Entrar Via

Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago romance Capítulo 680

A porta do quarto se abriu com um "clique".

Leandro ouviu o som e levantou a cabeça imediatamente. Ao vê-la sair de dentro do quarto, apagou rapidamente o cigarro entre os dedos, levantou-se e disse com a voz rouca:

— O jantar está pronto, vou levá-lo à mesa.

Marília sentou-se à mesa de jantar.

Havia quatro pratos e uma sopa, todos os seus favoritos, ainda soltando vapor quente.

Ela abaixou a cabeça e começou a comer em silêncio.

Leandro serviu a sopa para ela e, ao perceber que não comia os acompanhamentos, pegou os talheres e serviu os alimentos no prato dela.

Marília hesitou por um instante ao ver a comida servida em seu prato, mas mesmo assim, a levou à boca.

O homem sorriu discretamente, realizando cada gesto com mais naturalidade.

Depois de forçar-se a comer quase meio prato de arroz, Marília colocou os talheres de lado.

Ela levantou os olhos e viu o homem olhando para ela sem piscar. Nos olhos escuros e profundos, havia um misto de ternura e carinho.

Olhando aquele rosto bonito e marcante, ela mexeu os lábios. Com a voz baixa e um tom um pouco frio, murmurou:

— Leandro.

— O que foi? — Respondeu ele suavemente.

Marília queria falar sobre o caso de Nair. Sabia que ele provavelmente aceitaria ajudá-la. Mas, ao notar que ele ainda não havia comido nada, franziu os lábios e disse:

— Coma primeiro. Quando terminar, tenho algo para te contar.

Um leve sorriso surgiu no canto dos lábios de Leandro:

— Está bem.

Marília se levantou, foi até o sofá, pegou o controle remoto e sentou-se. Ela ligou a televisão e trocou de canal várias vezes, até parar em um programa de variedades.

Mesmo sem conversarem, fazia muito tempo que não passavam um momento juntos assim.

O clima alegre da TV também ajudava a quebrar o gelo entre os dois.

Leandro já sabia sobre o que ela queria falar. Ele comia devagar. Marília não gostava de permanecer muito tempo no mesmo ambiente que ele e, por isso, consultou o celular algumas vezes para conferir a hora.

O homem percebeu, é claro.

— Você pode entrar em contato com o Diógenes para saber os detalhes sobre o paciente. — Lembrando-se de que Diógenes comentou que ligaria para ela, ela completou. — Vou pedir para ele falar com você.

Leandro assentiu com a cabeça.

Depois disso, não havia mais o que dizer. Marília se levantou e voltou para o quarto. Quando passou pelo sofá onde Leandro estava sentado, uma mão quente e firme agarrou seu pulso. O corpo dela ficou tenso na hora, mas ela não se soltou, permanecendo naquela posição. Sabia que ele só ajudaria com uma condição.

Ela não falava de sentimentos, apenas de necessidade, pois assim era mais fácil para ela aceitar.

— Tem alguma recompensa?

A voz grave e baixa de Leandro soou ao lado dela. O polegar dele passou com intenção pelo pulso dela, num gesto casual e, ao mesmo tempo, dominador.

Marília virou o rosto para encará-lo, apertando os lábios:

— O que você quer em troca?

Leandro podia ver claramente o desprezo nos olhos dela, mas, sem usar alguns truques, continuaria sendo apenas o ex-marido.

Ele sorriu de leve:

— Um encontro comigo. — E, antes que Marília pudesse pensar demais, completou rapidamente. — Ir ao cinema, jantar fora. Você escolhe o lugar.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ela é o Oceano, Eu Sou o Náufrago