quero que ele fique de fora.

-E não o Tony?- Jesse pergunta, levantando uma sobrancelha na minha direção e me dando um sorriso travesso.

-Vamos dar um espaço para o Luca-, suspiro, meu ombro se curvando ligeiramente. -O Tony teria muito prazer em me ver atirar nele.

-Eu até gostaria de ver alguns dos truques de assassino dele, porém-, Jacks murmura, olhando para baixo para mim com interesse. -Você provavelmente poderia aprender algumas coisas com ele.

Eu inclino a cabeça para o lado diante da perspectiva, também intrigada, mas Rafe suspira e se vira em direção ao Castelo. -Por mais divertido que isso seja, estamos atrasados para o café da manhã e devemos ir. Sinto que o Capitão pode enviar informações sobre os próximos Jogos, que reviravoltas estão por vir.

Todos nós ansiosos por essa informação também, voltamos rapidamente e seguimos direto para o refeitório depois de guardar a arma de paintball de volta em seu armário. Sem tempo para tomar banho, entramos no salão do café da manhã suados e alegres, com Jesse sujo e pintado também.

Imediatamente, percebemos que algo está errado. A sala está muito quieta, muito sombria. Rafe estreita os olhos enquanto olha ao redor e Jackson e Jesse se aproximam de mim enquanto atravessamos rapidamente para a nossa mesa. Eu olho ao redor da sala e pego os olhos de Redman Blythe em mim, previsivelmente fulminando.

Eu mostro meus dentes para ele, no entanto, não esquecendo que ele mencionou tão casualmente minha irmãzinha. Quando chegamos à mesa, chamo um oi para Ben e coloco uma mão calorosa no ombro de Luca, mas sento ao lado do meu irmão, deixando o assento vazio ao lado de Luca para Jesse. Jackson ocupa o lugar do meu outro lado enquanto me inclino para perto de Rafe, pretendendo contar imediatamente a ele sobre a menção de Blythe durante os Jogos.

No entanto, minhas intenções são frustradas quando Rafe fica rígido e olha para a cabeça da sala.

Todos nós viramos então, o salão ficando ainda mais quieto. Debaixo da mesa, Jackson desliza uma mão sobre minha coxa, ansioso e querendo meu toque tanto quanto quer me confortar.

Depois de cerca de cinco minutos de discussões entre os Alfas, reviro os olhos e entro no meio do grupo com um guardanapo de papel em minhas mãos que imediatamente coloco fogo.

Meus garotos todos ficam em silêncio e se viram para me encarar.

-Se alguém mexer comigo-, digo baixinho, olhando cada um nos olhos enquanto tiro as cinzas das mãos e as deixo cair no chão. -Eu só vou colocá-los em chamas. Entendido? Não há mais necessidade de escoltar a Camarão pela escola.

Jackson apenas sorri para mim, orgulhoso, enquanto Rafe franze a testa e dá um passo à frente. -Ari

-Por favor, Rafe?- Digo com um suspiro, inclinando o queixo para olhar em seu rosto. -Estamos indo para a guerra, e todos estão ocupados, e eu consigo fazer isso. Apenas... deixe-me ir para a aula sozinha. Ninguém veio me buscar por meses - por que começariam agora?

Rafe suspira e passa a mão pelo rosto antes de me encarar, mais preocupado do que bravo. -Em chamas, Ari-, ele resmunga. -Você coloca qualquer um que sequer te olhar torto em chamas. Sem perguntas. Entendido?

Eu sorrio e aceno para ele antes de nos separarmos, o lobo de Jackson dando um beliscão afetuoso no meu e Luca se aproximando para escovar o braço contra o meu antes de irem cada um para sua própria direção.

Porque amanhã...

Mas não. Engulo em seco, afastando o pensamento de minha mente, balançando a cabeça contra ele. Porque isso não vai acontecer - eu não preciso me despedir de ninguém, não hoje, não amanhã. Todos nós vamos sobreviver a isso - todos nós.

Nós temos que.