Larissa ficou muito feliz e rapidamente fez um sinal com os olhos para o filho.
— Mimi, já está tarde. Por que você e Leandro não sobem para descansar?
Leandro tinha seu próprio quarto na antiga mansão. Mesmo que raramente voltasse para dormir lá, Larissa mandava os empregados limpá-lo e arrumá-lo todos os dias. Agora que Marília e Leandro estavam oficialmente casados, era natural que dormissem no mesmo quarto.
Marília seguiu Leandro escada acima.
O homem abriu a porta do quarto, e ela entrou atrás dele, percebendo que o cômodo era muito maior do que a casa em que estavam morando atualmente, além de ter uma decoração mais luxuosa.
Até a cama de casal parecia muito maior do que a da casa atual.
Leandro virou-se para ela:
— Pode tomar banho primeiro.
Marília desviou o olhar, assentiu friamente, largou a bolsa que carregava e entrou no banheiro, trancando a porta atrás de si.
Dentro do banheiro, tanto as toalhas quanto os copos para escovar os dentes eram itens de casal, e pelas cores ficava claro que eram combinados.
Sua sogra já havia preparado tudo, evidentemente esperando que ela se hospedasse ali.
Marília observou a banheira, maior e mais sofisticada, com óleos essenciais e pétalas de rosa ao lado. Chegou a pensar em tomar um banho de imersão, mas, como aquele era o quarto de Leandro, conteve o impulso. Tirou a roupa e a jogou de lado antes de ligar o chuveiro.
Sentia-se um pouco desconfortável por estar num lugar estranho. Sabendo que Leandro estava lá fora, apressou-se ao máximo no banho. Depois de secar o corpo, procurou um roupão para vestir, mas encontrou apenas uma toalha grande no banheiro.
Não poderia simplesmente sair enrolada nela.
Marília sabia que Leandro estava do lado de fora. Quis chamá-lo, mas, considerando que quase não tinham trocado palavras durante o dia e lembrando-se do que ele a obrigara a fazer na noite anterior, ficou hesitante.
E se ele perdesse o controle de novo...
Ficou ali, nua no banheiro, esperando cerca de cinco minutos, até que ele bateu na porta:
— Aline trouxe umas roupas para você.
Marília mordeu o lábio, aproximou-se da porta e a entreabriu, estendendo a mão enquanto se escondia atrás dela.
Marília fechou os olhos, esforçando-se para ignorar a presença dele.
Deitou-se o mais próximo possível da beirada da cama. Quando o homem subiu na cama, seu corpo ficou tenso, lembrando-se do que acontecera na noite anterior.
Ela odiava ser usada apenas como válvula de escape.
Leandro apagou a luz principal do quarto, deixando apenas o abajur aceso. Logo depois, deitou-se também, desligando-o.
O quarto ficou totalmente às escuras.
Nenhum dos dois disse uma palavra, cada um bem separado em seu espaço.
Felizmente, a cama era grande o suficiente para que Marília e Leandro não se tocassem. Ela virou-se de costas para ele, fechou os olhos, fingindo dormir.
Mas, na verdade, estava totalmente desperta.
O silêncio no quarto parecia ainda mais profundo, e essa quietude só ampliava o vazio que sentia no coração.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago
Tantos dias sem atualizações, como q da sequência em livros assim ? Cê tá Loko ....