Leandro ficou em silêncio por um momento: — Ela já é maior de idade.
Larissa achou um absurdo o que o filho disse, mas, naquela altura dos acontecimentos, eles já tinham até registrado o casamento.
Ela também não podia dizer mais nada.
...
Marília estava sentada no sofá, nervosa, esperando. Ao ouvir o barulho da porta se abrindo, levantou-se rapidamente:
— Tia...
Larissa olhou para a garota tão tímida e assustada, com sentimentos contraditórios no peito. Lançou um olhar fulminante para o filho, culpando-o por aquela irresponsabilidade.
Leandro se manteve impassível:
— É melhor a senhora ir.
Larissa queria conversar melhor com Mimi, mas o filho havia dito que tanto ele quanto Mimi precisavam trabalhar naquele dia. Ela não podia atrapalhar o café da manhã deles, então forçou um sorriso:
— Mimi, outro dia a tia te convida para almoçar. Hoje eu vou embora. Se... se você tiver qualquer mágoa, a tia está aqui para te apoiar!
Ao ouvir a palavra "mágoa", Marília se sentiu ainda mais culpada em relação a Leandro.
Quando Larissa estava prestes a sair, Leandro a lembrou:
— A chave.
A chave na mão de Larissa havia sido feita às escondidas, da última vez que ela foi buscar umas coisas do filho. Agora que ele havia registrado o casamento, ela não podia mais ter uma cópia e entrar na casa como bem entendesse.
Ela também já tinha passado por isso, sendo nora de alguém, e sabia qual era o limite. Entregou a chave às pressas ao filho.
Antes de ir embora, lançou mais um olhar para Mimi. Pensando bem, ela até que combinava com o filho.
Quando Larissa entrou no carro, ainda estava com um sorriso no rosto.
O motorista viu e perguntou, sorrindo:
— O Sr. Leandro aceitou?
Larissa tinha ido procurar o filho justamente para arranjar um encontro com a filha da família Rocha, que havia voltado do exterior. Ouviu dizer que a moça tinha 27 anos, apenas um ano mais nova que o filho, uma idade considerada perfeita.
Da última vez, o filho disse que estava gostando de uma garota e que estava tentando conquistá-la.
Larissa investigou e percebeu que o filho só estava enrolando. Ficou furiosa e, por isso, resolveu forçá-lo mais uma vez.
A filha da família Rocha havia estudado em Cambridge, a mesma universidade do filho.
Ela achava que o filho levaria isso em consideração.
...
Marília estava meio desanimada durante o café da manhã.
— Ainda está com dor de barriga? — Perguntou o homem.
Marília balançou a cabeça e ergueu o olhar para o rosto dele, bonito como um príncipe, com traços delicados e elegantes. Na noite anterior, ele também havia sido muito gentil com ela.
Ela realmente queria ter uma vida tranquila com ele.
Mas ele não lhe contava nada.
Marília sentia um aperto no peito, uma sensação estranha que não sabia explicar:
— Leandro, sua mãe não gosta de mim.
O homem arqueou uma sobrancelha:
— Por que está dizendo isso?
— Ela estava muito brava agora há pouco!
— Ela não estava brava com você.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago
Tantos dias sem atualizações, como q da sequência em livros assim ? Cê tá Loko ....