Dom Alfa e a sua substituta humana romance Capítulo 893

-Claro que eu quero te conhecer, Midnight,- Jesse diz, sorrindo para a garota, querendo dizer isso mesmo que seu coração e mente ainda estão consumidos com pensamentos sobre Daphne e incrivelmente confusos sobre o que diabos está acontecendo entre os três. -Minha avó nos escolheu um para o outro, afinal. Faz sentido que eu esteja interessado.

-Sim,- Midnight diz, colocando seu prato e batendo as mãos em suas coxas, inclinando-se para frente em direção a ele. -Sim, primeiro podemos nos conhecer, e então teremos os filhotes, e então

Jesse ri, balançando a cabeça para ela enquanto estende a mão, palma aberta. -Midnight, você tem que esquecer essa coisa de filhotes. Não vai acontecer.

Ela dá um gemido de desgosto, sentando-se rigidamente, olhando para ele. -Por que não!?

-Por que você quer tanto filhotes?- ele pergunta, totalmente confuso.

-Porque é o que devemos fazer,- ela diz, irritada, um tom de lamentação em sua voz. -É o ponto principal!

-Quem te disse isso?- Jesse pergunta, franzindo a testa para ela.

-Escuridão,- ela diz, fazendo beicinho para ele. -Quantos filhotes pudermos ter, todos dedicados a ele. Eles serão tão bons na magia das sombras porque vão receber de ambos!

-Bem, então é um duplo não,- Jesse diz, franzindo a testa para sua pequena companheira. -Não vou dedicar nenhum filhote à Escuridão.

-Qual é o ponto deste iurte!?- Midnight pergunta, estendendo dramaticamente as mãos para abranger todo o iurte. -Se não for para enchê-lo de crianças!?

-Mesmo?- Jesse diz, seu rosto se contorcendo de confusão. -Você vê um iurte e seu primeiro instinto é...colocar um bebê nele? Ou dezoito deles?

Midnight estreita os olhos para Jesse antes de olhar para a porta, raiva e confusão estampadas em seu rosto. -Não sei por que você não me ama,- ela diz, balançando a cabeça. -Eles me disseram que você amaria. Que você tinha que.

-Ei, Midnight?- Jesse diz, vendo que ele a preocupou sinceramente. Ela dá um pequeno grunhido de confirmação, convidando-o a continuar, mesmo que não o olhe. -Podemos apenas...diminuir a velocidade?

Ela se vira para ele agora.

-Olha, mal nos conhecemos,- ele diz baixinho. -E nenhum de nós realmente sabe o que está acontecendo. Podemos apenas...relaxar? Deixar de lado toda essa conversa de filhotes e amor? Apenas...passar um tempo nos conhecendo em um nível mais básico?

Um pequeno sorriso aparece em seus lábios e Jesse honestamente acha que ela está um pouco aliviada. -Ok,- Midnight diz, acenando levemente. -Hum, o que fazemos?

-Nós saímos juntos,- ele diz, dando de ombros. -Conversamos. Vamos para...caminhadas. Jogamos cartas.

-O que são cartas?- ela pergunta, virando a cabeça para o lado.

-Tudo bem,- ele diz, rindo um pouco. -Nós...faremos cartas. E eu vou te ensinar a jogar. Mas enquanto isso talvez só...façamos perguntas um ao outro.

Midnight considera isso por um segundo e depois dá de ombros como se não conseguisse pensar em mais nada. -Ok. Você começa.

-Eu já perguntei qual é sua comida favorita.

Seus ombros caem. -Mas eu não sei fazer perguntas.

-Tudo bem,- Jesse diz, rindo um pouco e começando a recolher os pratos, se perguntando onde diabos ela os lava. -Eu vou de novo, então. O que é a Casa Chique?

Ela balança a cabeça, veemente. -Não,- ela diz. -Não permitido. Pergunte outra coisa.

