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Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago romance Capítulo 217

Leandro franziu a testa:

— O que aconteceu?

— Foi o Aureliano, ele está me importunando, não me deixa ir embora... Aureliano, devolve meu celular...

Do outro lado da linha, logo surgiu uma segunda voz:

— Leandro, achei que você já tivesse terminado com ela há tempos. Então ainda estão em contato!

— Você está querendo morrer, é isso?

A voz de Leandro era sombria e fria.

Do outro lado, percebendo sua fúria, o homem riu com desdém:

— Dou meia hora para você chegar aqui. Se conseguir vir e mostrar que ela realmente importa para você, deixo ela ir com você. Caso contrário... ela será minha.

Antes que Leandro pudesse responder, a ligação foi encerrada, e, em seguida, uma mensagem de texto chegou com um endereço.

Leandro virou-se imediatamente e entrou em casa.

Marília, aproveitando que ele havia saído, já tinha apagado a luz do teto e fechado as cortinas. Apenas o abajur do criado-mudo estava aceso, lançando uma luz quente e alaranjada que envolvia a cabeceira da cama num clima cada vez mais íntimo e sugestivo.

Ela estava deitada sob o cobertor, com o coração batendo acelerado.

Ao ouvir passos se aproximando, ficou ainda mais nervosa.

Mas o homem, já vestido, estava saindo.

— Para onde você vai?

Leandro parou na porta:

— Tenho algo pra resolver. Vai dormir.

Antes que Marília dissesse qualquer coisa, ele já havia desaparecido de sua vista.

Logo em seguida, o som da porta se abrindo e fechando rompeu o silêncio.

Marília ficou parada, olhando para a porta do quarto entreaberta e a luz acesa do lado de fora. Ele simplesmente tinha ido embora.

"Ele não estava tão ansioso?"

Marília sabia o quanto aquele homem era cheio de desejos. Se ele saiu correndo a essa hora, provavelmente era uma ligação do hospital.

— Eu nem fiz nada com ela. Se me bater, meu pai vai contar tudo pro tio Daniel. Aí quero ver como você vai se sair dessa.

O punho de Leandro parou a apenas alguns centímetros do rosto dele.

Aureliano, encarando o olhar frio e feroz de Leandro, zombou:

— Como vai explicar isso pro tio Daniel? Vai dizer que bateu em mim por causa da sua ex-namorada? Você não casou com a Marília? E se ela souber disso, o que você acha que ela vai pensar?

Havia uma nuvem densa de fúria contida nos olhos de Leandro. As veias em seu punho estavam saltadas.

Aureliano, no entanto, não demonstrava nenhum medo e continuava a encará-lo com escárnio.

Helena mordeu o lábio e, tentando acalmar a situação, se aproximou rapidamente:

— Leandro, deixa para lá. Não vale a pena. Ele não fez nada comigo. Vamos embora.

Leandro soltou a mão.

Aureliano arrumou a roupa e se levantou, satisfeito, dizendo com malícia:

— Irmã mais velha e irmã mais nova, rosa branca e rosa vermelha... Primo, você está mesmo com sorte.

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