Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago romance Capítulo 5

Marília observou Esperança sair da cafeteria.

As lágrimas escorreram por seu rosto. Ela permaneceu sentada por um tempo antes de chamar o garçom para pedir a conta e sair.

...

Ao descer do táxi, o celular de Marília tocou.

Era um número desconhecido, sem identificação.

Sentindo uma leve dor de cabeça e sem paciência para atender, ela simplesmente rejeitou a chamada.

Assim que guardou o celular de volta na bolsa, ele tocou novamente. O mesmo número.

Marília, já incomodada, atendeu. Quando estava prestes a falar algo, ouviu do outro lado uma voz agressiva:

— Marília, foi você que pediu para Esperança terminar comigo?

Anselmo raramente falava com ela de forma tão rude.

Naquela manhã, pela mensagem que ele enviou, Marília conseguia perceber o quanto ele estava preocupado com ela.

Mas agora, ele estava furioso.

Por causa de Esperança.

Uma dor surda atravessou o coração de Marília. Ela parou na entrada do condomínio e fechou os olhos:

— Anselmo, espero que você e Esperança nunca mais apareçam na minha frente. Se ela terminou com você, isso é problema de vocês, não meu. Não me ligue mais...

— A Esperança disse que você acabou de procurá-la! — Anselmo estava irritado do outro lado da linha. — Marília, você está sendo realmente insuportável, sabia? Eu não queria ter que dizer coisas tão desagradáveis, mas você... fica me pressionando para me casar com você? Eu sempre a vi como uma irmã...

— Irmã? — Ao ouvir novamente essa palavra, Marília deu uma risada irônica, abriu os olhos e retrucou friamente. — Anselmo, que tipo de irmão se aproveita da irmã? Que irmão beija a irmã? Ontem eu não expus tudo na frente de todo mundo porque ainda tenho vergonha na cara, mas isso não lhe dá o direito de continuar me humilhando!

Do outro lado da linha, houve um breve silêncio de dois segundos antes de Anselmo dizer, com um tom pesado:

— De qualquer forma, eu nunca vou me casar com você. Peça desculpas à Esperança e, daqui para frente, vamos ser apenas irmãos. Eu continuarei cuidando de você...

— Por que eu deveria pedir desculpas a ela? E com que direito você acha que pode me dar ordens?

— Você está vivendo com a família Pereira, estamos sempre nos vendo. Você realmente quer transformar nossa convivência em algo tão insuportável?

Marília hesitou por um momento, apertando o celular com tanta força que seus dedos ficaram brancos.

— Não se preocupe, eu vou sair daqui!

Antes que ele pudesse responder, ela encerrou a ligação.

...

Marília pegou um táxi diretamente para a casa da família Pereira para arrumar suas coisas.

Tainá ligou para Anselmo.

Quando ele chegou em casa, viu Marília já descendo as escadas com uma mala.

Seu rosto estava sombrio, e ele caminhou a passos largos em direção a ela.

— Marília, o que significa isso?

Marília lhe lançou um olhar, mas não respondeu. Apenas continuou arrastando a mala em direção à saída.

Anselmo segurou seu braço com força.

— Você precisa mesmo criar essa confusão?

A palavra "confusão" estava impregnada de impaciência e desprezo na voz do homem.

Os olhos de Marília começaram a arder novamente. Ela soltou o braço da mão dele e disse:

— Não me toque!

Anselmo recolheu a mão, o rosto carregado de uma expressão sombria.

— Marília, pense bem. Assim que você sair da casa da família Pereira, não terá mais para onde voltar!

— Eu não vou voltar.

O rosto de Anselmo ficou ainda mais sombrio. Ele declarou com firmeza:

— Você não pode voltar para a família Cardoso. Se for para a casa da Zélia, quanto tempo acha que poderá ficar? Ela tem namorado. Você pode até ficar um ou dois dias, mas não acha que ela vai se incomodar se você ficar mais tempo?

Marília apertou os lábios e respondeu:

— Eu vou alugar um lugar para morar.

Capítulo 5 1

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