-Tudo bem,- ele diz, devagar, tentando esconder seu sorriso. -Onde você vai quando espiona os Atalaxianos?

-Jesse!- ela geme, caindo para o lado. -Isso não é justo! Você sabe que não posso te contar essas coisas!

Ele ri e se levanta, estendendo a mão para ela. -Tudo bem, então, vamos lá. Me mostre onde lavar esses pratos e enquanto vamos lá, me diga qual daqueles livros ali é o seu favorito.

Midnight se anima, pegando sua mão e se levantando, começando a tagarelar animadamente sobre cada um dos livros e o que ela gosta neles enquanto leva Jesse para fora da porta e para um riacho surpreendentemente limpo não muito longe.

Enquanto Midnight tagarela e Jesse limpa os pratos, ele só meio escuta, sua mente vagando para as grandes questões importantes de sua vida no momento. Como voltar para casa. Como voltar a ver Daphne, para ver como ela está, para tentar descobrir o que diabos está acontecendo. Como encontrar uma maneira de explicar a ela que ele tem uma companheira, mas que isso não muda nada sobre como ele se sente em relação a ela.

Mas mesmo enquanto pensa em Daphne, seu lobo se volta para Midnight também. Precisamos protegê-la, ele diz, de pé em pernas firmes e robustas, pronto para agir. Ela é apenas uma pobre, abusada garotinha que não teve nada - provavelmente por toda a vida. E ela é nossa.

Solidamente, Jesse concorda, tão determinado nesse ponto quanto seu lobo. Porque mesmo que tentasse manter distância emocional dela, Midnight - ela cresceu nele. Ela é bizarra e estranha, mas doce e sincera e tão ansiosa para fazer o que é certo. Ele se pergunta, passivamente, como ela teria sido se tivesse sido criada em seu mundo. Brilhante e apaixonada, com certeza, e inteligente, e engraçada.

Mas depois das boas notícias sobre o fato de Ariel basicamente ter destruído toda a força aérea de Atalaxia de uma vez - estúpido deles enviar todos de uma vez - o resto desta reunião tem sido um absurdo inútil. O tipo de burocracia que faz Jackson querer arrancar os cabelos.

Apesar de si mesmo, Jackson deixa os olhos caírem novamente para o chão, perdido em seus pensamentos.

Mas... para onde? Onde diabos ela está agora?

A pergunta o corrói. Porque apesar dos aparentemente extensos recursos do Vale da Lua, ninguém parece saber.

-Tudo bem-, Dominic Sinclair diz, fazendo a cabeça de Jackson se erguer. -Então esse é o plano por enquanto. Mobilizamos nossas unidades de inteligência, enviamos perguntas e embaixadores, e... esperamos. Esperamos que tenhamos alguma informação em breve.

Jackson se afasta da sala assim que a reunião termina, sentindo-se enojado. Rafe chama por ele, tentando segurar seu braço, mas Jacks... ele não quer machucar seu amigo, mas Deus, ele só precisa sair daqui. Ele precisa fazer um plano, ele precisa

No momento em que ele sai pela porta, no entanto, alguém o agarra pela mão, o assustando e quase o fazendo perder o equilíbrio. Jackson rosna, virando a cabeça para quem quer que seja, os dentes à mostra

Mas ele arfa e contém tudo no momento em que percebe que é a Rainha.

-Desculpe-, Jackson balbucia, sacudindo a cabeça, horrorizado. -Sinto muito, Ella

-Não importa-, Ella diz, sua mão ainda apertada na dele, olhando para cima em seu rosto. -Jackson, você tem que ir atrás dela. Você sabe disso, não sabe? Isso está demorando demais.

O rosnado feroz de Jackson é toda a confirmação que Ella precisa.

-Ótimo-, Ella diz, dando-lhe um aceno firme. -Então eu vou te ajudar. Vamos lá.

Lado a lado, os dois começam a andar pelo corredor.