Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 872

O silêncio de Jackson é longo. Muito longo.

Eu viro meu rosto de volta para ele, minha boca uma linha sombria.

Sua expressão é... cuidadosamente neutra.

-Oh não,- eu sussurro, desabando, minha mão se erguendo para cobrir a marca. -Você odeia

-Ari,- ele suspira, franzindo a testa e batendo em meu antebraço, tentando afastar minha mão. -Não faça isso - eu não odeio

-Você odeia!- eu protesto, um pouco mais devastada do que eu pensava que seria, mesmo sabendo que isso estava por vir. Quero dizer, ele não pode gostar, pode?

-Eu não odeio!- Jacks insiste, rindo um pouco de mim enquanto teimosamente mantenho a marca coberta e franzo a testa para ele, me afastando. -Sério, Ari, está tudo bem.

-Está tudo bem?

Ele ri novamente, desistindo da tentativa de puxar minha mão para longe e recostando-se contra as almofadas. -Você quer que eu minta e diga que acho que é minha nova característica favorita?

Eu estreito os olhos. -Bem, então me diga o que você realmente pensa.

Devagar, eu baixo minha mão e Jackson se inclina um pouco para frente para olhar de novo.

-Eu mantenho minhas palavras. Está tudo bem.

-Jacks!- eu resmungo, esticando uma perna e chutando nele. -Você não pode pensar que está tudo bem!

-Sim, eu posso!- ele diz, rindo e agarrando minha perna, usando-a para me puxar mais perto dele. -Além disso, quando estive na sua casa para o Meio do Inverno, Seraphina me disse

-Seraphina!?- eu grito, um pouco chocada. -Como diabos ela entrou nisso!?

-Se você escutar,- ele rosna, me abraçando mais em seu colo, mesmo quando eu relaxo em protesto para dificultar para ele. -Eu vou te contar.

Eu resmungo de forma não comprometedora, mas permito-me ser totalmente envolvida em seu colo e envolvida em seus braços.

-Sera me disse,- ele murmura, dando um beijo em meu cabelo. -Que se eu não tiver nada de bom para dizer... não devo dizer nada. Então. Está precisamente bem. Isso foi muito sábio, aliás, como uma menininha pode ter pensado em algo assim?

Eu rio um pouco, mas depois lamento ao perceber a verdade - que ele realmente não gosta. Quero dizer, não que eu espere ou queira que ele goste - apenas - quero dizer - se ele odeia, ele é quem terá que olhar para isso todos os dias pelo resto de sua vida.

-Oh não,- eu lamento, cobrindo novamente com minha mão. -É muito feio.

-Não é,- ele murmura, me abraçando mais e dando beijos em meu cabelo. -É simplesmente... não é do meu gosto.

-Essa frase tem a marca da Ella escrita por toda parte,- eu resmungo.

-Sim, muito útil quando as pessoas tentam me alimentar com fígado de pato,- ele murmura, -ou marcam minha companheira com uma mordida desigual muito alta em seu pescoço porque são arrogantes e precisam que todos vejam

Eu começo a rir e dou um tapa no ombro de Jackson, e então suspiro quando percebo o significado completo de suas palavras - que realmente não está do seu gosto.

Mas Jackson me mantém firme em seus braços. -Estou falando sério, Ari, você não deveria se preocupar com o que eu penso,- ele murmura. -Sinta como quiser sobre isso. Eu acho que está precisamente bem.

Eu suspiro, balançando a cabeça, me perguntando como ele pode ser tão bom - tão equilibrado e doce apesar dos impulsos Alfa que devem estar odiando, a cada segundo, a ideia da marca de outro homem em meu corpo. Honestamente, quando a Deusa escolheu Jacks para mim, ela deve ter sabido o que estava fazendo.

-Além disso,- Jacks murmura. -Ajuda que tenha desbotado.

Eu fico um pouco quieta. -Desbotado?- eu pergunto, olhando para cima para ele.

Ele franze a testa para mim e assente. -Acho que por causa da rejeição. Sim, está... desbotado.

-O quê?- Meu rosto se contorce em confusão.

-Vá ver,- ele diz com um encolher de ombros, apontando para o banheiro. Faço o que ele diz, saindo rapidamente de seu colo e indo para o banheiro para olhar no espelho. Jackson entra atrás de mim um momento depois, se abaixando um pouco para olhar a marca também.

Eu prendo a respiração ao olhar verdadeiramente pela primeira vez - a impressão indelével que Luca deixou em meu corpo. Realmente está alta, como algumas marcas de Lunas são, destinadas a ser usadas com orgulho para que todos vejam. Meu estômago afunda ao perceber que, para mim, esse não é precisamente o caso.

Mas eu passo por cima do pensamento, me aproximando do espelho, tentando ver o que Jackson quer dizer com estar... desbotado.

Eu começo a rir e me viro para ele, envolvendo minhas mãos em suas costas e sorrindo para o seu rosto. Jackson sorri para baixo para mim como se não pudesse evitar, como se olhar para o meu rosto fosse a grande alegria de sua vida.

Suspiro e olho para cima para ele. -Você realmente acha que vamos ficar bem?

-Como eu fui tão sortuda?- Descanso meu queixo em seu peito, olhando para cima para ele com todo o meu amor brilhando em meus olhos.

-Não, essa é minha fala,- Jacks murmura. E então ele abaixa a cabeça, e pressiona seu primeiro beijo suave em meus lábios, bem simples e cheio de amor. Eu fico na ponta dos pés e o beijo de volta, grata por ele, por seu coração gentil, sua natureza duradoura, não tenho certeza se realmente mereço ele.

Mas mesmo que não mereça, vou aceitar esse presente que o universo me deu e correr com ele. Porque sei o que tenho - e nunca, jamais vou desistir.

Jackson quebra o beijo para ambos, guardando quaisquer desejos físicos que estão surgindo nele por minha causa, sabendo que ainda não estou pronta para isso. Mas que em algum momento estarei.

-Então.- Ele limpa a garganta, olhando para longe por um segundo enquanto trabalha para se controlar. Eu sorrio para ele, observando seu rosto. -Quer tomar café da manhã no salão com todo mundo?

-Sim,- digo, ainda sorrindo suavemente quando ele volta seus olhos para mim. -Sim, parece ótimo.

Então eu grito de rir quando Jacks me agarra e me joga sobre seu ombro, me carregando de volta para o quarto. -Tudo bem! Então vamos lá, pequena! Estou morrendo de fome!

-O quê?- Eu respiro fundo, e então meus olhos se abrem quando percebo que a única coisa que vi Jackson comer foram algumas mordidas de bolo ontem à noite do meu garfo quando ofereci a ele. -Jackson - quando foi a última vez que você comeu!?

-Há quatro dias!

-Jacks!- Eu respiro fundo, meus olhos arregalados. Mas então, antes que eu possa realmente começar a bater nele, Jackson me joga na cama e se dirige para a cômoda onde guardamos nossas roupas.

-Vamos lá!- Ele exclama, alegre, jogando um dos meus uniformes em mim. -Quero ovos! E torrada! Geléia - salsicha - biscoitos! Vou colocar bacon dentro dos panquecas e

A lista continua enquanto nós dois nos trocamos.

E enquanto Jackson fala sobre toda a comida de café da manhã que ele vai devorar, eu não paro de sorrir nem por um segundo.