Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 862

-Sim,- Luca rosna, tossindo e olhando furiosamente para Jacks, suas palavras saindo sob a pressão do peso de Jackson pressionado firmemente contra seu peito. -Eu a marquei - mas ela é sua maldita companheira, seu idiota. Sua! Ela escolheu você, Jacks! Então vá e pegue sua maldita garota e me deixe fora disso!

Jackson para, olhando para ele, sem compreender.

Luca ri, deixando a cabeça tombar para o lado, desistindo da luta enquanto o sangue escorre de sua boca e de seu nariz. -Ela escolheu você, Jacks,- ele diz, ficando mole sob o joelho de Jackson - finalmente, finalmente cedendo. -Eu a marquei, e mesmo assim ela escolheu você.

-Do que você está falando?- Jackson sussurra, ainda perplexo.

Ele levanta o joelho, levemente, aliviando a pressão. Mas não é misericórdia que o faz - apenas pura confusão.

-Quando eu dei minha marca a ela,- Luca resmunga, ainda sem olhar para cima. -Ela me afastou. Disse que não queria.- Ele vira a cabeça para encarar Jackson, ódio e inveja desesperada em cada centímetro de sua expressão. -Ela quer você. Embora eu não pudesse te dizer porquê. Ela sempre teve um gosto de merda

Jackson o soca com força na outra bochecha.

Luca geme, tossindo, sua cabeça virando para o lado, seus olhos se fechando com agonia.

Jackson instantaneamente se sente culpado, aliviando ainda mais a pressão em cima do peito de Luca e se ajoelhando ao seu lado, ainda olhando para baixo.

-Você só...vá?- Luca murmura, sua bochecha pressionada na grama e na sujeira, seus olhos fechados. -Você venceu, certo? Ela quer você.

Para horror de Jackson, Luca começa a chorar, lágrimas escorrendo de seus olhos.

-Ela...ela só quer você.

Jacks encara Grant, seu inimigo, o homem que veio aqui para matar. O homem que marcou a mulher que ele ama. Mas ele parece tão patético agora...

-Eu a rejeitei, então você deveria ter um caminho tranquilo

-O QUE!?- Jackson grita, horrorizado. Luca arfa, ainda chorando, mas virando a cabeça de volta para Jackson surpreso. Quando ele não diz nada, Jackson agarra Luca pela camisa, puxando-o para cima para que seus rostos fiquem a centímetros de distância. -Você fez o quê com Ariel?

-Eu a rejeitei!- Luca grita, angustiado e furioso e horrorizado e cruelmente satisfeito por tê-la machucado em troca. -Você pode tê-la! Eu nem quero aquela vadia se ela não pode

Jackson rosna novamente e empurra Luca de volta ao chão, levantando-se e dando um chute forte nas costelas de Luca. E depois outro para garantir.

-Seu idiota,- Jackson sibila, olhando para Grant, que apenas soluça na sujeira. -A Deusa colocou a melhor coisa do mundo aos seus pés, e você é idiota o suficiente para rejeitá-la, chamando-a de vadia e mentindo para si mesmo, dizendo a si mesmo que você era bom o suficiente para ela.

Mas Luca não responde. Ele apenas se encolhe e soluça.

-Você é um idiota.- Jackson zomba dessa desculpa patética de homem e se afasta, voltando para a floresta. Um momento depois, sua caminhada se transforma em uma corrida. E então ele se transforma, correndo em sua forma de lobo o mais rápido que pode de volta para o Castelo.

Porque ele não sabia. Ele honestamente não sabia.

Se ele soubesse, nunca a teria deixado.

Ariel, rejeitada. E ele não estava lá para segurá-la.

Idiota, idiota. Ele, também, era um idiota.

O ar queima seus pulmões, mas Jackson se empurra mais rápido, desesperado para estar ao lado dela.

O helicóptero pousa não no telhado, onde costuma pousar, mas na grama imediatamente fora da porta da frente do Castelo. Não há tempo para esperar.

As hélices continuam a girar enquanto Cora sai do pequeno corpo do helicóptero, mas ela imediatamente franze a testa e cria uma pequena barreira de ar ao seu redor para que possa ouvir e não seja soprada para longe.

-Ella!- ela rosna, virando-se para o interior escuro do helicóptero. -Isso é loucura! Eu

-Apenas faça, Cora!

-Mas é tão estúpido! Podemos apenas subir as escadas!

-Alô!?- Uma voz chocada chama quando uma mulher sai cambaleando pela porta do castelo. Cora gira, seus olhos varrendo a pessoa e percebendo que não é um Cadete, mas um membro da equipe. -Posso - posso ajudar você!? Você não pode ter esse helicóptero aqui - é perigoso!

Cora olha para Ella, franzindo a testa, mas quando Ella estica o pé e dá um pequeno chute, Cora dá um passo à frente, resmungando, em direção ao membro da equipe chocado e estala as mãos nos quadris. -Eu sou a Duquesa Cora Sinclair!- ela entoa, muito mais formalmente do que parece necessário. -E eu...exijo que meu sobrinho, Cadete Andrew Clark

-Ari! Ari Clark!- Ella sibila de dentro do helicóptero.

-Cadete Ari Clark!- Cora diz, erguendo o queixo e fingindo regiamente que o erro não aconteceu. -Apareça imediatamente! Com, hum, meu filho! Jesse! E meu outro sobrinho! Rafe!

-O quê?- Jesse pergunta, ficando imóvel e encarando sua mãe enquanto Rafe desce do helicóptero. -Você está levando…Daphne?

Antes que Cora possa responder, a garota em questão espreita de olhos arregalados em volta da porta, um pequeno gatinho cinza espiando do bolso de seu avental de costura.

-Oh, ótimo!- Cora diz, sorrindo para Daphne e indo ao redor de seu filho para pegar a mão da garota. -Vamos, estamos te sequestrando.

-Mas –- Daphne arfa, olhando desesperadamente para Jesse. -Eu não –

-Veja, você já está no espírito certo para essa viagem,- Cora diz, batendo calorosamente no ombro de Daphne.

Ari apenas soluça silenciosamente no ombro de sua mãe.

-Seja um querido e feche a porta, Meatball,- Ella diz, sorrindo gentilmente para seu filho. -Você fez um bom trabalho – mas nós cuidaremos daqui.

Rafe suspira e estende a mão para a porta enquanto Jesse fica pálido ao seu lado, seus olhos se movendo entre Ariel e Daphne. -Você vai nos manter atualizados? Nos avisar se ela está bem?

-Claro, querido,- Ella diz, acariciando as costas de Ariel. -Apenas mantenha seu telefone ligado.

Rafe assente uma vez e então fecha a porta do helicóptero, sabendo que fez tudo o que pôde – que Ariel está no melhor lugar que pode estar.

Quase imediatamente após a porta ser fechada, o helicóptero levanta voo, partindo para a noite.

Assim que começa a desaparecer de vista, um enorme lobo salta da linha das árvores e para o campo.

Ele gira, horrorizado, observando o helicóptero se afastar.

E então ele uiva, cheio de tristeza, e cai ofegante no chão.

Ele não desvia o olhar do helicóptero até que ele se afaste na distância, desaparecendo de vista.